Depois da demissão do Sr. Alberto apenas me resta uma conclusão!... somos um País de choramingas.
O Sr. Alberto demite-se para se recandidatar. Alguém me sabe dizer porque se demite? Nem sequer está em causa a legitimidade governativa do senhor, no entanto demite-se. Demite-se por causa de uma lei "dos senhores de lisboa", dos senhores do Continente.
A lei das finanças locais vai diminuir as transferências "dos senhores de lisboa" para a Região da Madeira, limita o endividamento e proíbe o Estado de assumir as dívidas regionais. Prevê-se que já em 2007 haja uma redução de cerca de 34 milhões de euros.
O Sr. Alberto demite-se para se recandidatar. Alguém me sabe dizer porque se demite? Nem sequer está em causa a legitimidade governativa do senhor, no entanto demite-se. Demite-se por causa de uma lei "dos senhores de lisboa", dos senhores do Continente.
A lei das finanças locais vai diminuir as transferências "dos senhores de lisboa" para a Região da Madeira, limita o endividamento e proíbe o Estado de assumir as dívidas regionais. Prevê-se que já em 2007 haja uma redução de cerca de 34 milhões de euros.
Numa altura em que é pedido aos portugueses para apertar o cinto, o Sr. Alberto acha que é superior aos portugueses do continente.
Parece que também se esquece que a madeira tem um nível de vida superior à média nacional (enquanto que a média nacional se situa a +-75% da média europeia, a madeira situa-se nos +-91%!!!!)!
Também se esquece que as eleições têm um custo directo e indirecto muito elevado para o Estado. Mas não faz mal... são "os senhores de lisboa" que pagam. Somos todos a pagar por um capricho do Sr. Alberto! Será que é de aplaudir ou de criticar?
Para mim é claro... devemos criticar!
Parece que também se esquece que a madeira tem um nível de vida superior à média nacional (enquanto que a média nacional se situa a +-75% da média europeia, a madeira situa-se nos +-91%!!!!)!
Também se esquece que as eleições têm um custo directo e indirecto muito elevado para o Estado. Mas não faz mal... são "os senhores de lisboa" que pagam. Somos todos a pagar por um capricho do Sr. Alberto! Será que é de aplaudir ou de criticar?
Para mim é claro... devemos criticar!
14 comentários:
Ao contrário de muitos, que mentem, enganam desmesuradamente e prometem mundos e fundos e depois não cumprem, Alberto João Jardim cumpre o que promete. Tendo isso em conta e tendo em conta as suas promessas eleitorais para o recente mandato, fê-lo tendo em conta os fundos que normalmente recebe do Estado, para não cair naquilo que todos caiem: promessas em saco roto.
Derivado do que o Governo da República Portuguesa fez a nível de cortes, à Madeira, Alberto João Jardim não tem outra hipótese senão demitir-se em virtude de não poder cumprir as promessas do mandato último para o qual foi eleito.
Seria muito mais fácil atirar areia para os olhos e depois dar-se justificações (estas até eram válidas) como se faz nos Municípios e no Governo. Mas não. Alberto João Jardim prefere demitir-se e poder organizar uma candidatura e um conjunto de promessas que possa efectivamente cumprir com a nova alteração de planos.
Eis o exemplo de um homem íntegro, correcto e honesto! Mais uma vez deu o exemplo! É preferível demitir-se a não cumprir promessas eleitorais (mesmo que a culpa desse incumprimento seja de terceiros)!
Portanto, demite-se para poder arranjar promessas eleitorais mais pequeninas, mais acessíveis, mais fáceis!
Se a razão que deste servisse de desculpa muitos estariam neste momento a demitir-se das suas funções. Se foi eleito pelo povo deve continuar a exercer as funções para as quais foi eleito! Não tem que fazer pirraça porque lhe diminuiram as verbas! Talvez se poupasse no carnaval, não chorasse tanto por mais dinheiro!
Já agora aproveito e apelo a todos os autarcas do Algarve (e de outras regiões do país) a demitirem-se, uma vez que para além do Estado português ter diminuído as verbas (por alegadamente ser uma região rica), também receberá menos 55% de fundos europeus nos próximos anos! Ou seja o Algarve vai ter menos 1200 milhões de euros (até 2013) e menos verbas do Estado!
Queres comparar com os 34 milhões de euros que o Sr. Alberto vai receber?
O que propões? Uma demissão em bloco de todos os autarcas, que assim como o Sr. Alberto vão receber menos?
