quinta-feira, maio 03, 2007

Pequeno demais para algo que nem é muito grande

Um homem que é pequeno demais para
um partido que nem é muito grande actualmente

Desde o início que vi que este caso de eleições intercalares na CML ia dar buraco. Apesar de ser a favor de eleições intercalares, mesmo sendo uma Câmara PSD e achando Carmona Rodrigues um tipo competente, deu para ver que Marques Mendes viu neste caso uma oportunidade de aparecer no pânorama político nacional. Uma vez que não consegue fazer oposição a Sócrates, aproveitou-se de uma crise provocada pelos seus para tentar ganhar alguns pontos e credibilidade junto do eleitorado. Tal foi o seu discurso a propósito de toda esta situação, e tal foi o seu empenho em abater o seu próprio colega de partido, que deu para ver perfeitamente onde queria chegar com tudo isto. Não se lhe era exigido que protegesse Carmona Rodrigues, mas que mostrasse um mínimo de solidariedade por alguém que já foi Ministro e que fez o Partido ganhar a mais importante Câmara do País, quando o Partido mergulhava em crise profunda. Carmona merecia essa solidariedade. Mas não. Marques Mendes fez lembrar aqueles miúdos que querem ser delegados de turma, mas como não conseguem ganhar a confiança de ninguém, decidem aproveitar-se dos erros dos seus amigos para lá chegar. Para mim foi triste ver mais um sinal da incapacidade de Marques Mendes.
Mas não fica por aqui a sua incapacidade. Num partido que hoje nem é tão grande como parece (vejam as sondagens, as intenções de voto e a liderança), Marques Mendes bateu no fundo do poço ao não conseguir manter o respeito e liderança na sua própria casa. Quer ele ser Primeiro-Ministro em 2009? Quer ele gerir Portugal, quando nem consegue manter em sentido um Presidente de Câmara? Marques Mendes provou, mais uma vez, que o PSD é muito grande para ele. No CDS também já se viveu a mesma forma de gestão e liderança, mas alguém se levantou e reclamou as rédeas do cavalo, vencendo, sem espinhas, dentro de casa. No PSD falta alguém com a mesma capacidade. Faltar alguém, não falta. O PSD tem muitas pessoas suficientemente capazes para colocarem o Partido no lugar que merece. Muitos não estão é para se chatear...

4 comentários:

André Couto disse...

Atenção a um pormenor, o Carmona Rodrigues não é militante do PSD, logo não são colegas de partido, daí um certo distanciamento que tem sido patente entre os dois nesta tomada de decisão.

De resto concordo integralmente contigo!

Grande abraço,
André Couto

ATG disse...

Couto,

é verdade sim senhor. Por acaso sabia do pormenor, mas esqueci de referir isso. Quis referir a ligação ao partido no sentido de ter sido uma candidatura apoiada pelo PSD, como o Sá Fernandes, que também é independente, pelo BE.

Ainda assim, a partir do momento em que aceita o apoio do partido, o partido passa a ter uma ligação a ele.

Grande abraço para ti!

DSF disse...

O Partido de Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Emídio Guerreiro, Sousa Franco, Cavaco Silva, Alberto João Jardim, Fernando Nogueira, Marcelo Rebelo de Sousa, Durão Barroso, Santana Lopes, Rui Rio, etc, nunca será um partido pequeno. Será sempre um baluarte da democracia, um partido progressitsa, o partido mais mais inovou Portugal, que colocou Portugal na rota do Futuro.

Não é por viver uma situação difícil que o faz pequeno. E tenho a certeza que mais cedo ou mais tarde, o PSD voltará ao poder para novamente colocar Portugal no sítio que merece.

ATG disse...

Poeta,

nunca disse que o PSD é um Partido pequeno. Disse, sim, que no momento em que se encontra, não é tão grande como querem fazê-lo e a culpa disso foi a crise interna e a liderança fraquíssima que tem actualmente.

O PSD vai sempre ser um Partido grande, no entanto pode voltar a ser aquele PSD gigante que toda a gente já conheceu e que actualmente não é.