sábado, agosto 26, 2006

Memórias FDL: as desilusões

Nem só de alegrias e momentos bons aconteceram no meu percurso académico. De facto muitas foram as desilusões, com o sistema de ensino na FDL, as orais injustas, os professores que nos perseguiam, os assistentes incompetentes que por vezes nos apreciam pela frente, etc. Mas nada foi pior do as desilusões com as pessoas, pela mágoa que fica.
Após os anos loucos da Sub2, o 4º ano fez com que o afastamento progressivo entre os colegas desta mesma subturma se acentuasse, fazendo com que muitas amizades tivessem sido arrefecidas, de tal forma que a cumplicidade desses primeiros anos tivesse deixado de existir num grupo tão grande, resistindo apenas a "malta". Mas pior que isso foi a traição, a mentira, a completa desilusão que um membro efectuou, logo ele que era respeitado e acarinhado por todos.
Não é fácil descobrirmos que após 4 anos de companheirismo e de amizade, depois de tantos momentos vividos em conjunto, uam pessoa era o o contrário do que realmente mostrava. A natureza humana é de facto estranha. Talvez tivesse sido uma preparação para o que nos espera no mundo real...
Desejo as melhoras a quem assim se comportou. E que esse "alguém" encontre o caminho certo.

8 comentários:

ATG disse...

Realmente, a fase do "declíneo" por parte daquele grupo enorme, já se vinha a revelear nos finais do 3.º ano. Depois foi só o confirmar. Ainda estou por entender, também, quais terão sido os motivos para as pessoas se desligarem.
Quanto ao tal elemento, sem comentários. Muito já foi falado sobre o mesmo. Foi mesmo "A Desilusão".

EuMulher disse...

Bem vindos ao mundo real! Infelizmente e não é querendo ser pessimista a vida é assim. Tao depressa uma pessoa nos bate nas costas como nos da uma facada. Muitas "cascas de banana" nos são atiradas... podemos ate escorregar mas tentar pelo menos que não fiquemos todos "partidos". As pessoas mudam consoante os "ventos e as luas". Mas como alguém diz: o que não nos mata deixa-nos mais fortes! A cada um cabe a melhor maneira de ver as coisas... mas desilusões todos vamos tendo, umas mais fortes que outras, e muitas criadas por nós, por tudo o que "jogámos" em determinada altura, por tudo o que apostámos. Mas quisemos faze-lo...

EuMulher disse...

Nem todas as pessoas se podem vangloriar de terem amigos. Usamos muitas vezes a palavra "amigo", para os verdadeiros amigos, para os conhecidos, para as pessoas que se vão cruzando nas nossas vidas. Amigo é aquele que vai permanecendo ao nosso lado, tanto nas nossas fases boas como nas más, aconteça o que acontecer ele está lá; é aquele que partilha connosco a nossa boa fortuna e se alegra com ela e que nos acolhe e dá força nos momentos dificeis, mesmo que em silêncio. Pode estar longe mas sentimos a sua presença. Aceita-nos tal como somos e parecem adivinhar quando deles precisamos; não se impõe mas tem a coragem de dizer o que precisamos de ouvir e não o que queremos ouvir; é sincero dizendo o que precisa, o que gosta e não gosta, para nos dar uma oportunidade de retribuirmos a amizade; não nos usa só para benenfício próprio ou quando precisa; não se sente pressionado quando dele precisamos e sente-se feliz por ser útil nessas circusntancias; sente-se feliz a dar e a receber seja o que for para manter a ligação... Podia escrever um tratado, mas a verdade é que as pessoas não sentem a Amizade da mesma forma. Cada um tem o seu conceito e por isso muitas se perdem pelo caminho. A falta de aceitação pelo nosso semelhante, as expectativas que criamos, as projecções que fazemos de nós para os outros, o nosso egocentrismo, comodismo, falta de diálogo, compreensão, a pouca flexibilidade, humildade... destroem muita coisa. Centramos demasiado as coisas em nós. Todos erramos, pedir desculpa ainda conseguimos por vezes, mas perdoar é bem mais difícil.E numa próxima discussão lá vem tudo ao de cima, cobra-se tudo para nos defendermos, isso não é perdoar Muitas vezes estamos tao bem intencionados a fazer algo por alguém e essa pessoa até se pode sentir ultrajada. Noto também que às vezes não investimos mais nas amizades com medo de nos magoarmos e desiludrimo-nos. Temos medo de entregarmo-nos, de sermos nós próprios... o que é um erro. E os "filmes" que fazemos por inseguranças? E as "fofocas" a que damos ouvidos e alimentamos? Existem palavras muito fortes que deviam ser usadas com alguma contenção: "nunca", "sempre" por exemplo. Forever Friends... quem sabe? Desculpem o desabafo ... callhou "chorar" nos vossos ombros. Mesmo não podendo considera-los como amigos... pelo menos fica algo para pensarem.Lutem pelas amizades, vale sempre apena!

Momentos disse...

Uma questão: somos amigos de uma pessoa pelos benefícios que nos traz, ou simplesmente porque essa pessoa tem coisas em comum connosco e sentimos empatia? Nós mudamos, as pessoas mudam, e pode acontecer mudarem em sentidos opostos. Deixa de haver elo de ligação, deixam de fazer sentido nas nossas vidas.

QuartoCrescente disse...

Amizades, complicado isso. Estou quase quase a banir essa palavra do meu vocabulário

Cleopatra disse...

Ai que saudades da FDL!

ATG disse...

Cleopatra, ainda recentemente a deixei e já sinto saudades dela.

DVS disse...

Um bocadinho de sabedoria do bairro, já dizia o NBC para termos "cuidado com os que nos batem nas costas pq são os mesmos que nos espetam veneno, brancos ou morenos, GRANDES ou PEQUENOS, uns mais outros menos..."!