terça-feira, novembro 20, 2007

Hugo Chávez em Lisboa

Vejo com bons olhos a presença de Hugo Chávez em Lisboa. Quero lá saber que não gostem dele, e quero lá saber se muitos o vêem como um atrasado mental. A Venezuela tem muito por explorar e se se consumar o divórcio entre Espanha e Venezuela no domínio comercial, Portugal tem que aproveitar o buraco que os nossos vizinhos vão deixar.
Independentemente do divórcio se consumar ou não, é imperativo que Portugal reforce os laços que tem com a Venezuela, sobretudo porque Chávez vê em Portugal um país irmão e poderemos funcionar como ponte para os interesses da Venezuela na União Europeia.
Portugal tem vantagens em ter interesse na relação com a Venezuela e a Venezuela tem interesse na relação com Portugal. Vamos aproveitar os interesses das duas partes para estreitar as relações entre ambos. Não vamos negar o evidente e ser infantis ao ponto de permitirmos que uma parceria estratégica possa ser estragada apenas porque "não gostamos da pessoa X". Ficam desde já dados os parabéns a Sócrates se souber aproveitar a vinda de Chávez em benefício de Portugal e da comunidade portuguesa na Venezuela.
Até vos digo mais: Chávez é como nosso irmão e que venha cá muitas mais vezes... "pelos motivos óbvios"!

3 comentários:

zarco disse...

É verdade. Os governantes passam e os estados e ou países ficam todavia alguns dos seus actos tendem a perdurar (maleficamente?) no tempo.
Em minha opinião, ao contrário do que intencionalmente quis fazer parecer, o H. Chaves fabricou a gigantesca celeuma em torno do que disse na cimeira, apenas como forma de desviar a atenção do apoio que ia prestar à política Nuclear do Irão.
Consequentemente o corte com a Espanha não passa de uma grande manobra de diversão que não perdurará no tempo.
Não vamos embandeirar em arco e aproveitemos apenas a conjuntura.
Zarco

ATG disse...

Será que tudo isto foi premeditado por Chávez? E se o Rei não o tivesse mandado calar?

zarco disse...

Ficavam as provocações do Chaves, as quais, que por si só, já levantariam celeuma suficiente, muito embora ele não contasse com a diplomatica cortesia do Zapatero

Todavia o Rei dos Espanhóis reagiu e deu-se o efeito que os homens do Chaves pretendiam.

Note-se que o Chaves continua a afirmar que foi ele o ofendido.

Zarco