sexta-feira, junho 30, 2006

quinta-feira, junho 29, 2006

Pergunta-se:

Quem é o REI do DIP?

Aceitam-se apostas!

terça-feira, junho 27, 2006

Os Exames escritos e os seus resultados (ou falta deles)

Acabo de chegar a casa, depois de um dia cansativo, com uma entrevista pelo meio e com mais uma reunião de Conselho Pedagógico. Vinha aqui expor um texto por mim pensado o dia inteiro e que vem na sequência de parte daquilo que foi falado em reunião do Conselho Pedagógico.
Toda a gente sabe que todos os anos a situação é a mesma, quando estamos em exames escritos: os assistentes têm 10 dias úteis para corrigir centenas de exames, e nem todas as cadeiras cumprem esse mesmo prazo.
Felizmente, quanto a essa situação, grande parte do 5º ano não tem de que se queixar. As notas de Direito do Trabalho saíram dentro dos 10 dias, Ambiente saiu ao fim de uma semana, Direito Internacional Privado Anual ao fim de pouco mais de 1 semana. Penal II foi feito 6ª feira e já começaram desde ontem a sair resultados. Enfim, pela 1ª vez, no que toca aos alunos de jurídicas, tudo parece estar a correr conforme o previsto.
No entanto, nem tudo são rosas. Os alunos de DIP semestral estão há imenso tempo a aguardar os exames, por exemplo. Os alunos de Obrigações (Turma B), Introdução ao Estudo do Direito (Turma B), Teoria Geral do Direito Civil (Turma A), entre outros, aguardam incessantemente pelas notas. Convém-me aqui responder ao pouco que sei. Os alunos de DIP semestral, alunos do Prof. Santos Júnior, não tiveram as suas notas todas lançadas dado o Professor estar sozinho a corrigir exames e a fazer, no futuro, orais. Quem o tem a apoiar é um monitor que se encontra impossibilitado de ver exames e fazer orais. Logo, encontra-se o Professor sozinho com mais de uma centena de exames. Relativamente às outras situações, creio que aquelas que poderão ter algum desconto serão as de Introdução ao Estudo do Direito, porque os assistentes que existem a dar a cadeira são poucos e cada turma apresenta cerca de 300 alunos. Logo, a dividir por 3 assistentes, se assim for, dá 100 exames por assistente. Ainda assim, a situação já se prolonga por quase um mês e o perdão não pode ser total. Relativamente à situação do Prof. Santos Júnior, pedia aos alunos do mesmo que compreendessem o que se está a suceder. Por vezes os Professores encontram-se com parcos recursos para ministrar uma cadeira (vejam o exemplo ocorrido com Direito do Ambiente ano após ano, mas que graças à boa fé e dedicação de professores e alunos, tudo se consegue). Naturalmente que tal não sucede a todas as cadeiras. Disso é exemplo cadeiras de Administrativo, Constitucional, Fiscal, Comercial, Família e Sucessões, Trabalho que contam com vários assistentes a leccionar as cadeiras.
Prevê-se que, com o Plano de Bolonha e consequente alteração do Regulamento de Avaliação, com a violação do prazo em causa, aplicar-se-á uma sanção que ainda não se sabe ao certo se será um deferimento tácito de dispensa de oral e feitura da cadeira (vulgo passagem administrativa), uma sanção para o professor-corrector, para o regente, se em que moldes. Acontece que esta situação vai mudar e os abusos tenderão a diminuir. Uma solução que eu daria, seria a de se alargar o prazo para outro entre 12 a 15 dias úteis, e que caso não ocorresse a apresentação dos exames corrigidos, seria dada a nota de dispensa ao aluno, caso fosse com 10 ou 11; manter-se a nota com que se vai a exame (notas iguais ou superiores a 12), ou atribuir-se 7 para quem vai a Método B, de modo a que possa ir a oral. Naturalmente que se se procura uma situação de passagem administrativa, o prazo tem que ser alargado por diversos motivos: em certas condições, corrigir 100 exames é humanamente impossível de ser feito por quem já se dedica durante horas ao escritório e a outras frentes, o que lhe diminui o tempo razoável de análise em bastantes dias. Logo, o período razoável creio ser este.
Relativamente a outra polémica que é a discriminação da cotação, pontos pela ponderação global, bem como dos respectivos fundamentos, o Regulamento é claro e diz que a ponderação global deve ser feita e deve ser atribuída uma classificação. E reforça quanto ao possível dever de fundamentação, no seu artigo 73º/3 que só há lugar a fundamentação "sempre que possível". Logo, nada garante que o mesmo seja possível sempre. A todos os que disserem "não recebemos pontos pelo português", só posso dizer que a resposta que nos é dada pelos assistentes é considerada válida e que é: "a cotação do português ou da ponderação global está incluída na cotação final de cada pergunta".
Posto isto, apelo à compreensão de todos, ainda que saiba que é difícil (e como sei!), mas com um esforço, boa fé, e compreensão de todos (alunos e professores), isto resolve-se. Peço-vos que se ponham na pele dos professores que têm 1000 compromissos profissionais, da mesma maneira que peço aos professores para se colocarem no lugar do aluno que está numa oral em vias de ser chacinado. Depende tudo da boa fé das pessoas, em entender que se pode diminuir o sofrimento, ou não. Não digo facilitar as orais, perguntando o básico dos básicos, mas digo facilitar a presença do aluno perante aquela situação, tentando deixá-lo à vontade e sem que seja exercido qualquer tipo de pressão ou movimento que possa dificultar mais ainda aquilo que, pela sua natureza, já é bem difícil: a oral!

