"O Estatuto da Carreira Docente exige que os futuros professores façam uma prova de ingresso na profissão. Na proposta de portaria que regulamenta o estatuto, o Governo é claro: os erros gramaticais, as más construções frásicas e uma maior dificuldade em falar em público ou expor ideias vão fechar as portas do ensino aos jovens licenciados. O documento estipula que, mesmo depois de cinco anos de universidade e o grau de mestre conferido em instituições cujos cursos são reconhecidos pelo Ministério da Ciência e Ensino Superior, os professores sejam avaliados com três exames distintos."
Fonte: Correio da Manhã
A medida é por mim aplaudida... em parte. Tudo porque apenas é exigido aos professores a nota de 14, na escala tradicional de 0 a 20. Ora, 14 não é ser-se "brilhante" como noticia o jornal. Vamos aceitar professores minimamente razoáveis. A alguns deles bastará mesmo um golpe de sorte. Apoio a medida do Governo, mas nota-se logo a falta de coragem exigindo notas medíocres.
Acresce ainda o facto de os sindicatos tentarem estragar estas alterações que já são o mínimo dos mínimos a exigir a um professor: "Os sindicatos temem que, com os nervos, os candidatos cedam e percam a oportunidade de aceder à carreira. O docente é obrigado a obter um mínimo de 14 valores em cada um dos exames. Se falhar, repete a prova no ano seguinte, até um máximo de três tentativas". Ou seja, entra aqui o mesmo princípio que entra hoje em dia para os alunos: coitadinhos, têm medo de falhar, vamos facilitar o sistema, ainda que continuemos a ter alunos ignorantes e fraquíssimos.
1 comentário:
Duas notas:
1. Não vejo razão nenhuma para que se exija a um professor 14 quando para outras profissões, designadamente advogados, se exige um "aprovado".
2. Muito boas intenções mas duvido que isto possa ser posto em prática efectiva, pois não sei até que ponto é que isto pode levar à falta de professores...
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