Para além da estupidez política que é, gastaria aproximandamente os mesmos milhões que vão ser diminuídos à Madeira!
Mas afinal de contas, é mais fácil demitir-se...
O Algarve vai perde meio milhão por dia até 2013!
Justiça redistributiva! A Madeira é a 2ª região mais rica de Portugal, se diminuir-mos 34 milhões pode ser que esses mesmos 34 milhões sejam utilizados para desenvolver outras regiões mais carenciadas! Isso chama-se o princípio da coesão nacional... quiçá poderá cimentar a nossa identidade nacional!
"Se a razão que deste servisse de desculpa muitos estariam neste momento a demitir-se das suas funções." - Se fossem tipos sérios, demitiam-se em vez de fazerem promessas em vão só para enganar o povo! Se eu, enquanto político, prometesse algo e não cumprisse, demitir-me-ia!
"Se foi eleito pelo povo deve continuar a exercer as funções para as quais foi eleito!" - o povo teve acesso ao programa eleitoral para o respectivo mandato, e mediante aquilo que viu, gostou e votou! AJJ foi eleito tendo em conta ser AJJ, ter um programa eleitoral, um determinado projecto e tudo isso só seria viável com o dinheiro proveniente de diversos lugares, de entre os quais o do Estado. Se tal não vai acontecer, os projectos nos quais o povo votou, não vão ser cumpridos. Como poderá ele exercer as funções se não tem como as exercer por completo?
"Talvez se poupasse no carnaval, não chorasse tanto por mais dinheiro!" - Muitos criticam os 6 milhões de euros gastos no Fim-de-Ano da Madeira ou o montante dispendido no Carnaval. Pessoalmente, basta-me uma ou duas lâmpadas e está a rambóia feita e já fico muito feliz. No entanto, a Madeira é a 2.ª melhor ilha da Europa em termos de beleza, ambiente de festa, condições e mais atractivo em termos de turismo. Por algum motivo é. Possivelmente pelo investimento que nela é feito nestas épocas. Não dá para cortar na despesa, sob pena de se cortar também no turismo e neste mais que prestigioso ranking que deixa para trás destinos como as ilhas gregas, a Córsega, entre outros.
"Já agora aproveito e apelo a todos os autarcas do Algarve (e de outras regiões do país) a demitirem-se, uma vez que para além do Estado português ter diminuído as verbas (por alegadamente ser uma região rica), também receberá menos 55% de fundos europeus nos próximos anos! Ou seja o Algarve vai ter menos 1200 milhões de euros (até 2013) e menos verbas do Estado!" - Bem, isso já depende da forma como giram as respectivas Autarquias. O Algarve é, para mim, tão importante como a Madeira a nível turístico e desenvolvimento. É uma fonte de riqueza para o país e, tal como a Madeira, deve ser tratada com alguma sensibilidade. Confesso que não acompanho a gestão das autarquias algarvias para poder defender uma possível demissão por se encontrarem na mesma situação que AJJ, ou se deva recomendá-los a começarem a gerir os dinheiros como deve ser. No entanto, acho grave que o Algarve, enquanto província que mais, ou a 2.ª que mais, contribui para o PIB, seja tão penalizado como virá a ser.
"O que propões? Uma demissão em bloco de todos os autarcas, que assim como o Sr. Alberto vão receber menos?" - Proponho uma demissão de todos os autarcas sérios, que vejam os seus planos de desenvolvimento para as respectivas autarquias serem defraudados por erros de gestão do Governo Português e que viabiliza o corte nos dinheiros comunitários, ou então que pressionem o Governo a ser corajoso e honesto e a compensar as boas gestões. A Madeira é uma delas e isso é inegável.
