"A Associação de Defesa do Consumidor (DECO) considerou que a nova legislação para o transporte ferroviário, que sábado entrou em vigor, não adopta as soluções "mais adequadas para a protecção dos direitos dos consumidores", nomeadamente na formação dos preços. A nova legislação prevê, entre outras medidas, que a Comboios de Portugal (CP) reembolse os passageiros do preço dos bilhetes sempre que os comboios se atrasarem mais de 30 minutos em viagens com duração inferior a uma hora."
Fonte: Público
Há alguns meses atrás estive de férias em Roma. Aproveitei e fui a Florença, via TGV. O comboio de regresso atrasou-se na partida em cerca de 60 minutos, e quando estava a chegar novamente a Roma, eis que oiço um funcionário da empresa fazer o seguinte aviso: "Avisam-se os senhores passageiros que pelo facto do comboio se ter atrasado mais de uma hora na partida, têm direito ao reembolso do valor do bilhete. Não se esqueçam, quando chegarem a Termini, de pedir o reembolso a que têm direito".
Habituado à velha maneira portuguesa de trabalhar, não acreditei muito no que estava a ouvir, ou então julguei que o meu nível de compreensão do italiano falado tinha diminuído. Aproveitei que tinha conhecido uma advogada italiana no decorrer da viagem e com a qual tinha vindo a falar durante o caminho, para a questionar sobre se tinha ouvido bem. Ela confirmou e disse que na Itália era normal tal procedimento, apesar de tal nunca lhe ter acontecido.
Continuei com as minhas dúvidas e decidi arriscar. Fui preencher um formulário com os meus dados, tal como os restantes passageiros fizeram. Há pouco mais de um mês recebi uma carta em casa da Banca Popolare di Sondrio. Era um envelope com um cheque com o valor correspondente ao valor da passagem de regresso, acompanhada de uma carta a explicar o porquê de me estarem a enviar tal quantia. Fiquei estupefacto. Já não me recordava de tal, mas pelos vistos tardou mas não falhou. Decidi guardar o cheque e a carta, em vez de depositar uma quantia que não me ia fazer assim tanta diferença para ter que a depositar. Fica tudo guardado como recordação. Recordação de uma sociedade onde nos pedem (!!!) para não nos esquecermos de pedir aquilo a que temos direito. Talvez um dia a moda pegue em Portugal.
Fonte: Público
Há alguns meses atrás estive de férias em Roma. Aproveitei e fui a Florença, via TGV. O comboio de regresso atrasou-se na partida em cerca de 60 minutos, e quando estava a chegar novamente a Roma, eis que oiço um funcionário da empresa fazer o seguinte aviso: "Avisam-se os senhores passageiros que pelo facto do comboio se ter atrasado mais de uma hora na partida, têm direito ao reembolso do valor do bilhete. Não se esqueçam, quando chegarem a Termini, de pedir o reembolso a que têm direito".
Habituado à velha maneira portuguesa de trabalhar, não acreditei muito no que estava a ouvir, ou então julguei que o meu nível de compreensão do italiano falado tinha diminuído. Aproveitei que tinha conhecido uma advogada italiana no decorrer da viagem e com a qual tinha vindo a falar durante o caminho, para a questionar sobre se tinha ouvido bem. Ela confirmou e disse que na Itália era normal tal procedimento, apesar de tal nunca lhe ter acontecido.
Continuei com as minhas dúvidas e decidi arriscar. Fui preencher um formulário com os meus dados, tal como os restantes passageiros fizeram. Há pouco mais de um mês recebi uma carta em casa da Banca Popolare di Sondrio. Era um envelope com um cheque com o valor correspondente ao valor da passagem de regresso, acompanhada de uma carta a explicar o porquê de me estarem a enviar tal quantia. Fiquei estupefacto. Já não me recordava de tal, mas pelos vistos tardou mas não falhou. Decidi guardar o cheque e a carta, em vez de depositar uma quantia que não me ia fazer assim tanta diferença para ter que a depositar. Fica tudo guardado como recordação. Recordação de uma sociedade onde nos pedem (!!!) para não nos esquecermos de pedir aquilo a que temos direito. Talvez um dia a moda pegue em Portugal.
1 comentário:
É melhor continuares a dormir sem sonhar com isso. Talvez quando este país for feito de pessoas com educação e habilitações. Mas não esta educação e habilitações que se dá agora, onde nem às aulas é preciso ir para se passar de ano, aquelas da maneira antiga, as que vão deixar tanta saudade daqui a uns anos.
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