A Comissão Nacional de Eleições confirmou, esta quarta-feira, que tem conhecimento informal de cidadãos que votaram duas vezes nas últimas eleições europeias. Apesar da situação irregular, a CNE garantiu aos meios de comunicação que o resultado eleitoral não está em causa.
A TSF avançou um caso de um cidadão de Leiria que votou duas vezes com o cartão do cidadão e outro com o bilhete de identidade mas a CNE diz não ter conhecimento oficial do caso.
A TSF avançou um caso de um cidadão de Leiria que votou duas vezes com o cartão do cidadão e outro com o bilhete de identidade mas a CNE diz não ter conhecimento oficial do caso.
O porta-voz da CNE , Nuno Godinho de Matos, admitiu ainda a existência de mais casos como este, sublinhando, contudo, que será sempre um "número residual" pelo que se mostrou convicto de que o resultado das eleições ao Parlamento Europeu não será posto em causa.
Não obstante estas considerações preliminares, esta situação não pode ficar sem um escrutínio rigoroso, do qual deverá ser dado conhecimento aos eleitores.
Por outro lado, este tipo de situações pode servir como catapulta para um reflexão conjunta sobre o modo como é exercido o direito de voto e quais as garantias associadas aos mecanismos que nos permitir usufruir de um direito e de um dever que não pode ser manipulável.
Cabe ao Estado corrigir, em primeira mão, os problemas detectados mas esta é uma oportunidade de ouro para nos dirigirmos ao âmago do que representa o voto e o feixe de direitos que aí se materializa.
A abstenção ora verificada turva a nossa democracia pelo que enjeitar esta oportunidade poderá comprometer o seu sadio futuro.
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