A formação de listas nunca é consensual, mas a exclusão de Pedro Passos Coelho explica-se em três frases. O candidato a cabela-de-lista por Vila Real candidatou-se à liderança do PSD, envergando cartazes com meia dúzia de chavões. Ainda que muitos populistas afiançassem que Passos Coelho era "o Obama" dos socialdemocratas, a verdade é que a sua estratégia não pegou. A partir daí, nunca mais se viu ou ouviu o candidato, motivo pelo qual não soube segurar alas no partido que lhe garantissem influência suficiente para, tal como Santana Lopes, ter agora direito a um lugar se MFL quisesse ter quaisquer aspirações nas Legislativas. Pelo mesmo caminho foi Miguel Relvas, estratega de Pedro Passos Coelho e que se eclipsou da vida do partido após a derrota deste último.
O PSD funciona um pouco como o Benfica: está há muitos anos sem ganhar nada, conquistou há pouco tempo um troféu de segunda linha e os seus adeptos têm motivos para acreditar que este ano é que é. Assim sendo, até Pacheco Pereira (por quem não nutro simpatia) entrou na corrida e, com a certeza de poder vencer as eleições de Outubro, parece-me pouco provável que alguém se queira pôr à frente de MFL podendo comprometer a estratégia e a imagem da líderança do partido numa altura em que o que mais interessa é transmitir valores como força, certeza e coesão.
O PSD funciona um pouco como o Benfica: está há muitos anos sem ganhar nada, conquistou há pouco tempo um troféu de segunda linha e os seus adeptos têm motivos para acreditar que este ano é que é. Assim sendo, até Pacheco Pereira (por quem não nutro simpatia) entrou na corrida e, com a certeza de poder vencer as eleições de Outubro, parece-me pouco provável que alguém se queira pôr à frente de MFL podendo comprometer a estratégia e a imagem da líderança do partido numa altura em que o que mais interessa é transmitir valores como força, certeza e coesão.
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