Diz-se que a idade é um posto e que o avançar da mesma gera sabedoria. No caso de Manuela Ferreira Leite pode ser diferente. Não sei se gera sabedoria, mas pelo menos a confusão é garantia. A líder do PSD gosta de lançar o mistério e criar charadas. Neste verão, em vez dos tradicionais sudoku, sopa de letras e palavras cruzadas, os portugueses têm como entretém "qual será o programa do PSD para as Legislativas". Ela dá algumas pistas "é muito diferente do do PS", o que já permite pôr de parte o catrapázio socialista cheio de ideias para "derreter o dinheiro que não temos mas que vocês gostam de nos ouvir dizer que temos".
Já não é a primeira vez que MFL lança estes desafios aos portugueses. Recordo-me que quando chegou à liderança do partido, alguém lhe sugeriu que, enquanto agora líder da oposição, apresentasse algumas das suas ideias para provar que era possível fazer melhor que o PS. Como o segredo é a alma do negócio, MFL disse "não vou revelar as minhas ideias senão eles depois executam-nas". Parece-me que essas ideias continuam ainda muito bem guardadas. Estarão de tal forma guardadas que ainda nem a própria sabe o que vai constar no programa eleitoral do PSD. Mas, como afinal tem alguma sabedoria, MFL optou por se manter calada em vez de proferir disparates e cometer erros que lhe possam custar as eleições. É uma via acertada, sobretudo quando todos nós sabemos que o eleitorado não quer saber de programas eleitorais, nem medidas propostas. Pelo menos 95% dos portugueses não ligam a isso. Os critérios de voto dos eleitores assentam em:
1- Actual peso e imagem dos partidos de acordo com o que a comunicação social passa;
2- Grau de simpatização com os principais candidatos;
3- Ideias populistas que dêem a entender que o futuro Governo quer atribuir muitos subsídios e pretende gastar o menos possível mas aumente significativamente a qualidade de vida da população.
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