Tenho pena, muita pena, de só ter dado conta que os bilhetes para a final do Estoril Open estavam à venda, quando esgotaram. Ainda pensei em ir no sábado ver o treino de Roger Federer, mas logo calculei que o local iria estar cheio de "socialite", e que o "povo" só teria acesso ao que sobrasse da burguesia cor-de-rosa. Assim sendo, decidi não ir, e creio ter feito bem. Não estava nada na disposição de ver Federer por um binóculo. No entanto, tenho pena, muita pena, de não ver aquele que aos 26 anos já é o melhor tenista de todos os tempos. Não o vi em Portugal, em 2008, mas poderei ver noutro qualquer local, noutra qualquer altura. Não deixo, mesmo assim, de ter muita pena por não o poder ver.
Permitam-me referir que Roger Federer não é o tenista que mais me empolga. Não vou ser facilmente influenciável ao ponto de dizer que é o meu preferido desde há anos só por ser número 1 (sim, merece que coloque o algarismo e não por extenso, dado que é MESMO o número 1, o melhor) e só por estar em Portugal este ano. Não. O tenista que mais me empolga é Rafael Nadal, e esse já o vi ao vivo quando, com 17 anos, passou pelo Estoril Open.
São estilos de ténis bastante diferentes. Nadal é mais raçudo e mais emotivo, enquanto Roger Federer é mais classe, mais senhor, mas não menos lutador. Nadal é um jogador de "campo", de lodo, de terra batida, de Roland Garros. Federer é mais homem da diplomacia, de relva e piso rápido, do chá das cinco de Wimbledon ou do calor abrasivo do US Open. À primeira vista são incomparáveis, mas vendo bem os jogos e os números, podemos ver que Roger Federer é, de longe, melhor jogador, e mais completo, do que Rafael Nadal. Não deixo de admirar Federer por tudo o que significa, por tudo o que joga e pela lenda que já é, apesar de Nadal me cativar mais. Ainda assim, são recordes atrás de recordes, aqueles que Federer bate constantemente. Não é por acaso que Federer é o "Rei". É, sem dúvida, o melhor de todos os tempos. Não me canso de
o elogiar.
Por tudo o acima exposto, e por muito mais que fica por dizer, a presença de Roger Federer em Portugal diz mais qualquer coisa do que "o número 1 vai jogar no Estoril". Os autênticos rebanhos que seguem o Pastor Federer, assumem números incalculáveis. E com estes rebanhos ganha a imagem do ténis em Portugal, a do próprio torneio e até a da nossa economia, ao chamar gente de todos os lados só para o ver. E como as pessoas não se bastam pelo preço do bilhete, com isto ganha também o turismo da Linha, e os comércios locais, já para não falar nas escolas da modalidade e nas lojas de desporto que subitamente passam a vender mais raquetes e mais lenços da Nike para pôr em volta da cabeça. Isto não é mito, são factos. Jogadores altamente cotados, de modalidades prestigiadas, têm este efeito.
Mas mais prestigiante do que a presença de Federer em Portugal, será se o número um ganhar no Estoril. Sabendo-se das suas limitações em terra batida, se Federer conquistar o torneio lusitano, tal vitória poderá servir de trampolim para arrancar um excelente resultado em Roland Garros, tal a motivação que poderá adquirir. E a ser assim, o nosso torneio servirá de talismã quer para Federer no futuro, quer para outros tenistas altamente cotados no ranking ATP. Se o "Rei Federer" não vencer o torneio, não deixará de ficar ligado ao torneio o facto de ter contado com o número 1 do mundo, mas não passará disso mesmo: o número 1 passou por aqui. Será importante que este torneio seja vencido por Roger Federer, também para que conste na lista de vencedores o nome do "astro" suiço. Dá prestígio ao torneio saber que o número 1 do mundo venceu aqui. Tem outro efeito no público e no próprio meio. Será que alguém ainda se lembra da passagem de cotados tenistas como Marcelo Rios, Gustavo Kuerten, Marat Safin, ou até Rafael Nadal, pelo Estoril Open? Com algum esforço, alguns conseguirão recordar-se. Quem fica pelo caminho não deixa saudades, excepto pela simpatia. Roger Federer, tem que vencer o torneio, para o marcar, definitivamente. Lembrem-se do que aqui digo: um torneio vencido por Federer aumenta significativamente o seu prestígio.
Para terminar, tenho que referir que Roger Federer é um senhor dentro e fora dos courts. É um exemplo para todos aqueles que são vedetas nos respectivos desportos. Roger Federer factura por ano mais do que muitos conhecidos futebolistas e até alguns basquetebolistas. Apesar disso tudo, o "número 1" é incansável no tratamento aos fãs. Não rejeita um autógrafo, ou uma solicitação que seja com qualquer pessoa que seja. Sabe que o contacto com o público é importante e com isso arranca a simpatia e apoio do mesmo. Roger Federer nem precisava, porque já ia contar com o apoio do público. Mas Federer já esteve do outro lado e sabe o quanto significa para o público poder contactar com o seu ídolo. Os adeptos do ténis veneram-no e ele venera os adeptos do ténis, sejam eles norte-americanos, franceses, ingleses, árabes ou... portugueses. E é isso que completa um número um, seja ele de que desporto for: o seu exemplo fora dos courts. Aprendam com ele.