"Justiça redistributiva! A Madeira é a 2ª região mais rica de Portugal, se diminuir-mos 34 milhões pode ser que esses mesmos 34 milhões sejam utilizados para desenvolver outras regiões mais carenciadas! Isso chama-se o princípio da coesão nacional... quiçá poderá cimentar a nossa identidade nacional!" - Creio que existem outras localidades no nosso País de onde poderão ser retirados esses 34 milhões de euros para serem aplicados em regiões carenciadas, como o interior, por exemplo. Lisboa, por muito que me custe, é a líder no desperdicio. Aqueles milhões de euros que foram gastos para colocarem uma espécie de árvore que é caríssima e para substituírem os candeeiros por outras coisas parecidas com estes, mas que eram um toque de arte e arquitectónica da cidade, não se justifica. Há soluções tão boas, ou melhores, para aquilo que a CML queria fazer, sem ser assim tão cara. Aquela árvore de Natal gigante que é posta todos os anos, patrocinada pelo BCP, mas cuja electricidade é suportada pela CML, é gerida de forma triste e vergonhosa. Para não falar noutras coisas. Na Costa da Caparica, por exemplo, substituíram as palmeiras ao longo do final do IC20 e ao longo da Avenida que liga a Costa à Trafaria, por uma espécie semelhante à palmeira, 20 vezes mais cara que esta, e que se esqueceram que era incompatível com o tipo de terreno e com a poluição urbana da Cidade da Costa. Resultado: milhões de euros gastos numas "plantas" que estão podres e cujo crescimento se encontra condicionado. Eis vários casos de desperdício. Este tipo de actuações danosas deveria ser punido!
"Aqueles milhões de euros que foram gastos para colocarem uma espécie de árvore que é caríssima e para substituírem os candeeiros por outras coisas parecidas com estes, mas que eram um toque de arte e arquitectónica "da cidade, não se justifica."
Será que na Madeira não existem casos de desperdícios mais graves que árvores e candeeiros? Será que todas as promessas são importantes e válidas? Será que um pouco de contenção não permite apurar uma selecção dos investimentos que sejam mesmo importantes? Será que a demissão vai trazer algo de novo aos madeirenses? Será que todos os milhões e milhões que vieram para a Madeira nos últimos, vá lá, doze anos foram vãos? Será que os madeirenses são assim tão ricos? Será que Alberto João é assim tão íntegro? De todas, posso apenas garantir que é mestre em política, sobretudo na parte maquiavélica da coisa...
Independentemente de se gostar ou não do AJJ, independentemente das cores partidárias de cada um, gostaria de afirmar o seguinte:
1º A Madeira também é território nacional, a sua riqueza, é riqueza nacional, NÃO É UMA COLÓNIA.
2º O desenvolvimento da Madeira (com os seus aspectos positivos e negativos) deveu-se essencialmente ao aproveitamento eficaz de todos os fundos comunitários disponibilizados.
3º Com o novo OE (já contempla a LFRA) o peso das "despesas" continentais para com o arquipélago madeirense corresponde a cerca de 0.23% do total do OE - 0.23% gastos com a região que mais contribui, em 2º lugar, para o PIB N-a-c-i-o-n-a-l.
4º O Presidente do Governo Regional da RAM foi eleito por sufrágio directo da população madeirense, tendo apresentando durante a sua campanha um determinado programa governativo a ser cumprido (independentemente de despesismos ou não)
6º O Sr. Secretário-Geral do PS, deslocou-se em Outubro à RAM para apresentar a sua moção, dizendo expressamente que o objectivo do PS era conquistar a maioria na Madeira e derrubar o AJJ.
7º Curiosamente, ao mesmo tempo surge a nova LFRA, elaborada sem que fossem ouvidos os órgãos próprios das Regiões autónomas, reduzindo as transferências para a Madeira(PSD) e aumentando as para os Açores(PS).
8º A nova LFRA reduz em 34 milhões as transferências para a Madeira ESTE ANO...sendo que até 2014 é suposto a Madeira perder 450 milhões.
9º AJJ está no seu direito de se demitir, pois como diz, não está em condições de poder cumprir o programa pelo qual foi eleito.
10º Ninguém na RAM, nem no PSD-M, nem o próprio AJJ, critica que se reduzam as transferências para uns e aumente-se para outros, o que se critica é que se faça agora, a meio de uma legislatura regional.
É o mesmo que estar-se a construir um prédio e chegado ao meio, o empreiteiro vir pedir o dobro do €.
11º Falou-se nos comentários quanto ao € gasto com cartazes turísticos, não se falou que, por exemplo, o fim-do-ano entrou para o Guinness e o aproveitamento turístico-publicitário que se irá fazer disso; não se falou da quantidade exorbitante de dinheiro que a Região ganhou com esses turistas; não se fala que o Funchal é um dos maiores portos de cruzeiros no mundo, durante todo o ano, enfim...
12º O Algarve saiu do "Objectivo 1" da CE, daí que vá perder esses milhões que estão por aí a falar.