segunda-feira, junho 26, 2006

Que grande personagem...


Hoje é dia de homenagem a um mítico dos míticos - Bruno Cabral. O homem que fez mais cadeiras no 5º ano do que em nos restantes anos de FDL. Que macho! Esterotipo clássico de um Tuga (baixo, barriga saliente, pele escura, só falta mesmo bigode), quem passou estes últimos anos na FDL decerto saberá quem é esta grande personagem. De tertuliano passou a inesquecível Presidente da AAFDL, fechou a FDL com um enorme exito e ainda tem tempo para nos recordarmos dele nas festas e nas bebedeiras de caixão à cova, entre outras grandes aventuras...
Recentemente tem ido a entrevistas de emprego e a sua frase de sucesso é esta "Se percebo de Comercial? Não percebo nada de comercial, acha mesmo que a faculdade nos ensina alguma coisa de jeito?" Que MACHO! E não é que dá resultado esta conversa mole?
Para o Cabral, um grande abraço deste menino que foi praxado por ele e que um dia foi também por ele convidado para colaborar na AAFDL, além de companheiro em dois ENDA´S, que deu para realizar muitos ENDApendentes a gozar com a tripeiragem!
Cabral vai em frente tens aqui a tua gente! Se te candidatares outra vez a alguma coisa, lembra-te de arranjares um tacho aqui para a malta do Barvelho, numa nova versão da Lista R na sociedade civil! O Alex fica com o cacique, eu com o gozo, o Fernando com o dinheiro, o Delfim com as relações públicas, e por ai fora.
Abraço, mítico dos míticos!

sábado, junho 24, 2006

Concurso!

Dada a iminência de ocorrer o final de curso sobre a maioria dos que aqui escrevem, venho lançar um desafio a todos os que visitam o Bar Velho: façam a vossa aposta sobre quem acham vocês que será o 1º a acabar o curso. Têm a coluna do lado direito com os diversos nomes e cognomes, é só escolherem.
À medida que forem saindo os canudos, todos serão aqui anunciados, e quem acertar nos nomes será premiado com um almoço, um jantar, um abraço, um beijinho, uma camisola autografada, uma fotografia com o/a vencedor/a deitado/a em cima da cama em pose sensual depois do duche, uma chamada para o telefone privado do vencedor com voz grossa e sensual e com sotaque brasileiro (assim num estilo "Esquadrão A - Versão brasileira Herbert Richards"), um chapéu com a cara do vencedor lá estampada, uma sms, uma toalha de praia, ou um e-mail a agradecer a aposta!
Este concurso não se aplica a quem dispensar tudo! Para se despedir em grande da FDL, há que passar pela bela de uma oral (no mínimo). Logo, só poderão escolher quem for a orais de passagem.
Deixem o nome em quem vocês apostam na caixinha dos comments. Cabe ao vencedor do concurso e ao 1º licenciado chegarem a acordo sobre qual dos prémios será entregue.

