"- Mamã, no colégio há um menino que me chama maricas!
- E tu bateste-lhe?
- Não, ele é tão giro..."
Li hoje que um jogador do Cruzeiro de Belo Horizonte pegou-se com um argentino do Grémio de Porto Alegre porque este alegadamente o terá chamado "macaco" no meio da confusão. Este jogador não é caso único, mas parece que a sociedade anda muito sensível ao que se diz. As pessoas magoam-se e amuam com extrema facilidade. E o pior é que quanto mais amuam e se ofendem, mais os outros provocam.
Quando era criança e adolescente, era prática comum os pequenos trocarem "elogios" como gordo, balofo, baleia, preto, macaco, gorila, leite, lixívia, lingrinhas, trinca-espinhas, pernas-de-alicate, urso, parvo, entre outros. Eu próprio confesso que nas escolas onde andei sempre convivi com diversas etnias e mesmo chamando-nos uns aos outros este tipo de nomes, nada nos impediu de manter uma amizade que hoje não continua por termos seguido caminhos diferentes, mas que nos permite dar um forte e caloroso abraço se nos cruzarmos na rua. Cada um utilizava os nomes que tinha à mão para provocar, sempre a pegar nos pontos fracos do outro. Os miúdos por norma não se ofendiam, e aquilo passava, mas quando tal sucedia, ripostavam.
Hoje, algumas destas trocas de palavras são consideradas "bullying" e afectam psicologicamente o futuro de muitas das "vítimas". Vivemos ainda numa era em que nada se pode dizer e, como disse de início, quanto mais se ofendem com quase nada, mais as pessoas tendem a provocar. Um jogador loiro que me chamasse "macaco" na eventualidade de eu ser de etnia africana, certamente ouviria logo qualquer coisa como "barbie" e a coisa ficava por ali. Mas hoje existe uma tendência para a vitimização e com tanta sensibilidade parece que as pessoas andam à procura de uma oportunidade para dar dimensão a algo perfeitamente banal até mesmo entre as crianças.
A atitude do atleta creio ser normal tendo em conta o calor do jogo e, por vezes, voltarmos ao tempo em que eramos crianças pode ajudar a resolver problemas onde não os há, pois não acredito que Maxi Lopez seja racista ou xenófobo como por aí apregoam, caso contrário não jogaria numa equipa toda ela repleta de negros. O que pretende o jogador a quem terão chamado "macaco"? Mostrar que se chamarem "preto" e "macaco" vão ofender-se muito e permitir que muitos outros utilizem estes nomes no intuito de provocar reacções deste género? Tão sensíveis que as pessoas andam que chegam a perder a racionalidade...
- E tu bateste-lhe?
- Não, ele é tão giro..."
Li hoje que um jogador do Cruzeiro de Belo Horizonte pegou-se com um argentino do Grémio de Porto Alegre porque este alegadamente o terá chamado "macaco" no meio da confusão. Este jogador não é caso único, mas parece que a sociedade anda muito sensível ao que se diz. As pessoas magoam-se e amuam com extrema facilidade. E o pior é que quanto mais amuam e se ofendem, mais os outros provocam.
Quando era criança e adolescente, era prática comum os pequenos trocarem "elogios" como gordo, balofo, baleia, preto, macaco, gorila, leite, lixívia, lingrinhas, trinca-espinhas, pernas-de-alicate, urso, parvo, entre outros. Eu próprio confesso que nas escolas onde andei sempre convivi com diversas etnias e mesmo chamando-nos uns aos outros este tipo de nomes, nada nos impediu de manter uma amizade que hoje não continua por termos seguido caminhos diferentes, mas que nos permite dar um forte e caloroso abraço se nos cruzarmos na rua. Cada um utilizava os nomes que tinha à mão para provocar, sempre a pegar nos pontos fracos do outro. Os miúdos por norma não se ofendiam, e aquilo passava, mas quando tal sucedia, ripostavam.
Hoje, algumas destas trocas de palavras são consideradas "bullying" e afectam psicologicamente o futuro de muitas das "vítimas". Vivemos ainda numa era em que nada se pode dizer e, como disse de início, quanto mais se ofendem com quase nada, mais as pessoas tendem a provocar. Um jogador loiro que me chamasse "macaco" na eventualidade de eu ser de etnia africana, certamente ouviria logo qualquer coisa como "barbie" e a coisa ficava por ali. Mas hoje existe uma tendência para a vitimização e com tanta sensibilidade parece que as pessoas andam à procura de uma oportunidade para dar dimensão a algo perfeitamente banal até mesmo entre as crianças.
A atitude do atleta creio ser normal tendo em conta o calor do jogo e, por vezes, voltarmos ao tempo em que eramos crianças pode ajudar a resolver problemas onde não os há, pois não acredito que Maxi Lopez seja racista ou xenófobo como por aí apregoam, caso contrário não jogaria numa equipa toda ela repleta de negros. O que pretende o jogador a quem terão chamado "macaco"? Mostrar que se chamarem "preto" e "macaco" vão ofender-se muito e permitir que muitos outros utilizem estes nomes no intuito de provocar reacções deste género? Tão sensíveis que as pessoas andam que chegam a perder a racionalidade...
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