"O programa experimental de troca de seringas para reclusos nas prisões portuguesas, medida que pretende fazer diminuir a contaminação de doenças infecto-contagiosas entre presos, inicia-se hoje apenas "na vertente teórica" nas cadeias de Lisboa e Paços de Ferreira."
Fonte: SIC
"O Programa Específico de Troca de Seringas (PETS) não afasta o objectivo de recuperar os presos toxicodependentes, levando-os a deixar de consumir drogas, de acordo com a lei que prevê o programa experimental, promulgada pelo Presidente da República em 6 de Janeiro de 2007."
É só a mim que isto faz confusão?! Como é que os presos toxicodependentes vão deixar de consumir drogas, se o Estado lhes dá condições, e de luxo, para se poderem drogar?! "Olha, para largares as drogas, toma lá seringas em primeira mão. Mas não te esqueças, tens que deixar essa vida... espera, eu ajudo-te a descobrir uma veia boa".
Ainda alguém vai ter que me explicar como é que dar condições para que as pessoas se droguem, constitui um género de "reabilitação" dos viciados. Só mesmo os tontos dos portugueses para acreditarem nisto!
"Aos admitidos no PETS será distribuído um estojo com duas seringas, dois toalhetes desinfectantes com álcool, um preservativo, uma ampola de água destilada, um filtro, dois recipientes e ácido cítrico."
Isto traduzido dá qualquer coisa como: temos as crianças que estudam e temos os toxicodependentes. As crianças, quando começam a época escolar, levam um estojo com duas canetas, dois lápis, uma borracha, um afia, um corrector, dois cadernos de linhas e um quadriculado. Os toxicodependentes, quando começa o programa do Governo para se drogarem ainda mais, levam o acima transcrito. Tudo em nome da educação. É ainda em nome da educação o facto de o Governo investir 177 milhões de euros em "kits" de sócio... aliás, "kits" de consumo de drogas, mas para no que respeita à educação, tem que encerrar escolas por falta de verbas.
Sobre os estojos dos toxicodependentes, pergunto-me se existirão estojos do Benfica, Sporting e Porto. Sim, porque os presos não aceitam qualquer estojo. Tem que ser do agrado deles. Existem as bolsas para telemóveis e existem os estojos ao gosto do freguês. Pergunto ainda se existirão estojos para os mais efeminados lá do sítio, com versões Hello Kitty, Morangos com Açucar (olha, dois toalhetes desinfectantes com álcool, com a cara do Sebastião e da Joana), Agatha Ruiz de la Prada, etc.
Este programa tem como principal função diminuir o número de presos com o vírus da SIDA. O que, resumido, dá qualquer coisa como "meu amigo, a partir de agora já não morres de SIDA. Agora só morres de overdose! Toma lá um estojo para ti e diverte-te".
6 comentários:
Acho um óptima ideia dar todas as condições aos nossos presidiários, já que não podem ir muito à rua porque não dar-lhes salas diferentes das normais?
Já que as prisões estão na capacidade máxima porque não acelerar o processo de "despedimento colectivo"?
Acho que todas as salas deviam ter aquele macaco Gervásio que sabe separar o lixo para assim colocar as seringas velhas num caixote e as boas noutro...
Sem algum tipo de discussão a ver com partidarismos, gostaria de ouvir os argumentos de alguém que defende esta posição, para ver se consigo entender o porquê do Governo aceitar dar seringas e preservativos aos presos. Ora isto é admitir que há droga a entrar nas prisões, porque pelo que sei, o Governo ainda não a disponibiliza. Que tal o Governo lutar contra a entrada de droga, fiscalizando e fazendo um melhor trabalho, em vez de baixar as mãos, aceitar e até ajudar.
Não esquecendo o perigo que isto vai ser dentro das prisões, quando uns começarem a ameaçar outros. É que qualquer pessoa sabe que basta espetar uma seringa com ar na veia de alguém para essa pessoa morrer. Mortes essas depois dificeis de saber.
Pinokio: simples questão de higiene pública e de evitar a promiscuidade.
Evitando-se ou não que entra droga nas prisões, sabe-se que ela existe. E todos têm direito à higiene.
Pedro Sá, "sabe-se que ela existe", ora não era suposto não haver tráfico de droga dentro das prisões?? Quer isto então dizer que nem sequer num sitio onde existem dezenas de policias não consegue o Estado fazer cumprir as leis?? A droga nem sequer deveria entrar nas prisões, como é que ela lá entra?? Desculpa mas acho que se houvesse vontade conseguia-se fazer cumprir a lei no sitio onde mais policia há.
Outra questão é a da segurança. Se o Estado admite que não consegue fazer cumprir a lei num simples caso de tráfico de droga, como vai conseguir garantir que não hajam homicidios dentro das prisões?? QUe segurança vão os próprios guardas prisionais ter?Basta um seropositivo ameaçar, basta um maluco injectar ar dentro da veia e cometeu suícidio. E nos casos de homicidios vou duvidar de quando sai cá para fora que foi suicidio.
Por fim, é estranho as pessoas com diabetes terem de comprar seringas para uso próprio e andar o Estado a disponibilizar aos presos essas seringas. E agora? Arranja-me lá argumentos para estas perguntas sff.
1. Resta saber como é que tu controlas os guardas prisionais.
2. Os diabéticos não são uma questão de saúde pública, muito simples. Sem prejuízo de eu não achar piadinha nenhuma a estas coisas de direitos dos presos.
Como controlas os guardas prisionais?? Defendes então que são os próprios guardas a introduzir drogas nas prisões, o que pode em muitos casos é o que deve acontecer. Se o Estado começasse a por alguém lá dentro a investigar de certeza que encontraria alguém. Paguem-me bem e eu não me importo de me infiltrar numa prisão para descobrir.
Considero que a lei é branda para com os policias corruptos.
Os diabéticos são uma questão de saúde pública a partir do momento em que tens milhares em Portugal. Prefiro dar seringas grátis a diabéticos que dar a presos que deviam trabalhar para comer em vez de terem cama, roupa lavada e comidinha na mesa.
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