terça-feira, janeiro 09, 2007

O Flop

José Luís Zapatareo é o grande flop da política europeia dos últimos anos. Depois de ter sido eleito apenas porque houve um atentado 2 dias antes das eleições legislativas em Espanha, facto esse que foi aproveitado e utilizado de forma política num momento de grande dor e perda em Espanha, em que toda a sociedade deveria estar unida não contra Aznar ou as suas políticas, mas sim contra os terroristas islâmicos que provocaram aqueles assassínios.
Como homem corajoso que é, fez com que as tropas espanholas no Iraque voltassem a Espanha na semana seguinte à sua nomeação como PM. Uma grande prova de coragem e de firmeza contra o terrorismo, sem dúvida! Cedeu completamente ás ambições e desejos dos terroristas, incentivando-os ainda mais a cometerem no futuro este tipo de actos, pois deram de facto resultado nesta situação.
Continuando a sua iluminada governação, tratou de também num curto espaço de tempo de legalizar a adopção e casamento gay, num país com grandes tradições espanholas. Mais uma media para encher o olho aos pseudo-intelectuais e sem qualquer nexo, sendo em particular a adopção gay, em minha opinião, um profundo erro a todos os níveis. Mas disso falaremos noutro post.
Prosseguindo a sua campanha, retirou dezenas de estátuas do Generalíssimo Franco em toda a Espanha, estando também tentado a retirar os restos mortais do mesmo da sua sepultura, numa Basílica mandada fazer propositamente para este efeito. é certo que essa figura chacinou milhares de pessoas, foi um ditador cruel, etc. No entanto, não se assistiu em Espanha a uma transição pacífica para a democracia? Filipe gonzalez, um PM também ele do PSOE, homem de esquerda assumido e defensor de direitos humanos não tolerou também a figura de Franco por toda a Espanha?
O que Zapatero conseguiu com isso foi uam coisa muito simples: ressuscitar memórias dolorosas e complexas das cinzas, abrir feridas já saradas e cicatrizas pelo tempo, tudo em nome da propaganda do Governo actual de Espanha.
Mas a cereja em no topo do bolo começou há 9 meses e acabou há uma semana. Refiriu-me obviamente ás negociações com a ETA e ao atentado realizado por esta em Madrid, que vitimou 2 pessoas.
Ponto essencial: não se negoceia com terroristas. Não se negoceia com assassinos de milhares de pessoas, de terroristas que não olham a meios para obter os seus fins. A única forma de diálogo com esse tipo de gente é só uma: numa sala de audiências, num tribunal judicial, num banco dos réus.
Ora, aquilo que Zapatero fez foi exactamente o contrário. E agora teve o seu resultado, esta política do deixa-andar. Morreram 2 pessoas por causa disso. E antes disso, ao longo dos anos já tinham morrido muitas mais. Com que cara este senhor pode encarar as famílias das vítimas da ETA? Com que descaramento pode ele ter querido negociar com esta organização, sabendo que são assassinos de gente inocente? Não dá para compreender..
E a sua demonstração de coragem foi muito interessante: na manifestação popular que houve para condenar o último atentado da ETA, não teve coragem de ir em pessoa à mesma, mandou um delegado do governo espanhol, que obviamente foi expulso da manifestação pela ira popular. Estranha forma de coragem...
Interessante é o seu último pedido aos partidos políticos da oposição. Diz este senhor que todos devem estar unidos contra a ETA e não contra o Governo de Espanha, porque isso enfraquece a luta contra aquela.
Pois bem, foi exactamente isso que este não fez no atentado de Atocha, 2 dias antes das eleições em que foi eleito PM de Espanha...

1 comentário:

Pedro Sá disse...

Concordo no que é realmente relevante, e estou perfeitamente à vontade pois Zapatero é da minha área política.

Foi correcta a promessa de retirar as tropas do Iraque. Mas após o atentado o que se justificava era evidentemente o abandono da promessa e o envio ainda de mais tropas.

Por outro lado, não há no mundo organização mais asquerosa que a ETA, a última das organizações nazis.

De extrema gravidade é a nova lei que obriga a quotas de género nos conselhos de administração das empresas, também.

Quanto aos homossexuais, vocês de facto preocupam-se com coisas de menor relevância: em primeiro lugar porque o caminho real a seguir é a abolição do estado civil, o que resolve essa questão de uma vez por todas.

Por outro, mesmo antes desse caminho, facto é que em qualquer país do mundo um solteiro homossexual pode adoptar !