segunda-feira, setembro 24, 2007

Um país justo

"Os seis homens que foram julgados e condenados pelo tribunal de Setúbal pelo assassinato de um segurança em Águas de Moura e por vários outros assaltos à mão armada poderão vir a ser postos em liberdade, na sequência da aplicação do novo Código de Processo Penal (CPP), soube o JN.
A vítima, que era segurança num stande de automóveis e deixou dois filhos menores, foi morta a tiro de caçadeira, a 29 de Novembro de 2005, não obstante estar desarmada e não oferecer qualquer perigo para os assaltantes, que pretendiam roubar viaturas que ali se encontravam para venda.
Seis indivíduos, de nacionalidade romena, foram condenados em Junho a pesadas penas que variaram entre os 17 e os 20 anos de cadeia, mas poderão sair em liberdade, uma vez que, em Dezembro, se vai esgotar o prazo da prisão preventiva.
Uma das maiores preocupações das autoridades associadas a este caso está associada ao facto de Portugal não ter acordo de extradição com a Roménia, um ponto mais que provável de fuga se algum dos seis indivíduos for libertado. Foi para lá, aliás, que conseguiu escapar um dos suspeitos do crime, antes que a Polícia Judiciária o conseguisse capturar, mantendo-se agora em liberdade, situação em que vai manter-se indefinidamente, a não ser que entre num Estado da União Europeia. Um dos outros arguidos acabou por ser capturado já na Hungria, mercê da emissão de um mandado europeu e é provável que procurasse forma de chegar à Roménia. É por isso que as autoridades receiam tanto a possibilidade de os indivíduos virem a ser postos em liberdade."

Fonte: Jornal de Notícias

Ora aqui está um bom texto para promover o turismo em Portugal: "Venha a Portugal! Portugal é um país excelente para o turista, seja ele romeno, inglês ou brasileiro. Pratique crimes sem ser punido por isso. Portugal, um país onde tudo lhe é lícito, apesar de nem tudo nos convir. Porém isso é um problema dos nossos, sendo que os estrangeiros não perderão o sono connosco".
Portugal bem tenta basear-se nos princípios cristãos de saber perdoar, dar a outra face, etc, mas o perdão tem limites.

1 comentário:

Pedro Sá disse...

Errado. Ou ainda não percebeste que as mudanças no CPP são feitas precisamente a ver se o MP trabalha a tempo e horas para que as pessoas sejam julgadas em tempo útil como é seu direito constitucional ?