sábado, janeiro 13, 2007

Recordando textos antigos III

Recebi no dia 25 de Março de 2006 (Sabádo) um sms com o seguinte conteúdo: ""2f, dia 27 de Março, 18h, reunião da Lista R com a seguinte ordem de trabalhos: eleição do Secretário-Geral da lista; preparação da RGA sobre a revisão dos estatutos da AAFDL."
No dia marcado, às 18h, marquei presença numa das salas da FDL onde se faria a reunião. A sala estava particularmente cheia, como não costuma ser habitual a meio do ano em reniões de lista, com muitas caras novas e desconhecidas, inclusivé jogadoras da equipa feminina de futsal, preparadas para o seu treino que ocorreria perto da hora da reunião. Estranho, no mínimo, mas de salutar o interesse demonstrado pelos elementos da lista.
Quando o Presidente de lista, o colega Pedro Ângelo, anuncia a ordem de trabalhos, que começaria pela discussão acerca da revisão dos estatutos, eis que em alto e bom som alguns colegas se manifestaram contra! Na linha da frente estava André Couto e Inês Ramalho, argumentando os dois que "não era essa a ordem de trabalhos enviada por sms". Exigiam então que se começasse pela eleição do Secretário-Geral, embora de facto fosse bem mais importante a revisão dos estatutos da AAFDL, devido a todas as implicações que isso teria na vida futura da Associação de estudantes.
Fez-se uma votação para se decidir por onde começar. Ganhou claramente a opção de eleição do Secretário-Geral.
Apresenta-se o único candidato pré-anunciado ao cargo, o colega David Areias, membro fundador da Lista R, antigo Vice-Presidente da AAFDL, membro do Conselho Directivo há 2 anos, portador de uma história imensa na defesa dos alunos desde o 1º momento em que entrou na FDL. Uma escolha para o cargo a roçar a perfeição.
Apresentou o seu programa. Com muita qualidade, na minha opinião.
Eis que então surge do nada uma colega a afirmar que não apoia David Areias, afirmando que a sua candidata seria Inês Ramalho. Foi esta questionada acerca da sua disponibilidade para avançar, ao que a mesma disse que não tinha pensado muito nisso, mas que decide candidatar-se, entregando de seguida fotocópias de um programa de candidatura (rapidez incrível entre o momento da decisão de avançar e a elaboração de um programa!).
Seguiu-se o debate. Pouco esclarecedor, mais parecia um lavar de roupa suja entre grande parte da Direcção da AAFDL, acusada de um sem número de coisas por André Couto e Inês Ramalho.
O que aconteceu de seguida todos já sabem. Inês Ramalho ganhou a votação. E a lista R morreu nesse momento.
O que me pareceu que aconteceu nesse dia é muito simples: André Couto tem uma obcessão doentia em ser Presidente da AAFDL. De tudo fez para lá chegar através da Lista R: desapareceu durante 3 meses com o dossier da Lista R, tendo feito uma cópia da mesma, que continha todos os contactos dos membros da mesma (cerca de 200); durante o período de escolha dos membros do Directório da Lista R fez de tudo para integrar o mesmo; como Vice da AAFDL teve sempre posições isoladas e geralmente era a única voz discordante no seio da Direcção (estariam todos os outros errados?); satisfez todos os desejos da secção de desporto da AAFDL, pondo mesmo em causa o pagamento dos salários dos funcionários; acordou com a Comissão de Finalistas 2001-2006 que a banda de fim de curso seria paga integralmente pela AAFDL, sem ter consultado os outros membros de Direcção; e, em minha opinião, utilizou-se da colega Inês Ramalho (que no fundo foi apenas um seu instrumento) para causar a divisão no seio da Lista R, de forma a fazer com que o caminho para a Presidência desta ficasse livre para si. Nesse dia, André Couto fez com que um projecto de gente séria, que não cacicava ninguém para ir votar em reuniões de lista, ruisse de forma a satisfazer as suas ambições pessoais. E ironicamente, soube no outro dia que afastou a colega Inês Ramalho da Lista S, porque a mesma não era bem vista por muita gente que queria entrar nessa lsita, devido ao episódio de 27 de Março... como a vida dá tantas voltas...
Afirma agora a Lista S que é a descendente da defunta Lista R. Eu pergunto-me: pode alguma lista ser herdeira de outra, se só existe um membro da Lista S com mais de 4 meses de Lista R? Ainda para mais quando o grosso da antiga Lista R está presente na Lista A? Creio que existe aqui um claro deturpar da realidade...
Foi com tristeza que presenciei ao fim da Lista que me fez acreditar na força dos alunos desde o 1º ano. Nunca votei em nenhuma outra lista além da R. Mas é como vos digo, meus amigos da Lista A: tudo não passa de uma simples letra. Saibam vocês manter o espírito R neste novo projecto, que o final formal da Lista R não terá passado disso mesmo, uma questão de letras...

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