Mais dia, menos dia, tinha que acontecer. Os cursos de Medicina não resistiram à pressão e escancararam as portas. Sou favorável a que as médias em Medicina se mantenham altas. A vida e a saúde de uma população não pode estar confiada a alguém que no "mais-que-fácil" ensino secundário é mediano ou medíocre. "De Espanha nem bons ventos, nem bons casamentos", já diz a sabedoria popular. No caso da Medicina enquadra-se perfeitamente esta expressão. Espanha não é exemplo e já perceberam que o caminho em que seguiam era errado. Mas como as novidades chegam ao nosso país com 20 anos de atraso, enquanto em Espanha a tendência começa a ser para fechar as portas antes escancaradas, em Portugal começamos agora a dar os primeiros passos na liberalização dos cursos de Medicina. Um dia vamos aprender que esse não é o caminho.
Por outro lado compreendo as Universidades: o dinheiro das propinas tem que entrar. O Reitor não pode deixar de ganhar os seus salários milionários, e os funcionários que passam o dia inteiro na palheta idem. Mas o futuro da vida e da saúde de toda uma comunidade pode ser comprometido. É o que dá entregar questões práticas a académicos: para eles, enquanto tiver em as contas em dia e os índices de aprovação positivos, está tudo bem, ainda que para isso estejam a formar maus profissionais.
Por outro lado compreendo as Universidades: o dinheiro das propinas tem que entrar. O Reitor não pode deixar de ganhar os seus salários milionários, e os funcionários que passam o dia inteiro na palheta idem. Mas o futuro da vida e da saúde de toda uma comunidade pode ser comprometido. É o que dá entregar questões práticas a académicos: para eles, enquanto tiver em as contas em dia e os índices de aprovação positivos, está tudo bem, ainda que para isso estejam a formar maus profissionais.
1 comentário:
Passaste-te da cabeça. MESMO.
Em primeiro lugar porque o País tem falta de médicos.
Em segundo lugar, porque o Ensino Secundário não prova nada do valor das pessoas como médicos. Muitos estudantes mais fracos (mesmo no superior) são melhores médicos que os supostos génios.
Em terceiro lugar, pela simples e óbvia razão que estar a fazer uma certa altura da vida das pessoas condicionar definitivamente todo o resto da vida é manifestamente injusto.
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