terça-feira, junho 20, 2006

SOS FDL

Meus amigos, a Faculdade precisa de ajuda urgentemente! Segundo um comunicado do Conselho Directivo, a nossa Faculdade enfrenta uma "situação muito preocupante" relativa à falta de pagamento de propinas por parte dos alunos!
Realmente, creio que este comunicado é uma novidade... para quem for entrar na FDL em 2006/07.
Segundo este mesmo comunicado, dezenas de alunos, não efectuaram qualquer pagamento relativamente às propinas, e milhares de alunos não pagaram mais do que 4 prestações ou efectuaram no máximo duas (caso dos bolseiros).
Então, como não querem pedinchar dinheiro aos Institutos que usam, abusam e re-abusam da Faculdade, entre outros gastos que a FDL tem e que já toda a gente sabe, que só são possíveis graças a péssimas gestões anteriores à do Sr. Prof. Teixeira de Sousa, quem paga, tal como em Portugal, é o sujeito do costume! É o aluno, ou o povo! E como é que pagam isso? Querendo obrigar os alunos a encher os cofres da FDL até final de Junho. Caso contrário, o que acontece? Os Institutos continuam a sua boa vida, porque dezenas de professores catedráticos facturam com eles e com as suas pós-graduações maravilha, e os alunos ou pagam, ou então não serão lançadas as respectivas notas, não podem apresentar requerimentos, nem poderão praticar quaisquer actos académicos.
Ao Conselho Directivo respondo assim: em cada ano lectivo que nos matriculamos é-nos dada a possibilidade, a nós alunos, de pagar a totalidade da propina, mensalmente, ou vamos adiando até ao prazo máximo de 31 de Julho e pagamos multa! Aos bolseiros, cabe o pagamento integral depois de saírem os resultados do valor de 487,11€, que só sabem se pagam este valor a partir de Fevereiro que é quando saiem os resultados dos SASUL, ou então pagam 3 prestações de 150€ cada e a última é de 187,11€. Podemos, ainda, pagar tudo até ao fim de Julho, com a devida multa. Eu, este ano, quando me matriculei e me foi dada a condição, pelo 5º ano consecutivo, de aluno da Faculdade de Direito de Lisboa, não fui comunicado que sofreria represálias deste nível que o CD quer impor agora, se não pagasse tudo até Junho. Até porque, segundo recentemente informou a Secretaria, a última prestação dos bolseiros é em... JULHO! E porque pagar 150€ mês sim/mês não a partir de Fevereiro dói a todos! Até quase que dói mais que aos outros! Porque por algum motivo somos bolseiros. Mas, em vez deste processo ser mais facilitado para os alunos já inscritos e que sejam bolseiros, não! Têm que aguardar também e depois começar a largar quantias pesadinhas! Eu, pessoalmente, espero para pagar tudo no fim de Julho, porque é quando não há qualquer despesa académica e tudo o que tenho que fazer é ir a uma ou outra oral sem pagar por isso (por enquanto, porque qualquer dia até orais de passagem vão ser pagas). Tenho um passe que me custa 50€ por mês e tenho bares na FDL e serviços académicos que são uma exploração, como por exemplo são os serviços de revisão de prova (por acaso os bolseiros não pagam isso), em que o Prof. Teixeira de Sousa sabe muito bem que alguns alunos pagam 20€ por um pedido desses, e mesmo que haja ali fundamento de revisão e subida de nota, ele simplesmente nega-se a fazê-lo, e que toda a gente sabe que fazer pedidos de revisão de própria com o próprio a regente da cadeira, nem vale a pena o esforço, mesmo que estejamos perante motivos mais que certos para que deva ocorrer uma subida de nota. Depois surgem aqueles mistérios da natureza de recursos que dão entrada às 16:20 e aparecem 30 exames já "revistos" às 16:30 do mesmo dia, como já aconteceu comigo!
Recordo ainda, que muitos alunos guardam para pagar o restante das propinas na altura em que recebem o subsídio de férias e que muitos, bolseiros ou não, têm que contar os tostõezinhos todos os meses para pagar as propinas dos seus filhos! Esquecem-se que nem todos são catedráticos e ganham milhares de euros por mês! Nem todos neste País ganham rios de dinheiro com pareceres e direitos de autor com livros de 50€ em que de 900 páginas, 700 são sobre parte histórica e desenvolvimento do Homo Sapiens, ou se fala das Sociedades Comerciais no tempo dos Romanos, mas temos que pagar os livros que são carotes e todos recomendam como fundamentais! Naturalmente existem muitos com papás e mamãs que facturam mais ainda que um Prof. na FDL (o que é difícil, mas existem alguns na nossa casa, sim), mas é a esses que o esforço deve ser pedido! Se calhar com propinas proporcionais aos rendimentos, ou com exigências e sanções para alunos que entram em plena FDL de Subarus, SLK's, Jipe's, etc... a esses devia ser exigido o pagamento atempado, porque não há motivo algum para não o fazer! Agora, ao povo? Ao pobre? Ao que conta tostões sendo bolseiro ou não? Aos que têm que pagar a mensalidade de 4 ou 5 filhos? Tenham dó! O Conselho Directivo que pense duas vezes no que faz, porque mais uma vez está a generalizar-se o que não se deve fazer dessa forma! Naturalmente, ainda, não são todos que guardam para a altura do subsídio de férias para pagar o montante, mas... convenhamos que é nessa altura que existe um maior desafogo financeiro, pelos motivos que já indiquei: os filhos ficam em casa mais tempo, não gastam tanto, tal como a própria família, etc. É um conjunto de factores que motiva os alunos a pagarem mais tarde. Aqueles em que o CD deveria realmente pegar no pé, é dos que andam aí a estoirar dinheiro em 1000 coisas distintas e carotas, ou em camisas da GANT e da Tommy que custam 50 euros... ou em bijuterias e maquilhagens de 100 euros, e obrigá-los a pagar mensalmente! Talvez assim, não tenhamos necessidade de ter que ver comunicados destes que a mim, pessoalmente, só me fazem rir de tão tristes que são. Peçam aos Institutos! Esses é que se andam a encher! Peçam às entidades com quem formam acordos de cooperação! Peçam aos SASUL que dão Bolsas a alunos com os pais cheios de posses! Não peçam a quem não devem!
Outra coisa que facilita o pagamento das propinas, seria um posto Multibanco. Porque é, por vezes, aborrecido levar um cheque, quando o cheque não pertence ao devedor, ou dinheiro vivo (dado que levar quantias avultadas de dinheiro, e 100 euros já é bastante, é bastante chato também).
Além do mais, reforço a minha posição, no sentido de dizer que tal medida só se deve aplicar nos seguintes casos:
- alunos que tendo terminado o curso nesse ano, pretendem obter certificado de habilitações ou diploma, sem ter pago as propinas;
- a alunos que não pagaram a totalidade das propinas do ano lectivo anterior e pretendem matricular-se no ano lectivo seguinte;
- a alunos que pretendam realizar provas orais e escritas em épocas posteriores à da data de vencimento para pagamento das propinas (31 de Julho);

