Tal como o SOL noticiou, este documento da NAV surge três meses depois de anteriores relatórios (um de Novembro e outro de Fevereiro) e reafirma duas conclusões: não é possível as duas pistas previstas para a Ota operarem de forma autónoma e o número de movimentos máximo é de 70 aviões/hora (30 nas descolagens e 40 nas aterragens).
A importância destes estudos tem a ver com o seguinte facto: cabe à NAV estudar a localização do novo aeroporto da Ota em termos de capacidade de tráfego e de segurança aérea.
A resposta desta semana da NAV surgiu na sequência de um pedido da NAER muito específico: pretendia saber se as circunstâncias e as restrições relatadas anteriormente se tinham alterado. E a resposta foi negativa: nada se tinha modificado.
Os condicionalismos geográficos da Ota assim o impõem e esta é uma posição definitiva da NAV. De tal forma, que a empresa está já a testar os seus trabalhos do ponto de vista da segurança (o que é tecnicamente designado como «safety assessement»).
Segundo o SOL apurou, entretanto, a NAER encomendou à consultora Parsons uma análise e verificação do trabalho da NAV, estando já destacados peritos para esse efeito. O objectivo é ver se há soluções técnicas que a NAV não tenha explorado e resolver o problema de forma a alcançar o mínimo anunciado pelo Governo de 80 aviões/hora na Ota.
Ontem, as administrações da NAER (empresa do novo aeroporto) e da NAV (empresa gestora do tráfego aéreo) emitiram um comunicado em que desmentiram «a existência de qualquer novo relatório aprovado pela NAV com conclusões sobre os trabalhos, em curso, relativos à navegação aérea no Novo Aeroporto de Lisboa na Ota».
E adiantaram que as duas empresas «continuam a trabalhar no sentido de garantir as condições necessárias à operação do Novo Aeroporto».
O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, veio entretanto afirmar que, se se confirmassem as conclusões da NAV, seria pedida a intervenção de peritos estrangeiros, se necessário, até que a Ota fosse viabilizada."
Fonte: SOLComo já tive oportunidade de aqui dizer há alguns meses, a OTA não passa de um capricho do PS. Gastam milhões em estudos atrás de estudos, quando já sabem muito bem que a OTA não tem condições de abarcar um aeroporto. Todos esses estudos pagos a peso de ouro, são rejeitados e não vinculativos, aguardando o Governo por uma oportunidade de validar um parecer que eventualmente surja a dar-lhe razão. Até hoje não houve nenhum que desse sinal verde a esta construção megalómana e vão continuar a "derreter" dinheiros públicos até que tal aconteça.
No meio disto tudo apenas pergunto: o que é que pode justificar tanta teimosia, quando se sabe que o local não é o ideal? Apesar do desmentido de Mário Soares, só configuro uma resposta possível: interesse nos terrenos da OTA. Se são de Mário Soares ou de outros elementos socialistas, não sei. Agora, que é esta a única possibilidade, até agora, isso é! Não estará aqui mais um caso para a PJ investigar? A teimosia e a forma como se esbanjam os dinheiros públicos com algo que ainda nem sequer foi aprovado, quanto mais construído, parece-me configurar uma situação de responsabilidade civil e criminal por parte de todos os que estão por trás deste fetiche chamado OTA.
Deixo outra pergunta: o Presidente Cavaco Silva espera fazer alguma coisa caso a teimosia do Governo socialista continue, ou vai continuar de braços cruzados a dar recomencações? A passividade tem limites.
3 comentários:
Deixando de lado os disparates e a mania da perseguição, o que eu sei é que:
1. Os "estudos" em Portugal cada vez têm menos credibilidade (pior, ainda temos que aturar a idiota da Roseta a basicamente querer correr com políticos de um lugar político), e assim vê-se a credibilidade dos técnicos supostamente tão fantásticos e impolutos.
2. Realmente um Presidente da República demitir o Governo ou coisa parecida por causa das opções na construção de um aeroporto não passa pela cabeça de ninguém (afinal pelos vistos passa, onde está a ambulância para o Miguel Bombarda ?).
Pedro Sá, independentemente de demissões ou não, Cavaco Silva tem o dever de pôr o Governo em sentido!
Se os estudos em Portugal têm cada vez menos credibilidade, então porquê insistir tanto em pedi-los?
1. O Presidente da República não tem esse dever. Isto é alguma hierarquia militar por acaso ?
2. Pura e simplesmente porque quem ocupa os maiores cargos políticos em Portugal quer sempre estar fundamentado cheiinho de medo da opinião publicada.
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