Se há países onde a justiça funciona, um deles é os EUA. Concorde-se ou não com pena de morte, prisão perpétua e outros afins, por menos ressarcidas que as vítimas e respectivas famílias sejam, saem sempre de uma leitura de sentença com a sensação de justiça.
Ao contrário de maus exemplos, como o português, onde se pensa primeiro na reabilitação do condenado e só depois em quem foi lesado, nos EUA a justiça só é possível porque são uma sociedade onde a prioridade é dada à defesa dos direitos dos lesados, ainda que isso implique que continuem tesos e a comer o pão que o diabo amassou, mas com a sensação de alívio e de justiça.
Já agora, proponho um género de regime das obrigações solidárias a todos os chicos-espertos que andam por aí a roubar milhões ao povo. Dada a impossibilidade de Madoff em cumprir 150 anos na cadeira, uma óptima solução seria repartir a sua pena com João Rendeiro, por exemplo, e Oliveira e Costa: 50 anos de pena para cada um, para que 10 milhões de portugueses também possam respirar de alívio e sentir que é feita justiça, ao contrário da pena suspensa que alguns destes energúmenos vão apanhar nesta provinciazeca da União Europeia.
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