Querem mais justo do que isto? Da próxima, quando o aluno se inscrever, em vez de unilateralmente alterarem as regras do jogo, comuniquem-lhes que têm que pagar até uma data diferente da data habitual. Assim, eles sabem com o que contam e não são atacados de surpresa porque daqui a 10 ou 15 dias têm que desencantar 487 euros (quase 100 contos) ou 900 (180 contos).
Ou melhor ainda: se ainda tivessem em vigor a propina que eu pagava quando entrei na FDL (67.000$00), talvez fosse pouco, mas ao menos recebiam a tempo.
Pergunto-me o que seria se todos pagassem logo em Outubro! Teríamos agora um Comunicado do CD a pedir o pagamento antecipado sob pena de sofrermos represálias? Não me admirava nada...
O Prof. Teixeira de Sousa tem feito um excelente trabalho à frente do CD, mas esta medida... faz-nos voltar à idade da pedra!

domingo, junho 18, 2006

Parece que amanhã é dia D...

... de DIP!
Esperemos que não seja de RIP...

quinta-feira, junho 15, 2006

Incoerências dos FDLianos

Exemplos verídicos de 2005/06: o/a assistente da Cadeira X, é apelidado/a o ano inteiro de idiota/rameira por não saber ensinar/ensinar mal e pela mais que rígida correcção que faz nos testes. Pedem que se faça algo. Todos o/a apelidam de 1001 nomes, e caracterizam como não tendo condições para ensinar, mas na aula de atribuição de notas, vieram algumas obras de caridade e extrema beneficiência, e de repente, a pessoa em causa já era "extremamente competente", "um espectáculo", "do melhor que há nesta casa". Curioso, que só para alguns que se viram beneficiados. Outros mantiveram-se coerentes, ainda que se tivessem visto beneficiados.
Exemplo distinto, e também ocorrido em 2005/06: o/a assistente da Cadeira Y, é visto/a como sendo uma pessoa fantástica, um/a docente fora de série, melhor não há, etc. Os resultados dos testes de avaliação contínua não foram os esperados e, de repente, a pessoa em causa, quando tem que passar alguns métodos B's, já passa a ser vista como "incompetente", "se eu soubesse o que sei hoje sobre ele/a", "que urso/rameira", etc. De repente, pedem que se faça alguma coisa, porque ficaram desiludidos. Mais uma vez, algumas pessoas mantiveram-se coerentes e ainda que os resultados não fossem os esperados, mantiveram a admiração pela pessoa.

