Soube recentemente que encontra-se a circular uma petição online com o objectivo de boicotar a iniciativa de promover as maravilhas portuguesas espalhadas pelo Mundo. A mesma, criada por gente que acredito serem tudo menos portugueses, alega que os candidatos tiveram uma contribuição importante para a escravatura, o que deveria envergonhar-nos da nossa história.
De facto, tendo a sentir-me envergonhado por saber que entre os séculos XVI-XIX os portugueses compravam os direitos de propriedade de pessoas que já eram escravas de líderes tribais, senhores da guerra e de anciãos locais.
Sinto-me ainda mais envergonhado por saber que o tipo de escravatura exercida pelos portugueses não se compara com a que fora feita pelos espanhóis ou aquela a que se assistiu na América do Norte.
Não tenho palavras para expressar a minha vergonha por saber que todas as ex-colónias portuguesas dispunham das mesmas condições (em alguns casos até melhores) da Metrópole, que uma grande parte do orçamento público tinha como destino final as províncias ultramarinas e que hoje algumas delas são potências regionais e mundiais (Angola e Brasil) e todas elas são Estados que oferecem estabilidade político-social aos seus cidadãos, ao contrário de todas as outras.
Por fim, fico mais envergonhado por saber que nós, portugueses, iniciámos a escravatura e explorámo-la desumanamente e actualmente, em pleno século XXI, em África, na América Latina, na Ásia e, porque não, na Europa não existem fenómenos como escravatura, tráfico de seres humanos, mortes extra-judiciais, barões locais que exploram seres humanos, etc. Tudo isto acabou com a entrega das ex-colónias pelos portugueses após o 25 de Abril de 1974, momento a partir do qual a paz reinou e não mais se ouviu falar de guerras civis, distribuição desequilibrada de recursos naturais, fome, exploração, miséria e genocídio, algo porque somos sobejamente conhecidos.
Sim, se calhar devo assinar a tal petição, até porque os candidatos resumem-se praticamente a igrejas e fortes, locais propícios para a escravatura entre os séculos XVI-XIX.
De facto, tendo a sentir-me envergonhado por saber que entre os séculos XVI-XIX os portugueses compravam os direitos de propriedade de pessoas que já eram escravas de líderes tribais, senhores da guerra e de anciãos locais.
Sinto-me ainda mais envergonhado por saber que o tipo de escravatura exercida pelos portugueses não se compara com a que fora feita pelos espanhóis ou aquela a que se assistiu na América do Norte.
Não tenho palavras para expressar a minha vergonha por saber que todas as ex-colónias portuguesas dispunham das mesmas condições (em alguns casos até melhores) da Metrópole, que uma grande parte do orçamento público tinha como destino final as províncias ultramarinas e que hoje algumas delas são potências regionais e mundiais (Angola e Brasil) e todas elas são Estados que oferecem estabilidade político-social aos seus cidadãos, ao contrário de todas as outras.
Por fim, fico mais envergonhado por saber que nós, portugueses, iniciámos a escravatura e explorámo-la desumanamente e actualmente, em pleno século XXI, em África, na América Latina, na Ásia e, porque não, na Europa não existem fenómenos como escravatura, tráfico de seres humanos, mortes extra-judiciais, barões locais que exploram seres humanos, etc. Tudo isto acabou com a entrega das ex-colónias pelos portugueses após o 25 de Abril de 1974, momento a partir do qual a paz reinou e não mais se ouviu falar de guerras civis, distribuição desequilibrada de recursos naturais, fome, exploração, miséria e genocídio, algo porque somos sobejamente conhecidos.
Sim, se calhar devo assinar a tal petição, até porque os candidatos resumem-se praticamente a igrejas e fortes, locais propícios para a escravatura entre os séculos XVI-XIX.
3 comentários:
1. Estabilidade político-social na Guiné-Bissau ? COF COF
2. O que é ridículo é boicotar com estes fundamentos. Isto é um atentado à evolução humana, em bom rigor. Talvez o maior contributo do Renascimento tenha sido o descobrir da historicidade do Homem, e avaliar tudo o que já se fez com base nas mentalidades actuais é, no mínimo, de uma falta de inteligência atroz.
O seu texto não tem ponta por onde se pegue. A única coisa que transparece é a sua enorme ignorância acerca do que foi o passado e do que é o presente!
A referida petição não tem por objectivo boicotar coisa nenhuma, mas sim "repudiar a omissão do papel que tiveram esses lugares no comércio atlântico de escravos".
E dou-lhe mais um motivo para se envergonhar: da sua falta de preocupação em se informar devidamente, antes de manifestar publicamente as suas lamentáveis opiniões. Isso sim, é motivo para ter vergonha. Se lesse com atenção a petição, não debitaria estes disparates.
Veja em: http://www.petitiononline.com/port2009/petition.html
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