"O velejador português Gustavo Lima obteve hoje um quinto lugar na "Medal Race", última regata do torneio de vela, classe Laser, falhando por um ponto um lugar no pódio."
"O velejador português Gustavo Lima anunciou hoje a decisão de abandonar a alta competição, lamentando que as condições de trabalho em Portugal lhe impeçam de estar entre os melhores velejadores do mundo."
Fonte: Público 1 e Público 2
Por um ponto se ganha e por um ponto se perde. Infelizmente, desta vez o azar saiu a Gustavo Lima, não sendo a primeira vez que tal sucede. Ninguém lhe exigiu medalhas, mas exigia-se-lhe ambição. Foi ambicioso, sendo a sua saída em lágrimas a prova disso mesmo, deu o melhor de si, mas infelizmente não foi suficiente. Penso que o Gustavo Lima é dos poucos presentes nos Jogos com legitimidade para recorrer à "desculpa" da falta de apoios. A verdade é que, segundo consta, os apoios para a vela são praticamente nulos e o atleta depende única e exclusivamente do seu amor à modalidade e do companheirismo do número dois português. Isto devia dar que pensar a quem canaliza os fundos para as modalidades: se alguns contam com apoios a mais e profissionalismo a menos, como futebol e judo, outros há que contam com vontade a mais para tão poucos apoios, como é o caso da vela e da ginástica.
Compreendo a frustração que deve ser ter vontade de ir mais além, mas não conseguir. Acima de tudo é demasiado desgastante remar contra a maré. Fica o esforço e a dedicação de um atleta a quem não se pediu nada senão que tivesse vontade de dar tudo o que estivesse ao seu alcance, tendo cumprido o objectivo na íntegra.
"O velejador português Gustavo Lima anunciou hoje a decisão de abandonar a alta competição, lamentando que as condições de trabalho em Portugal lhe impeçam de estar entre os melhores velejadores do mundo."
Fonte: Público 1 e Público 2
Por um ponto se ganha e por um ponto se perde. Infelizmente, desta vez o azar saiu a Gustavo Lima, não sendo a primeira vez que tal sucede. Ninguém lhe exigiu medalhas, mas exigia-se-lhe ambição. Foi ambicioso, sendo a sua saída em lágrimas a prova disso mesmo, deu o melhor de si, mas infelizmente não foi suficiente. Penso que o Gustavo Lima é dos poucos presentes nos Jogos com legitimidade para recorrer à "desculpa" da falta de apoios. A verdade é que, segundo consta, os apoios para a vela são praticamente nulos e o atleta depende única e exclusivamente do seu amor à modalidade e do companheirismo do número dois português. Isto devia dar que pensar a quem canaliza os fundos para as modalidades: se alguns contam com apoios a mais e profissionalismo a menos, como futebol e judo, outros há que contam com vontade a mais para tão poucos apoios, como é o caso da vela e da ginástica.
Compreendo a frustração que deve ser ter vontade de ir mais além, mas não conseguir. Acima de tudo é demasiado desgastante remar contra a maré. Fica o esforço e a dedicação de um atleta a quem não se pediu nada senão que tivesse vontade de dar tudo o que estivesse ao seu alcance, tendo cumprido o objectivo na íntegra.
4 comentários:
Não deveria era haver dinheiros públicos para isto. Querem dinheiro saquem patrocínios.
É ridículo, Pedro Sá, achar que é o sector privado que tem que apoiar os atletas olimpicos.
É correcto e um bom princípio que o herário público suporte e apoie os atletas que figuram ou possuem marcas que lhes permitem aceder aos jogos olímpicos.
DJ, a Vela não recebe menos que as restantes federações. Os atletas que assumem posições de relevo nas competições europeias ou mundiais (prestações que os possam levar a participar nos JO seguintes) são inscritos no PREPOL, o programa de preparação para os jogos olimpicos do COP.
Caso consigam cativar apoios de empresas ou outros particulares, melhor para eles mas, regra geral, os atletas são, maioritariamente, trabalhadores-atletas, que recebem + ou - entre 500 (escalão mais baixo) a 1250 euros (escalão mais alto) por mês nos anos que antecedem os jogos olimpicos.
Existem excepções, como o Nélson ou a Vanessa, que são atletas de alta competição, pagos pelos clubes, sponsors e que só fazem aquilo.
Creio que o Gustavo Lima recebe entre 1000 a 1250 euros (mais sponsors) por mês para se dedicar em exclusivo á vela e preparar os jogos olimpicos. É muito?
Comparando com Presidentes de Juntas Metropolitanas, Acessores de Câmaras Municipais e Administradores de Empresas ("escolhidos" por favor ao(s) partido(s) ou ao governo), que fazem bem menos ou nada, que não merecem um euro dos meus impostos, que recebem tanto ou mais que os supra citados e a quem eu (também) pago o ordenado, as regalias e as reformas, até acho que É MUITO MUITO POUCO.
Casos como o do Sérgio Paulinho, o do Marco Fortes e o da Jessica Augusto são casos que, a acontecer, se resolvem como uma repreensão e mandando-os ter a boca bem calada e concentrados onde interessa.
Exemplos como os da escória acima referida que parasita os quadros do Estado, que infesta e consome os nossos recursos e impostos é que deviam ser alvo de crítica e de uma boa e valente purga.
Para mim, é motivo de vergonha e embaraço que se possa considerar os 14 milhões de euros gastos, em 4 anos, repito, em quatro anos! (3,5 por ano), nos atletas olimpicos, é muito.
Os atletas portugueses têm é que aprender que primeiro apresentam-se resultados, depois é que se apresentam queixas. Nunca o contrário, como estamos fartos de ver...
PS: Perdoem-me o uso de algumas expressões mas não me agrada que o povo português, na sua maioria contente em não ter que se mexer muito ou obter um pouco de cultura desportiva, possa criticar impunemente os 5% da sua população que praticam desporto e que, não sendo perfeitos, trabalham e muito para competir contra outros atletas - os olímpicos de topo das outras nações, e sim aqui estão só os melhores - que são pagos e apoiados muito bem para fazerem exactamente o mesmo.
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