Permitam-me referir que Roger Federer não é o tenista que mais me empolga. Não vou ser facilmente influenciável ao ponto de dizer que é o meu preferido desde há anos só por ser número 1 (sim, merece que coloque o algarismo e não por extenso, dado que é MESMO o número 1, o melhor) e só por estar em Portugal este ano. Não. O tenista que mais me empolga é Rafael Nadal, e esse já o vi ao vivo quando, com 17 anos, passou pelo Estoril Open.
São estilos de ténis bastante diferentes. Nadal é mais raçudo e mais emotivo, enquanto Roger Federer é mais classe, mais senhor, mas não menos lutador. Nadal é um jogador de "campo", de lodo, de terra batida, de Roland Garros. Federer é mais homem da diplomacia, de relva e piso rápido, do chá das cinco de Wimbledon ou do calor abrasivo do US Open. À primeira vista são incomparáveis, mas vendo bem os jogos e os números, podemos ver que Roger Federer é, de longe, melhor jogador, e mais completo, do que Rafael Nadal. Não deixo de admirar Federer por tudo o que significa, por tudo o que joga e pela lenda que já é, apesar de Nadal me cativar mais. Ainda assim, são recordes atrás de recordes, aqueles que Federer bate constantemente. Não é por acaso que Federer é o "Rei". É, sem dúvida, o melhor de todos os tempos. Não me canso de
o elogiar.
Por tudo o acima exposto, e por muito mais que fica por dizer, a presença de Roger Federer em Portugal diz mais qualquer coisa do que "o número 1 vai jogar no Estoril". Os autênticos rebanhos que seguem o Pastor Federer, assumem números incalculáveis. E com estes rebanhos ganha a imagem do ténis em Portugal, a do próprio torneio e até a da nossa economia, ao chamar gente de todos os lados só para o ver. E como as pessoas não se bastam pelo preço do bilhete, com isto ganha também o turismo da Linha, e os comércios locais, já para não falar nas escolas da modalidade e nas lojas de desporto que subitamente passam a vender mais raquetes e mais lenços da Nike para pôr em volta da cabeça. Isto não é mito, são factos. Jogadores altamente cotados, de modalidades prestigiadas, têm este efeito.
Mas mais prestigiante do que a presença de Federer em Portugal, será se o número um ganhar no Estoril. Sabendo-se das suas limitações em terra batida, se Federer conquistar o torneio lusitano, tal vitória poderá servir de trampolim para arrancar um excelente resultado em Roland Garros, tal a motivação que poderá adquirir. E a ser assim, o nosso torneio servirá de talismã quer para Federer no futuro, quer para outros tenistas altamente cotados no ranking ATP. Se o "Rei Federer" não vencer o torneio, não deixará de ficar ligado ao torneio o facto de ter contado com o número 1 do mundo, mas não passará disso mesmo: o número 1 passou por aqui. Será importante que este torneio seja vencido por Roger Federer, também para que conste na lista de vencedores o nome do "astro" suiço. Dá prestígio ao torneio saber que o número 1 do mundo venceu aqui. Tem outro efeito no público e no próprio meio. Será que alguém ainda se lembra da passagem de cotados tenistas como Marcelo Rios, Gustavo Kuerten, Marat Safin, ou até Rafael Nadal, pelo Estoril Open? Com algum esforço, alguns conseguirão recordar-se. Quem fica pelo caminho não deixa saudades, excepto pela simpatia. Roger Federer, tem que vencer o torneio, para o marcar, definitivamente. Lembrem-se do que aqui digo: um torneio vencido por Federer aumenta significativamente o seu prestígio.
Para terminar, tenho que referir que Roger Federer é um senhor dentro e fora dos courts. É um exemplo para todos aqueles que são vedetas nos respectivos desportos. Roger Federer factura por ano mais do que muitos conhecidos futebolistas e até alguns basquetebolistas. Apesar disso tudo, o "número 1" é incansável no tratamento aos fãs. Não rejeita um autógrafo, ou uma solicitação que seja com qualquer pessoa que seja. Sabe que o contacto com o público é importante e com isso arranca a simpatia e apoio do mesmo. Roger Federer nem precisava, porque já ia contar com o apoio do público. Mas Federer já esteve do outro lado e sabe o quanto significa para o público poder contactar com o seu ídolo. Os adeptos do ténis veneram-no e ele venera os adeptos do ténis, sejam eles norte-americanos, franceses, ingleses, árabes ou... portugueses. E é isso que completa um número um, seja ele de que desporto for: o seu exemplo fora dos courts. Aprendam com ele.
2 comentários:
Para não falar da quantidade de gente que só lá vai por os preços serem mais caros e para dizerem que lá foram.
Eu cá tenho os meus: Marat Safin e Juan Carlos Ferrero. E tb posso dizer dizer que já os vi ao vivo graças ao Estoril Open. Em 2004, a final entre Safin e Chela, na qual estava a lutar pela vitória de Safin e dp ganhou o Juan Chela; e acho que vi o Ferrero em 2003.
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