sábado, agosto 11, 2007

Mais de Roma: especial Coliseu

Reparem bem nesta maravilha! Sim, faz jus a ser uma das sete maravilhas do Mundo. O nome mais correcto é Anfiteatro Flávio. A sua construção teve início no ano de 70 d.C., tendo como seu criador o Imperador Vespasiano, mas só foi inaugurado por volta do ano 80, no período de Tito. As cerimónias e espectáculos de inauguração duraram cem dias e durante este escasso tempo foram mortas mais de 5.000 feras.
O Coliseu tem a altura equivalente a um grande estádio de futebol, possivelmente a mesma que o Estádio da Luz, e tinha capacidade para 70.000 espectadores, dos quais 55.000 sentados. Foi com o Coliseu como modelo que se construíram os estádios de futebol dos dias de hoje. O Coliseu possui oitenta arcos, todos equivalem a entradas, todos numerados com a numeração romana, e a estes números correspondiam os que constavam nos bilhetes dos espectadores, ainda que a entrada fosse gratuita. A organização do Coliseu era tal que, dado o seu número de entradas e fáceis acessibilidades, era possível permitir a entrada organizar devidamente os 70.000 espectadores que lotavam o recinto.
Na época havia um toldo de tela enorme que cobria a parte superior do Coliseu, protegendo os espectadores do sol. Dada a proximidade do público com a arena, havia uma rede metálica em volta da mesma, aos quais eram colocados mais alguns materiais especiais para proteger o público e evitar que as feras saltassem para o lado de fora da arena. Não obstante tudo isto, ainda existiam arqueiros em redor da arena, prontos a disparar qualquer animal que conseguissem saltar para a parte destinada ao público.
A parte que hoje vemos que falta no Coliseu, não se deve a nenhum incêndio, ou acidente provocado pela natureza. Aquelas pedras todas foram retiradas, de propósito, para serem aplicadas na construção de palácios e outro tipo de construções da Roma Antiga.

Aqui está a entrada dos dias de hoje. Haviam várias divisões no Coliseu: desde o camarote do Imperador e a entrada própria para o mesmo, até ao camarote do Cônsul, ao vomitório, os assentos para o povo, a entrada dos gladiadores, as jaulas para as feras e para os gladiadores. Os espectadores eram divididos conforme as classes sociais.

Aqui está uma das jaulas onde se colocavam tanto feras, como gladiadores. Ainda hoje é possível ver alguns dos nomes que aqui passaram na época, gravados nas paredes, bem como marcas feitas pelos mesmos. As feras eram deixadas à fome durante vários dias, para que entrassem furiosas na arena e com vontade de devorar quem lhe aparecesse à frente. Como se não bastasse, no caminho que faziam para a arena, eram atiçadas através de espadas que lhes eram espetadas ou através do contacto com tochas. Valia tudo para aumentar a ira das feras. Os gladiadores tinham que travar lutas com leões, tigres, elefantes, ursos, entre outros.
Era aqui que muitos cristãos morriam, mas ao contrário do que se diz, nunca se fizeram crucificações no Coliseu. Apenas se lançavam os cristãos para a arena, para tentarem sobreviver às feras. Os espectáculos eram sempre muito procurados pelos romanos e geralmente começavam com actividades circenses envolvendo animais. Seguidamente seguiam-se as demonstrações entre soldados romanos, e os combates com os gladiadores que combatiam até à morte. O facto de se ganhar aquele combate, não era sinónimo de futura liberdade. Ainda tinham que passar pelo julgamento do povo. O Imperador pedia ao povo que se manifestasse se tal gladiador merecia a vitória. Se o povo gritasse "deixa-o viver", o Imperador fazia a vontade, mas se o povo se manifestasse com a mão fechada e o polegar para baixo, então enfrentaria as feras.
Normalmente, faziam parte do núcleo dos "gladiadores", todos aqueles que se recusavam fazer parte do exército romano, escravos, criminosos e cristãos. Se algum dos que se recusou fazer parte do exército romano, ou algum cristão, recuasse na sua opção, poderia ter a hipótese de lhe ser concedida uma oportunidade para viver. Era ainda possível comprar a sua liberdade. Na altura, os títulos adquiriam-se. Bastava ter dinheiro...

Aqui podemos ver o nível subterrâneo pelo qual passavam as feras e os gladiadores, até chegarem à arena.

Outrora, este foi o local que servia de arena. Tinha um piso feito em madeira, totalmente coberto por areia. Hoje podemos ver os níveis subterrâneos.
A última vez que houve um espectáculo no Coliseu, foi no ano de 523, mas já só tinha como base a caça de animais selvagens, dado os combates entre gladiadores terem sido abolidos em 438.

O Coliseu visto à noite, com toda a sua iluminação. É lindíssimo. Desculpem a qualidade da fotografia, mas quando falta tripé é difícil tirar uma foto decente à noite.

Porque não celebrar o casamento no Coliseu?

Ou dar um passeio numa charrete?

Fermata: Piazza del Colosseo. Uscita: lato sinistro o destro.

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1 comentário:

guerreira disse...

Muito enriquecedor! As imagens estão lindas! Só espero também poder vê-lo um dia...! Bjo!