Ora, a Madeira, igualmente saiu do "Objectivo 1" e será igualmente penalizada, porém, o Governo Central para minimizar esse prejuízo, no caso algarvio, aprovou uma verba de 50milhões de euros, para a Madeira aprovou a LFRA.
13º Seguindo a lógica que alguns membros explanaram, se a RAM é a 2ª região mais rica, então Lisboa, sendo a 1ª, dever-se-ia privada de quaisquer fundos.
14º E na senda do ponto anterior, os Açores, como continuam "atrasados" como há 30 anos atrás, isto apesar de terem recebido DESDE SEMPRE MAIS dinheiro que a RAM, quer do Governo Central quer de fundos comunitários, deveriam receber todo o dinheiro que desejassem, e Carlos César um voto de louvor!
15º Há uma ideia generalizada no país, creio que por nunca terem visitado a Madeira decentemente ou por deixarem que a pouca razão que possuem seja ofuscada pelas maneiras pouco cordiais que caracterizam o AJJ, que a Madeira vive e sempre viveu "à custa de Portugal" (não de Portugal continental..)
16º assim, percebe-se estas mentes invejosas: se acabarmos com essa sanguessuga que é a RAM, então o défice nacional chega ao 0 e os problemas do país resolvem-se todos automaticamente...
17º AJJ demitiu-se porque não é um qualquer político, é o único político em Portugal, pois todos os outros prometem uma coisa e fazem outra e não defendem os interesses de quem os elegeu.
Dou a AJJ o mérito pelas coisas boas qu efez na Madeira, comparando o antes e o depois, parecem duas ilhas diferenets, dois países diferentes. Mas é arrogante, mal formado, extremamente mal educado e tem o rei na barriga (e na cabeça). Gosta de se exibir e tem um complexo de Primeiro-Ministro. Se primeiro chamava de "esse senhor" a Cavaco Silva, já depois se multiplicava em atenções. Como nem morro de grandes amores pelo Carnaval, não me choca que não haja muito dinheirinho para financiar as folias dos madeirenses. Quer viver como rei mas não se lembra que é primeiro que tudo português. Em vez ter uma atitude pró-activa e de cooperação em relação à politica é o primeiro a se distanciar "do continente". Amigos amigos, nacionalidades...à parte. E depois faz-se de vitima balbuciando atentados colonialistas. Haja paciência para o aturar, bons cerebros para o segurar e alguém com bom senso para o educar. Quem o adora que vá para a Madeira, aposto que vive muito melhor lá. Pessoalmente preferia que ele nem sequer aparecesse na minha televisão, tal é a vergonha de o ouvir falar.
Também o Sr. Alberto deve respeito às pessoas que actualmente exercem cargos de soberania nacional, a saber:
a) Prof. António Cavaco Silva - Presidente da República;
b)Eng. José Socrates - Primeiro-Ministro
Não são o Sr. Silva e o Sr. Pinto de Sousa!
De qualquer modo:
1- É certo que a Madeira não é uma colónia portuguesa, mas uma região autónoma (conforme Estatuto da Região e CRP);
2- Não vou contestar que a Madeira soube, mais que muitas regiões portuguesas, aproveitar os recursos financeiros dos fundos europeus, mas de qualquer modo ninguém criticou o desenvolvimento da Madeira e os bons ou maus investimentos dos dinheiros provenientes dos referidos fundos. O que é facto é de que não é facto que devemos salutar, devemos é criticar quem utiliza mal os fundos;
3- Quanto às tranferências para a região da madeira em relação ao total do O.E., não me vou manifestar (até porque não vou fazer as contas!), no entanto acho que as contas não são correctas, uma vez que o valor da tranferências para a região da Madeira correspondem a cerca de 0,74% do PIB N-A-C-I-O-N-A-L;
4- Os programas da candidatura do Sr. Alberto não foram objecto de sufrágio, embora sejam politicamente vinculativos (para aqueles que acham que também ficam vinculados!!! Não é certamente o caso do Sr. Alberto, que considera que o referendo não foi vinculativo, nem mesmo politicamente!);
5- (apesar de chamares 6. Passaste um à frente.)Não sou do PS para vir defender a minha dama, como tal acho que a crítica deves enviar para Largo do Rato, n.º2, 1269-143 Lisboa ou para o email: portal@ps.pt;
6- Quanto à decisão política de se reduzir a transferência para a Região da Madeira e aumenntar para os Açores, não me cabe defender (abstractamente, em termos de justiça distributiva concordo!), no entanto o que disse no post é que independentemente da demissão a lei vai manter-se! Daqui a pouco apoio o discurso do PS, quando disse que é um acto de guerrilha institucional!
