"DREN não quer professores que dão notas "distantes da média" a classificar exames"
Fonte: Público
Estes factos são do mais vergonhoso que há! Aqui está mais uma prova que consubstancia a "teoria dos números". O que volta a estar em causa são números: os números das notas dos professores, os das notas dos alunos e os das médias de ambos. Cada vez mais estão reunidas condições para que os professores sobreavaliem as notas dos seus alunos: se não acompanharem a tendência de sucesso que os alunos e as escolas têm que ter, serão excluídos da lista dos "professores que contribuem para o êxito da educação em Portugal", correm o risco de ter que abandonar os estabelecimentos de ensino onde leccionam, porque para os alunos não terem notas tão boas é porque o professor não está a fazer o seu papel, e deixarão, também, de receber a remuneração devida pela correcção dos exames. Que solução tem o professor senão dar notas brilhantes aos seus alunos e a todos os que passem pelas suas mãos? Nenhuma. Ou acompanha a tendência imposta pela tutela e pelas administrações escolares, ou é dispensado, independentemente de ter competência ou não.
Em Portugal temos um Governo que vive de números, e não é por acaso. Qualquer um sabe que o eleitorado se sensibiliza com... números. Qualidade?! Isso não existe. A qualidade não passa de um conceito demasiado vago tão antigo quanto a língua que lhe deu vida, o latim (através da palavra qualitate). Hoje, quem recorre à qualidade está desactualizado. Interessam factos mensuráveis, por mais discrepantes que possam ser da realidade. Nos tempos que correm, qualidade é sinónimo de suicídio político.
Fonte: Público
Estes factos são do mais vergonhoso que há! Aqui está mais uma prova que consubstancia a "teoria dos números". O que volta a estar em causa são números: os números das notas dos professores, os das notas dos alunos e os das médias de ambos. Cada vez mais estão reunidas condições para que os professores sobreavaliem as notas dos seus alunos: se não acompanharem a tendência de sucesso que os alunos e as escolas têm que ter, serão excluídos da lista dos "professores que contribuem para o êxito da educação em Portugal", correm o risco de ter que abandonar os estabelecimentos de ensino onde leccionam, porque para os alunos não terem notas tão boas é porque o professor não está a fazer o seu papel, e deixarão, também, de receber a remuneração devida pela correcção dos exames. Que solução tem o professor senão dar notas brilhantes aos seus alunos e a todos os que passem pelas suas mãos? Nenhuma. Ou acompanha a tendência imposta pela tutela e pelas administrações escolares, ou é dispensado, independentemente de ter competência ou não.
Em Portugal temos um Governo que vive de números, e não é por acaso. Qualquer um sabe que o eleitorado se sensibiliza com... números. Qualidade?! Isso não existe. A qualidade não passa de um conceito demasiado vago tão antigo quanto a língua que lhe deu vida, o latim (através da palavra qualitate). Hoje, quem recorre à qualidade está desactualizado. Interessam factos mensuráveis, por mais discrepantes que possam ser da realidade. Nos tempos que correm, qualidade é sinónimo de suicídio político.
1 comentário:
Errado. A DREN tem toda a razão, em nome do princípio da igualdade.
Se a nota dos exames acaba por depender do professor que os corrige, naturalmente aqueles que se verifique darem notas claramente acima ou abaixo da média devem ser excluídos do processo. Ou seja, contabilizando-se a média dos exames corrigidos.
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