terça-feira, agosto 07, 2007

Serviço de informações na Faculdade de Direito de Lisboa

Ao ver os cursos de Mestrado disponíveis, em Setembro de 2006, decido pedir mais informações no serviço de Mestrados e Pós-graduações da FDL. Encontro por lá uma senhora, a Dr.ª Maria José Abreu, cujas únicas informações que me dá são "vá ao site da internet que está lá tudo escrito" ou "se procurar vai ver que encontra". Ao perguntar como funcionam em questão de horários, entre outras coisas "vá lá procurar, porque como eu disse, na internet está tudo o que precisa". Peço um formulário de preenchimento "imprima a partir da internet que não tenho aqui nenhum". Quando pergunto o que é que falta preencher "Sr. Dr. leia isso com atenção, e confirme, porque isso não é difícil". Ao ver que tinha dúvidas no preenchimento de um campo, perguntei-lhe o que pôr lá e a mesma funcionária diz-me "então você não leu essa parte?".
Foi uma luta tremenda aquela que travei com este serviço. Depois de três viagens a este gabinete, este ano voltei lá, há cerca de 15 dias, para ver quais seriam os novos Mestrados. Acabei por ter o mesmo tipo de atendimento, mas desta vez com uma especificidade: a senhora atende das 9h às 12h e das 14h às 18h (fora o tempo em que se passeia pela Faculdade), e às 12h03m já não me podia receber, mesmo estando presente no gabinete à conversa com uma amiga. A sua indisponibilidade foi tal que, ao perguntar-lhe a que horas aquilo fechava, dado não ser habitual um serviço encerrar às 12h, a mesma nem se dá ao luxo de responder e teve que ser a sua amiga a dizer a hora. Pergunto a que horas reabre, e após três insistências, voltou a ser a amiga a responder "14h", porque a tal senhora se revelava indisponível para responder a perguntas. Ao ver que a amiga me responde, vira-se para mim e diz "está aí escrito na porta se quiser ver". Devo dizer que no meio de tanta papelada no placard ao lado da porta, torna-se difícil ver o que quer que seja.
Não obstante ser zelosa no cumprimento do horário de saída, abstraindo-se da sua realidade profissional às 12h em ponto, às 14h estava lá eu, pretendendo seguir o mesmo zelo. Teve a infelicidade de só abrir a porta às 14h15m/20m e de eu lá estar. Passou-se o mesmo filme de 2006. As mesmas perguntas sobre os Mestrados e as mesmas recomendações para ir à internet. Pergunto-lhe para que serve aquele gabinete, se tudo o que sabem dizer é para ir à internet. E pergunto se só servirá para o pagamento dos cursos, dado no ano passado ter-me atrasado um dia no pagamento e terem chovido logo 3 telefonemas na mesma manhã por parte da mesma senhora, a insistir que devia pagar. A mesma responde-me que naquele gabinete nem sequer pagamentos se fazem. Ao que a volto a questionar, para que serve aquele gabinete e me é respondido "para prestar apoio e informações". Insisto "então dê-me informações e o apoio que preciso a propósito dos cursos de Mestrado". Resposta: "vá à internet".
Como devem calcular, tudo isto terminou no livro de reclamações, onde tive que expor a falta de educação e arrogância demonstradas pela senhora, e o restante conteúdo que aqui exponho neste momento. No entanto, sabendo como funciona a Faculdade, acho incrível como é que sou eu que vou estrear o livro de reclamações da mesma. Todos aqueles que choram pelo atendimento e serviço da Faculdade, devem engolir as suas próprias lágrimas. Afinal, têm os meios para reagirem contra as deficiências dos serviços e nada fazem. E, segundo soube, existem mais insatisfeitos com o serviço e atendimento prestados por esta senhora (já para não falar nos restantes serviços).
A propósito dos cursos de Mestrado e Pós-Graduações, é com alguma ironia que vejo no site da Faculdade, em particular nessa secção, o texto "informações: Dr.ª Maria José Abreu". Desafio qualquer um a informar-se...

6 comentários:

Pinokio disse...

Livro de reclamações?!! Não sei onde é isso que estás a falar e neste momento pouco me interessa. Mas uma questão, por acaso as faculdades (cada uma) possui livro de reclamações? Basicamente quero é saber se a secretaria da fdl possui esse livro. Já as informações dadas naquela faculdade variam consoante a pessoa que apanhamos, não sendo raras as informações contraditórias dadas pelos seus funcionários, principalmente um rapazito com os seus, talvez, 30 anos que em cada 10 infos que dá 8 estão erradas. Não esquecendo que se te apetecer ir perguntar como vai funcionar o processo de Bolonha naquela faculdade a própria secretaria não te saber responder...

ATG disse...

Tudo o que é público tem que ter um livro de reclamações. É o famoso "livro amarelo". Para as entidades públicas é o amarelo, para os privados é o vermelho.

Ana disse...

http://www.fd.ul.pt/noticias/noticias-cont.asp?noticia_id=520

Vai aqui!!!

Pinokio disse...

LOl, a começar logo pelo primeiro ponto. Pode ser a maior mas a mais apetrechada não sei se será. Com a constante falta de cadeiras nas salas e a falta de professores não será assim tão apetrechada.
Ponto 3.Realmente tem os melhores professores que existem, a começar pela Marta Rebelo. E não é por convite nem nada, estranho é o Fausto Quadros ter dito este ano que um certo assistente dele só lá está porque ele conhece o pai...
Ponto 5. Ensino realmente actualizado...
Ponto 17 totalmente discutível segundo muitos alunos naquela casa.

Não esquecendo que é uma estupidez ainda ser necessário a inscrição aos exames quando isso poderia ser feito automaticamente. Entre mais umas quantas criticas...

Ana disse...

Foi o que achei, mas mais estranho ainda acho essa campanha : "20 razões para vir para a FDL"! É estranho estarem a fazer isso, a dourar a pilula..

DBS disse...

A meu ver o mais ridiculo e mais revelador do estado de "degradação" a que a FDL está a chegar é uma das razões ser "Fica perto do Metro"
Estou mesmo a ver:
- Epa, tou com dúvidas, será que vou para a Faculdade Clássica de Direito ou para a Católica?
- Vai para a Clássica pah! Fica mesmo ao pé do Metro.

Isto só visto...