Confesso que acho piada a isto de se apontar o dedo ao adversário quando temos os restantes apontados a nós. É o que se passa com João Tiago Silveira, porta-voz do PS, que classifica de "candidatura virtual" a de Alberto João Jardim enquanto cabeça de lista do PSD pela Madeira. Tem a sua razão, e falaremos do Presidente do Governo Regional da Madeira mais tarde, mas devia ter permanecido calado porque tem duas figuras de proa no PS que, se não alimentam candidaturas virtuais, então, mutatis mutandis, são duplas candidaturas.
Analisemos o caso de Ana Gomes. A eurodeputada é diplomata de carreira desde 1980, e no seu vasto currículo conta com o desempenho de funções como Consultora diplomática do Presidente da República (1982-1986); foi colocada na Missão Permanente junto da ONU e Organismos Internacionais em Genebra (1986-1989) e nas Embaixadas em Tóquio (1989-1991) e Londres (1991-1994); foi membro da delegação portuguesa ao Processo de Paz no Médio Oriente durante a Presidência portuguesa da UE (1992); integrou o Gabinete de Assuntos Políticos Especiais - dossier Timor-Leste - do Ministério dos Negócios Estrangeiros (1994-1995); foi chefe de Gabinete do secretário de Estado dos Assuntos Europeus (1995-1996); foi membro da Missão Permanente de Portugal junto da ONU em Nova Iorque, onde coordenou a delegação portuguesa ao Conselho de Segurança (1997-1998); foi chefe da Secção de Interesses e, depois, Embaixadora de Portugal em Jacarta (1999-2003). Finalmente, é eurodeputada desde 2004, tendo sido reeleita em 7 de Junho.
Posto isto, cabe-me perguntar: o que pretende Ana Gomes de Sintra senão tentar garantir um bom resultado para o PS? Qual é a ligação de Ana Gomes a Sintra? Em que é que a sua experiência como diplomata poderá ajudar os sintrenses? Que outras motivações levam Ana Gomes a optar por Sintra (não me digam que é desenvolver o município ou servir os sintrenses)?
O exemplo de Ana Gomes não só é o da verdadeira candidatura virtual, oca, sem qualquer objectivo real de avançar para uma Presidência de Câmara, como é violador da confiança que o eleitorado depositou e depositará nela, dado que recentemente foi reeleita para o Parlamento Europeu.
Afinal, tirando os socialistas devotos, quem mais votará nesta candidatura, vista como segunda opção pela candidata, a um dos municípios mais importantes do país, e tendo Ana Gomes afirmado que só olhará para Sintra com outros olhos se ganhar? Afinal, privilegiam-se os interesses privados e partidários ou os interesses dos sintrenses de ter sequer como digno vereador alguém dedicado exclusivamente ao município?
Analisemos o caso de Ana Gomes. A eurodeputada é diplomata de carreira desde 1980, e no seu vasto currículo conta com o desempenho de funções como Consultora diplomática do Presidente da República (1982-1986); foi colocada na Missão Permanente junto da ONU e Organismos Internacionais em Genebra (1986-1989) e nas Embaixadas em Tóquio (1989-1991) e Londres (1991-1994); foi membro da delegação portuguesa ao Processo de Paz no Médio Oriente durante a Presidência portuguesa da UE (1992); integrou o Gabinete de Assuntos Políticos Especiais - dossier Timor-Leste - do Ministério dos Negócios Estrangeiros (1994-1995); foi chefe de Gabinete do secretário de Estado dos Assuntos Europeus (1995-1996); foi membro da Missão Permanente de Portugal junto da ONU em Nova Iorque, onde coordenou a delegação portuguesa ao Conselho de Segurança (1997-1998); foi chefe da Secção de Interesses e, depois, Embaixadora de Portugal em Jacarta (1999-2003). Finalmente, é eurodeputada desde 2004, tendo sido reeleita em 7 de Junho.
Posto isto, cabe-me perguntar: o que pretende Ana Gomes de Sintra senão tentar garantir um bom resultado para o PS? Qual é a ligação de Ana Gomes a Sintra? Em que é que a sua experiência como diplomata poderá ajudar os sintrenses? Que outras motivações levam Ana Gomes a optar por Sintra (não me digam que é desenvolver o município ou servir os sintrenses)?
O exemplo de Ana Gomes não só é o da verdadeira candidatura virtual, oca, sem qualquer objectivo real de avançar para uma Presidência de Câmara, como é violador da confiança que o eleitorado depositou e depositará nela, dado que recentemente foi reeleita para o Parlamento Europeu.
Afinal, tirando os socialistas devotos, quem mais votará nesta candidatura, vista como segunda opção pela candidata, a um dos municípios mais importantes do país, e tendo Ana Gomes afirmado que só olhará para Sintra com outros olhos se ganhar? Afinal, privilegiam-se os interesses privados e partidários ou os interesses dos sintrenses de ter sequer como digno vereador alguém dedicado exclusivamente ao município?
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