Isaltino Morais foi condenado a sete anos de prisão efectiva, à perda do mandato e ao pagamento de 463 mil euros de indemnização ao Estado. Assim que foi concluída a leitura da sentença, muitos portugueses deram início a uma festa em homenagem à primeira condenação efectiva de um político em exercício de funções e fizeram manifestações de louvor à justiça portuguesa, proferindo declarações como "afinal, ainda há esperança" ou "a justiça portuguesa ainda funciona". Todo este programa de festas resulta da precipitação de quem não conhece minimamente o nosso sistema de justiça e se esquece de dois factos: 1) Isaltino Morais tem direito a apresentar recurso; 2) Isaltino Morais apresentou recurso.
Isto não significa que devemos ficar indiferentes à sentença do colectivo de juízes do Tribunal de Sintra, pelo contrário. O que se passou hoje tem como significado que afinal poderá haver esperança para a justiça portuguesa se mesmo após sucessivos recursos Isaltino acabar por ser condenado a cumprir a sentença que hoje lhe foi lida.
Políticos que se envolvem em negócios que "dão dinheiro" sabem que têm que separar parte das receitas para ganhar o consentimento de várias pessoas que lhes poderão estragar a negociata. Depois de tudo o que se deu como provado, enquanto Isaltino Morais não cumprir a pena que lhe foi aplicada hoje, reservo-me o direito de acreditar que o Presidente da Câmara de Oeiras não quis (ou esqueceu-se de) distribuir os seus lucros por todas as aldeias.
Também é certo que se o eleitorado quiser poderá ajudar a escrever o fim de Isaltino: em Outubro, votem num candidato que não precise de apresentar recurso em Tribunal para que se lhe reconheçam valores como honestidade e idoneidade para o exercício de funções públicas.
Isto não significa que devemos ficar indiferentes à sentença do colectivo de juízes do Tribunal de Sintra, pelo contrário. O que se passou hoje tem como significado que afinal poderá haver esperança para a justiça portuguesa se mesmo após sucessivos recursos Isaltino acabar por ser condenado a cumprir a sentença que hoje lhe foi lida.
Políticos que se envolvem em negócios que "dão dinheiro" sabem que têm que separar parte das receitas para ganhar o consentimento de várias pessoas que lhes poderão estragar a negociata. Depois de tudo o que se deu como provado, enquanto Isaltino Morais não cumprir a pena que lhe foi aplicada hoje, reservo-me o direito de acreditar que o Presidente da Câmara de Oeiras não quis (ou esqueceu-se de) distribuir os seus lucros por todas as aldeias.
Também é certo que se o eleitorado quiser poderá ajudar a escrever o fim de Isaltino: em Outubro, votem num candidato que não precise de apresentar recurso em Tribunal para que se lhe reconheçam valores como honestidade e idoneidade para o exercício de funções públicas.
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