7-Em relação à previsão que fazes, não a posso fazer,uma vez que não tenho dados para tal. No entanto é realmente o que a comunicação social aponta (450 milhões em 7 anos);
8-O sr. Alberto não falou no cumprimento do programa com que se candidatou, mas era a "oportunidade para mostrarem ao País e ao Mundo, através do direito de voto de cada um, que repudiam a maldade e injustiça feitas contra cada um de nós, contra todos nós, seja qual for o partido em que cada um votou"; e que "Ao me demitir, provo não estar agarrado ao poder, coloco-me nas mãos do povo. Mas ao me recandidatar à liderança do Governo Regional, demonstro que não fujo nem abandono quando as circunstâncias estão insuportavelmente mais difíceis" (parece que fez isso mesmo ao não enfrentar de frente as adversidades, apesar da confiança que o povo madeirense lhe depositou!);
9-Também é mentira que a crítica seja feita pelo motivo que invocas, a crítica é feita por causa da quebra das tranferências e da sua consequência na economia madeirense (e eu percebo isso) "Cada um de vós compreende o que significa para a economia do arquipélago uma quebra tão grande no dinheiro em circulação";
10-Quanto ao dinheiro gasto, e sendo eu algarvio, compreendo de que maneira que o carnaval, a passagem-de-ano, e outras festividades, não são desperdício, mas um investimento. Agora o dinheiro deve ser gasto se o retorno for superior!;
11-Em relação ao corte que o algarve sofreu, que mencionei supra, foi bem superior ao da Madeira, uma vez que já não se encontrava no objectivo I;
12-Sou a favor de que lisboa, por ser a região mais rica de portugal, deveria receber menos fundos do que as restantes regiões. Aliás, em coerência com o princípio da coesão nacional que defendi (o único reverso, é que na área da grande lisboa que se situa grande parte da população portuguesa);
13-Pois, se calhar os Açores investiram mal o dinheiro;
14-Não tenho essa ideia, no entanto sei que a madeira não é auto-suficiente, ou seja, não se encontraria neste estado de desenvolvimento se não fosse parte integrante do território nacional;
15-Realmente existem "Mentes invejosas" em relação à RAM, pelo seu desenvolvimento sustentado, não pelo AJJ, que considero uma pessoa com falta de educação, bom senso e bom gosto (relembrando cartas antigas);
16-A melhor forma de defender os interesses do eleitorado não é demitir-se das suas responsabilidades (para depois de recandidatar, ainda que permaneça tudo igual), mas se consideras isso um exemplo a seguir já diz o ditado:
Cada um sabe de si, e Deus...
3 - 0.23% do total das despesas do OE. Por outro lado, 0.74% do PIB para quem contribui com mais de 2% para o PIB NACIONAL, nice.
4 - Há sempre um programa subjacente a cada candidatura. Por exemplo, o Primeiro-Ministro prometeu não aumentar os impostos e manter as SCUTs mas fez o contrário, se fosse Homem, demitir-se-ia.
O AJJ apresentou um programa e a meio da sua execução, surgiu uma impossibilidade superveniente, tornando impraticável a sua conclusão. Como cumpre o que promete e neste caso não o pode fazer, demite-se.
Como bem dizes, os programas são politicamente vinculativos, assim como o é o referendo ao aborto. Porém, não sendo este legalmente vinculativo, politicamente cada um pode tomar a posição que considere a mais correcta (no concreto, discordo do AJJ, aliás, considero que a despenalização nem deveria ter sido sujeita a referendo)
6 - A LFRA, em princípio, continuará em vigor (apesar de enfermar diversas ilegalidades, o TC dará sempre a volta considerando-a hierarquicamente superior ao Estatuto Pol-Admin das RAs o que no fundo significa que o Estatuto é o mesmo que nada e portanto a Autonomia uma fantochada mas isso são contas de outro rosário)...
8 - ...o AJJ tem falado sempre no cumprimento do programa e no próprio discurso de demissão "«nos impõem uma alteração substancial e dramática das condições em que o Povo me elegeu em 2004»", bem como os restantes membros da Comissão política o mencionam e os media referem.
11 - Algarve e Madeira saíram ambas do Objectivo I, porém, o corte algarvio foi amparado pelo G.Central (o que não tenho nada contra, bem pelo contrário), no caso madeirense tal não existiu.
