O Coliseu tem a altura equivalente a um grande estádio de futebol, possivelmente a mesma que o Estádio da Luz, e tinha capacidade para 70.000 espectadores, dos quais 55.000 sentados. Foi com o Coliseu como modelo que se construíram os estádios de futebol dos dias de hoje. O Coliseu possui oitenta arcos, todos equivalem a entradas, todos numerados com a numeração romana, e a estes números correspondiam os que constavam nos bilhetes dos espectadores, ainda que a entrada fosse gratuita. A organização do Coliseu era tal que, dado o seu número de entradas e fáceis acessibilidades, era possível permitir a entrada organizar devidamente os 70.000 espectadores que lotavam o recinto.
Na época havia um toldo de tela enorme que cobria a parte superior do Coliseu, protegendo os espectadores do sol. Dada a proximidade do público com a arena, havia uma rede metálica em volta da mesma, aos quais eram colocados mais alguns materiais especiais para proteger o público e evitar que as feras saltassem para o lado de fora da arena. Não obstante tudo isto, ainda existiam arqueiros em redor da arena, prontos a disparar qualquer animal que conseguissem saltar para a parte destinada ao público.
A parte que hoje vemos que falta no Coliseu, não se deve a nenhum incêndio, ou acidente provocado pela natureza. Aquelas pedras todas foram retiradas, de propósito, para serem aplicadas na construção de palácios e outro tipo de construções da Roma Antiga.
Era aqui que muitos cristãos morriam, mas ao contrário do que se diz, nunca se fizeram crucificações no Coliseu. Apenas se lançavam os cristãos para a arena, para tentarem sobreviver às feras. Os espectáculos eram sempre muito procurados pelos romanos e geralmente começavam com actividades circenses envolvendo animais. Seguidamente seguiam-se as demonstrações entre soldados romanos, e os combates com os gladiadores que combatiam até à morte. O facto de se ganhar aquele combate, não era sinónimo de futura liberdade. Ainda tinham que passar pelo julgamento do povo. O Imperador pedia ao povo que se manifestasse se tal gladiador merecia a vitória. Se o povo gritasse "deixa-o viver", o Imperador fazia a vontade, mas se o povo se manifestasse com a mão fechada e o polegar para baixo, então enfrentaria as feras.
Normalmente, faziam parte do núcleo dos "gladiadores", todos aqueles que se recusavam fazer parte do exército romano, escravos, criminosos e cristãos. Se algum dos que se recusou fazer parte do exército romano, ou algum cristão, recuasse na sua opção, poderia ter a hipótese de lhe ser concedida uma oportunidade para viver. Era ainda possível comprar a sua liberdade. Na altura, os títulos adquiriam-se. Bastava ter dinheiro...
A última vez que houve um espectáculo no Coliseu, foi no ano de 523, mas já só tinha como base a caça de animais selvagens, dado os combates entre gladiadores terem sido abolidos em 438.
1 comentário:
Muito enriquecedor! As imagens estão lindas! Só espero também poder vê-lo um dia...! Bjo!
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