quarta-feira, agosto 22, 2007

Assim não vai lá

Nunca me tinha dado ao trabalho de consultar o weblogue de LFM. Nunca tive interesse em fazê-lo, não fosse ter um colapso, como os que tive das duas vezes que fui ao blogue de José Maria Martins, esse homem que um dia pensou que podia dar mais nas vistas sendo candidato à Presidência da República.
Fui hoje visitar o "sítio de LFM" para confirmar a notícia que o Público noticia: o plágio descarado feito pelo candidato à liderança no PSD, de textos publicados por terceiros na internet.
Bem se diz que o sonho comanda a vida, mas um tipo que não consegue escrever textos sobre efemérides sozinho, que até deixa passar erros ortográficos de palavras simples, e não consegue formular opiniões sobre os assuntos do dia-a-dia, não me parece que consiga ter ideias e soluções para um partido em queda livre, quanto mais para Portugal, se algum dia chegasse a Primeiro-Ministro.
Começo a assustar-me com Vila Nova de Gaia, por ter um Presidente sem capacidade intelectual. Possivelmente terá um executivo que funciona bem, limitando-se LFM a assinar papeis e a despachar expediente.
Para quem quer um dia liderar Portugal, este é um mau começo. Tinha dito aqui que LFM ia ganhar a MM, ainda que não contasse com o meu apoio. Porém, a dar tiros nos pés desta maneira, caminha para um resultado histórico: ser capaz de perder com MM (novamente), quando os níveis de popularidade deste são inexistentes.
Além desta grave incapacidade intelectual, tem também demonstrado ser um candidato pouco atractivo. Mas este mal não é só dele. MM tem as mesmas infelicidades. Não consigo compreender que um candidato que queira atrair votos, continue a seguir a teoria do "eu sou o menos mau, ele é o pior". Falar mal do opositor, atacá-lo constantemente, e até ofendê-lo, promove a tal ideia do "eu posso não ser bom, mas ele consegue ser pior". Se em vez disso, fossem apresentadas ideias, projectos e soluções e se ignorasse por completo o adversário, não só o nível de confiança e esperança que se passa aos eleitores (neste caso militantes) é maior, como se arranja uma forma de fazer com que os adversários tenham que comentar, debater e criar alternativas às ideias apresentadas pelo candidato. Basicamente, acaba por se centrar a campanha em algo positivo que tenha sido lançado pelo mesmo. Não será isto a verdadeira política, a verdadeira estratégia? Ou será que atacar e passar a batata quente ao outro é a solução? Opto pela primeira.
Ou LFM muda a sua estratégia, ou nem à liderança da JSD-Beja chega. LFM parece não ter rumo, mesmo sabendo que sem rumo não há estratégia. Ataca e dispara em todas as direcções e se acertar em alguma coisa, melhor para ele. Não é assim. Assim não vai lá.

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