Portugal bateu ontem mais um recorde do mundo: temos o maior assador de castanhas do mundo! Estou orgulhoso. Depois de termos o maior português construtor de umas coisas manhosas lá do Canadá, agora temos o maior assador de castanhas do mundo. Estes são os nossos cartões de visita para o mundo.
A festa do maior assador de castanhas do mundo ficou também marcada pela intervenção dos portugueses e a sua necessidade de perseguir tudo o que seja gratuito, ainda que sejam migalhas que os pombos do Rossio deixam no chão. Foi engraçado ver os portugueses a acotovelarem-se, a pisarem-se e até à porrada, por 6 miseráveis castanhas. Meia dúzia de castanhas deixou alguns hematomas e dentes partidos por entre os famintos. Será aquele o único dia do ano em que há castanhas à venda? Terá sido ontem o único dia em que os portugueses tiveram a possibilidade de provar a castanha, esse fruto exótico e raro em Portugal? Não têm 1,5€ para darem a um dos milhares de assadores de castanhas espalhados por Lisboa?
Começo a compreender Judas e começo a perguntar se não teria nascido para os lados de Olissipo. Se o português médio agride o próximo por 6 castanhas, então não será compreensível que Judas tenha trocado a fidelidade a Jesus Cristo por 30 moedas de prata, algo que na altura era uma fortuna?
São os portugueses que se sacrificam por meia dúzia de castanhas e que esperaram horas nas filas para as obter, e são os que ficam meia hora num hipermercado de um centro comercial à espera de receber chocolates do tamanho de uma unha, através das acções publicitárias das marcas nos hipermercados, ou até mesmo uma simples garrafa de água com sabor a pêssego, que custa um mísero euro. Até pode estar a uma prateleira de distância, e pode custar 20 cêntimos, mas se for gratuito, o português volta a esperar o tempo que for necessário e volta a acotovelar quem se puser no seu caminho. Afinal, é de borla...
A festa do maior assador de castanhas do mundo ficou também marcada pela intervenção dos portugueses e a sua necessidade de perseguir tudo o que seja gratuito, ainda que sejam migalhas que os pombos do Rossio deixam no chão. Foi engraçado ver os portugueses a acotovelarem-se, a pisarem-se e até à porrada, por 6 miseráveis castanhas. Meia dúzia de castanhas deixou alguns hematomas e dentes partidos por entre os famintos. Será aquele o único dia do ano em que há castanhas à venda? Terá sido ontem o único dia em que os portugueses tiveram a possibilidade de provar a castanha, esse fruto exótico e raro em Portugal? Não têm 1,5€ para darem a um dos milhares de assadores de castanhas espalhados por Lisboa?
Começo a compreender Judas e começo a perguntar se não teria nascido para os lados de Olissipo. Se o português médio agride o próximo por 6 castanhas, então não será compreensível que Judas tenha trocado a fidelidade a Jesus Cristo por 30 moedas de prata, algo que na altura era uma fortuna?
São os portugueses que se sacrificam por meia dúzia de castanhas e que esperaram horas nas filas para as obter, e são os que ficam meia hora num hipermercado de um centro comercial à espera de receber chocolates do tamanho de uma unha, através das acções publicitárias das marcas nos hipermercados, ou até mesmo uma simples garrafa de água com sabor a pêssego, que custa um mísero euro. Até pode estar a uma prateleira de distância, e pode custar 20 cêntimos, mas se for gratuito, o português volta a esperar o tempo que for necessário e volta a acotovelar quem se puser no seu caminho. Afinal, é de borla...
1 comentário:
Exactamente igual em Portugal como em qualquer outro lado.
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