sábado, junho 20, 2009

Obras Públicas: vantagens da segunda opção menos má

Numa altura em que 28 economistas apelam ao Governo para que se reavaliem os grandes projectos, alerto para a necessidade de se escolher a segunda opção menos má, num género de custo de oportunidade invertido.
Assim, o Bar Velho lança a seguinte pergunta como tópico de reflexão a propósito do TGV: é preferível perder 1,3 milhões de euros em fundos comunitários, cuja devolução poderá ser negociada com a União Europeia, ou é melhor para o país derreter 7,7 milhões de euros numa obra que favorece mais os interesses espanhóis que os portugueses e cujo investimento provavelmente constitui fundo perdido?

1 comentário:

Luis Melo disse...

A notícia de que a decisão final sobre o TGV ficaria para o próximo governo, foi a medida mais inteligente que tomou este governo (a seguir à substituição de Correia de Campos). Ainda assim, peca por tardia e por apenas ter sido tomada em consequência dos resultados eleitorais, o que prova que não foi por sensatez, mas por taticismo eleitoral.

De qualquer forma, é preciso mesmo saber se os compromissos até agora tomados, não implicam grandes indeminizações, caso o projecto seja abandonado. Já aconteceu o mesmo recentemente com outras obras que foram abortadas.

Também a propósito do TGV, ao contrário de alguns notáveis, não sou a favor da suspensão do projecto. Sou totalmente contra a sua realização. Só pode pensar em TGV quem, das duas uma: ou nunca andou nem sabe o que é o Alfa Pendular, ou vai beneficiar (financeiramente) com a realização desta grande obra.

Já agora, e por causa desta certeza em Abril 2009, o Ministro Mário Lino leva mais 3 pontos para a Superliga "incompetente-mor"