Poderia ter sido isto que Chávez teria dito ao Rei Juan Carlos e com toda a legitimidade para o fazer. Aliás, o Rei era o único que ali estava sem uma verdadeira legitimidade para tal. Os argumentos de Chávez, goste-se dele ou não, são válidos: Chávez foi eleito democraticamente pelo povo, por três vezes e prepara-se para se eternizar o poder através de outra forma democrática: o Referendo. E o Rei de Espanha? Quem é que o colocou no lugar onde está? Impuseram aos espanhóis uma Monarquia parlamentarista e estes aceitam-na.
Sobre este último ponto, já começam a soar ecos de indignação contra a existência de uma monarquia em Espanha e vêm quer de Direita, quer de Esquerda. Já só 60% se assume monárquico e justificam a sua opção com o facto de Juan Carlos ter sido um elemento fundamental na transição da ditadura para a democracia. Ou seja, sem Juan Carlos, seriam os espanhóis favoráveis a uma monarquia? Não. Sondagens revelam que apenas 38% se assume como monárquico, e se essa monarquia for parlamentarista.
Resumindo: não se reconhece legitimidade ao Rei de Espanha para participar numa cimeira onde apenas Zapatero deveria ter marcado presença. Menos legitimidade ainda se reconhece ao Rei para mandar calar Hugo Chávez. Goste-se ou não deste indivíduo que parece querer incendiar tudo quanto é ambiente, o que é certo é que tem razão nos seus argumentos desta vez. Não obstante tudo isso, não posso deixar de criticar a forma como Chávez se tentou impor a Zapatero. Por um lado, foi uma forma errada. Por outro, os debates vivem de interrupções, trocas de palavras, etc. Zapatero estava a ter uma atitude digna, normal em debates e diálogos, até Juan Carlos intervir. Chávez estava a tentar contra-argumentar as palavras de Zapatero. Vejo isto como normal, até porque não se ofendiam um ao outro. Apesar de tudo o que aconteceu, Juan Carlos ainda abandonou a cimeira depois deste episódio, para tomar café. Horas depois criticou o facto de Chávez e Morales terem preferido participar num jogo de futebol em vez de marcarem presença no jantar de encerramento da cimeira. Será caso para dizer "diz o roto ao nú, porque não te vestes tu?", sendo que Chávez e Morales ainda tiveram a dignidade de esperar pelo fim da cimeira, enquanto que o Rei de Espanha não pôde esperar.
É por tudo isto que digo que seria legítimo a Chávez responder à pergunta "por qué no te callas?" com um "por qué no te callas tu?". Juan Carlos devia ficar calado e aproveitar o facto de ainda estar onde está, se quiser reservar um bom futuro para o seu filho.
Sobre este último ponto, já começam a soar ecos de indignação contra a existência de uma monarquia em Espanha e vêm quer de Direita, quer de Esquerda. Já só 60% se assume monárquico e justificam a sua opção com o facto de Juan Carlos ter sido um elemento fundamental na transição da ditadura para a democracia. Ou seja, sem Juan Carlos, seriam os espanhóis favoráveis a uma monarquia? Não. Sondagens revelam que apenas 38% se assume como monárquico, e se essa monarquia for parlamentarista.
Resumindo: não se reconhece legitimidade ao Rei de Espanha para participar numa cimeira onde apenas Zapatero deveria ter marcado presença. Menos legitimidade ainda se reconhece ao Rei para mandar calar Hugo Chávez. Goste-se ou não deste indivíduo que parece querer incendiar tudo quanto é ambiente, o que é certo é que tem razão nos seus argumentos desta vez. Não obstante tudo isso, não posso deixar de criticar a forma como Chávez se tentou impor a Zapatero. Por um lado, foi uma forma errada. Por outro, os debates vivem de interrupções, trocas de palavras, etc. Zapatero estava a ter uma atitude digna, normal em debates e diálogos, até Juan Carlos intervir. Chávez estava a tentar contra-argumentar as palavras de Zapatero. Vejo isto como normal, até porque não se ofendiam um ao outro. Apesar de tudo o que aconteceu, Juan Carlos ainda abandonou a cimeira depois deste episódio, para tomar café. Horas depois criticou o facto de Chávez e Morales terem preferido participar num jogo de futebol em vez de marcarem presença no jantar de encerramento da cimeira. Será caso para dizer "diz o roto ao nú, porque não te vestes tu?", sendo que Chávez e Morales ainda tiveram a dignidade de esperar pelo fim da cimeira, enquanto que o Rei de Espanha não pôde esperar.
É por tudo isto que digo que seria legítimo a Chávez responder à pergunta "por qué no te callas?" com um "por qué no te callas tu?". Juan Carlos devia ficar calado e aproveitar o facto de ainda estar onde está, se quiser reservar um bom futuro para o seu filho.
3 comentários:
Nada mais distante da realidade.
Mas não deixa de ser curioso que agora, em solo Venezuelano, venha o macaco do chavéz dizer que não ouviu o Rei de Espanha e que aquele "teve sorte", por isso mesmo.
Um símio, tanto nas palavras como nos actos e até no aspecto.
En referendum de 1947 fue elegida la Monarquía para el Reino de España
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