quinta-feira, julho 30, 2009

Ainda está para nascer...

Um Primeiro-Ministro que faça melhor do que Sócrates no capítulo da despesa.

Segundo Ricardo Reis, olhando para os quatro governos individualmente, o maior aumento na despesa veio durante os governos de Durão Barroso e Santana Lopes: 0,48% por ano. Segue--se-lhe o governo de Cavaco Silva com 0,32%, António Guterres com 0,31%, e por fim José Sócrates com um aumento de apenas 0,14%. Se excluirmos o enorme aumento na despesa no primeiro trimestre de 2009 associado à crise, o governo de José Sócrates e dos ministros Campos e Cunha e Teixeira dos Santos teria a rara distinção de ser o único governo que reduziu o tamanho do monstro, de 21,5% do PIB quando tomou posse para 21% no final de 2008.

Em silêncio, a cúpula do PSD pergunta: “Porquê nos abandonaste neste momento Senhor e deixaste o José Sócrates liderar o PS ao invés do PSD?”

3 comentários:

MrMoon disse...

A análise realmente parece bem fundamentada, e os dados apresentados são pertinentes.

Mas a análise a estas médias gigantes como o défice anual ou aumentos de despesa anual é com certeza tão complexa que me custa a aceitar explicações simples como "governos de minoria têm de abrir mais os cordões à bolsa".

Tal como o texto diz e bem, há que ser cauteloso ao tirar conclusões deste tipo de dados. Na minha opinião há que ser extremamente cauteloso, porque tal como há uma tendencia de virar à esquerda depois de um dominio de direita e vice versa, pode muito bem acontecer que estes dados estejam com um atraso de fase em relação à cor do governo em cada altura, e podemos estar a ver o quadro de pernas para o ar.

P.S. - DVS, vai ver o teu outro blog! ;)

ATG disse...

Tu não queres comparar os governos de Cavaco Silva (em plena adesão à UE e numa altura em que mais se justificava o investimento publico, ou aquilo a que chamas, genericamente falando, despesa pública) com os governos que se lhe seguiram, pois não?

DSF disse...

Lamento que o DVS se tenha esquecido de informar que o déficit de 2008, no valor de 2,6% do PIB, tenha sido conseguido à custa de RECEITAS EXTRAORDINÁRIAS, logo aquilo que o PS desde 2005 sempre tem dito que nunca faria uso para contorlar as contas públicas.

P.S: um bocadinho de humildade nunca fez mal a ninguém.