14 - A questão da Madeira ser auto-suficiente é discutível, creio que há um par de anos surgiu um estudo de uma entidade internacional que dizia que era possível, dando como outros exemplos Malta e Chipre.
Qualquer modo, tal significaria independência, a qual creio que nenhum madeirense verdadeiramente apoia e como ficou assente, a Madeira é território português
15 - Plenamente de acordo. A maneira de estar do AJJ é deplorável mas isso não lhe retira o restante mérito.
Quanto ao facto de tratar por srs. Silva e Pinto Sousa, não é que não mereçam ser assim tratados, mas não deixam de ser os seus nomes, porém, quem anda à chuva molha-se Alberto :)
16 - Não é demitir-se das suas responsabilidades, é exactamente o contrário. O pior cego é aquele que não quer ver e o que acontece é que as pessoas deixam que a sua razão seja ofuscada pela imagem que têm do AJJ.
:) Parece que já vamos chegando a algumas conclusões, "nem tanto ao mar, nem tanto à terra". De qualquer modo, deixa-me dizer que:
- As pessoas devem pautar os seus comportamentos de acordo com a sua consciência, no caso do AJJ, ele não deveria falar em vinculação política do seu programa, visto que também considera que o referendo não é politicamente vinculativo. Não podemos ter "dois pesos e duas medidas";
- Se o valor das tranferências se cinfra em 0,74 do P.I.B., não poderá ser de 0,23 do O.E., se atentares bem nos conceitos, tal significaria uma contradição e seria impossível contabilisticamente;
- Não me parece que o TC vá analisar as ilegalidades, apenas as inconstitucionalidades;
- Mais uma vez entendo que se demitiu e frustou a confiança de quem o elegeu. Até porque o que vai alterar com a sua demissão?
Abraço,
Fernando Caetano
Caro Fernando,
efectivamente vamos chegando a algumas conclusões e é bom que assim seja, pois é essa a função de um debate salutar.
Porém, permita-me acrescentar que:
- efectivamente, as pessoas devem ser coerentes com as suas posições e no caso do AJJ, tal não é um comportamento frequente.
Contudo, se concordas que o referendo ao aborto é politicamente vinculativo, então, também terás que concordar que os programas eleitorais o são e, como tal, independentemente da coerência ou não do AJJ, a sua demissão é justificável.
- No que concerne aos 0.23%, avancei com esse valor pois foi o que saiu na imprensa e o que o AJJ afirmou na "Grande Entrevista" que deu à RTP. Porém, fui descobrir a forma como o mesmo foi alcançado e consultando o OE2007, verifica-se que no mapa XVIII, o total das transferências para a RAM totalizam 223.723.530€, isto de uma despesa total do Estado de 97.238.691.387€. Ora, fazendo uma regra de três simples, alcançamos os tais 0.23%.
Porém, não sendo eu um contabilista e muito menos fiscalista, admito que a conta possa estar de raíz mal feita.
Não deixo de reafirmar que, se forem correctos os valores de 0.74% PIB (segundo o G.Regional é 0.11% mas já se sabe como é a política...), continua a não deixar de ser um valor baixo para a 2ª região que mais contribui para o PIB nacional.
- O TC, efectivamente, não poderia conhecer de ilegalidades em sede preventiva e disse-o no acórdão que decidiu pela não inconstitucionalidade da LFRA. Porém, acrescentou que tal seria possível em sede de fiscalização concreta - conforme o 281º da CRP ("A ilegalidade de quaisquer normas constantes de acto legislativo com fundamento em violação de lei com valor reforçado"), sendo este o passo que a Assembleia Leg. da RAM se propôs a dar.
Novamente reafirmo o meu cepticismo que o TC declare ilegais um ou vários artigos da LFRA...
- Por fim, demitindo-se, AJJ perde o argumento de não ter cumprido as suas (novas) promessas por causa da LFRA e o PS tem a oportunidade que queria para derrubar o PSD-M.
E assim se foi parte do meu tempo de almoço :)
Obrigado por me mostrares outros pontos de vista com cordialidade.
Abraço e bons posts
MC
Admito que possas ter razão nos números, até porque disse o número mais numa de provocação! :P Temos entendimentos diferentes... talvez é por isso que não estou na política! Abraço
Ah seu aldrabão! :) Estavas bem era mesmo na política :p
Abraço e bons posts
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