quinta-feira, agosto 20, 2009

E-Quem?

E-Government. Uma das importantes apostas do Governo de Sócrates na luta contra a burocracia e os custos dos serviços públicos, apontando como objectivo tangível a melhoria da qualidade de vida da população portuguesa.

Para os governos info-excluídos e sem visão de futuro, eu explico. E-Government traduz-se no uso de tecnologias de informação com vista a aproximar as populações e as empresas dos serviços públicos e governamentais, eliminando a burocracia e permitindo usufruir dos referidos serviços à distância.

Quem esteve vezes sem conta em filas intermináveis para entregar o IRS, obter informações sobre a pensão de velhice que irá receber ou obter formulários de licenciamento percebe com facilidade a importância deste conceito.

O tecido empresarial, nomeadamente as PME’s, também percebe a importância económica da disponibilização destes serviços direccionados para as necessidades empresariais, incrementando a eficiência e diminuindo custos internos e custos indirectos.

O Governo actual percebeu todas estas valências e viu os seus esforços reconhecidos num relatório publicado recentemente pela Comissão Europeia (iniciativa i2010 2008) que aponta Portugal como um dos Estados membros com melhores serviços de eGovernment para empresas.

Assim, Portugal revela-se acima da média europeia em todos os quatro indicadores utilizados nesta área, num dos quais ocupando a primeira posição: percentagem de serviços públicos básicos para empresas disponíveis completamente on-line, onde o relatório revela que Portugal tem 100 por cento destes serviços disponíveis, quando a média comunitária é de 78 por cento.

Veja-se também que a percentagem de empresas que utilizam serviços públicos (68 por cento em Portugal) é bastante superior à média europeia (50 por cento).

Atente-se na evolução de Portugal no ranking Europeu:

- Em 2003, no auge da Governação do PSD-CDS/PP , o nível de disponibilidade de serviços de E-Government dirigidos a cidadãos era de 18% e de 63%dirigidos a empresas.

- Em 2008, após lançado um plano tecnológico pelo actual Governo, o nível de disponibilidade de serviços de E-Government dirigidos a cidadãos era de 75%(acima da média europeia) e de 100% (o melhor da Europa) dirigidos a empresas.

Todos estes índices melhoram o ambiente de negócios em Portugal, facilitam a criação de novas empresas portuguesas (Programa Empresa na Hora) e a instalação de empresas estrangeiras, reduzindo progressivamente os custos do Estado com procedimentos através da desmaterialização enquanto a eficiência e rapidez dos serviços prestados aumenta vertiginosamente.

As diferenças são óbvias.

Podemos optar entre um Portugal que se quer afirmar e acredita no futuro ou podemos escolher um Portugal miserabilista, sem visão e sem fé em si próprio.

O destino do país em forma de cruz.

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