Resultado: boa parte dos alunos da FDL, são como o povo português. Se lhes forem dadas umas migalhas, já veneram quem faz tal coisa. Caso contrário, ainda que seja feita justiça, são as pessoas menos prestáveis para o serviço. Dançam conforme a música lhes agrade, ou não. No entanto, numa coisa confio: na impressão que fica para cada um deles, sobre as pessoas em causa, até lhes ser feito algo de agradável/desagradável. Pelo menos a minha opinião sobre as duas pessoas em causa nunca mudou. Ainda que a mesma seja aquela que muitos vêem como 1ª, ou como 2ª nos casos apresentados. Naturalmente não a vou revelar. Posso ter opinião negativa sobre as duas pessoas em causa, opinião positiva sobre as mesmas, ou favorável sobre uma e negativa sobre outra. No entanto, um bocadinho mais de coerência deve ser exigida. Caso contrário, arranjem carácter e personalidade e sejam menos influenciáveis.
O que está aqui em causa, neste post, não é a qualidade, ou falta dela, para ensinar por parte dos assistentes, isso já foi, é e será abordado, vezes sem conta. É, sim, a coerência e vendibilidade (isto existe?) das pessoas.

segunda-feira, junho 05, 2006

Viva o português

Acabo de assistir a uma das peças do "Bom Português" da RTP, que nos é dada todas as manhãs. Adoro ver esta peça, porque é lindo de se ver como as pessoas escrevem tão bem português. Se algumas palavras podem, realmente, deixar dúvidas à grande maioria das pessoas (mesmo pessoas que escrevam e leiam com regularidade), outras há que nem por isso.
A palavra de hoje era se EXEQUÍVEL era com Q ou C. Em 6 pessoas, 2 disseram que se escrevia com C(!!!), e a melhor de todas foi uma mulher que disse que Exequível se escrevia com "Q de cão... enfim, o Q de quá quá". É bom saber que esta dita senhora escreve Qão. Isto relembra-me uma colega minha do secundário que escrevia Quidado.
Decidi referir isto aqui, porque até na Faculdade se assiste a erros de português destes escandalosos! Eu próprio já vi testes, trabalhos, posts, e peças escritas, com erros que me dão vontade de me internar no Júlio de Matos, dado o estado de loucura em que entro. Há dois tipos de erros que, pessoalmente, me dão um ataque cardíaco: o Ç antes do E ou do I, e os hífens. Pessoas que escrevem "Ficas-te", "gostas-te", "comes-te", quando o que queriam era escrever algo no passado... deviam, obrigatoriamente voltar à primária, e quando chegassem ao secundário, ao fazerem exames nacionais de AD-MIS-SÃO A U-MA FA-CUL-DA-DE, ao mínimo erro escandaloso destes, eram logo corridos a 0! Português, não é como filosofia, onde o que interessa é a "essência" e a "mensagem", bla bla bla.
A quem está agora na FDL, quer a começar, quer a acabar, aprendam a escrever. Acreditem, eu sendo juíz e ler uma PI (Petição Inicial) com erros GRAVES, dá vontade de mandar o advogado e o cliente p'ró... (=&%#)$@£§@€! Como cliente então... contratar os serviços de alguém que é melhor a desenhar do que a escrever... Enfim, honrem a língua que falam (já nem quero referir aqueles que emitem um grunho qualquer que não a língua portuguesa, como o "nós vai", "nós vem")

sábado, junho 03, 2006

Remember 2001-2006 (parte VI)

O nosso amigo é um sósia quase perfeito do Conan O'brien

Queria fazer uma referência ao nosso amigo Tiago Rodriguez, também muitas vezes chamado de José Correia por alguns assistentes. Ele também foi um herói, e se calhar em proporções maiores do que as minhas. No ano de 2004/05 fez um feito incrível: 7 exames, e 7 orais em Junho, e em Setembro voltou a fazer mais uma série de exames e de orais. É de acrescentar que das 7 cadeiras que se propôs a fazer, fez 6, e que andou numa roda viva a passar final atrás de final, e a superá-las praticamente todas! Devo ainda recordar que o colega Tiago Rodriguez não se dedicava apenas aos estudos, mas também a um negócio seu que tinha, o que lhe tirava imenso tempo. No entanto, mais uma vez a força de vontade venceu os obstáculos todos, e graças a isso, o nosso amigo conseguiu passar para o 5º ano. Fazer 6 cadeiras a Método B, é obra! Sobretudo quando se trabalha dias inteiros e fins-de-semana!
Todos nós estamos a torcer para que o Tiago faça tudo o que lhe resta do curso este ano, e a ele desejamos as maiores felicidades e sorte nestes exames e orais, e no que ele precisar... estamos cá para ajudar! Foste um herói o ano passado. Espero que este ano também o voltes a ser!

quinta-feira, junho 01, 2006

Remember 2001-2006 (parte V)

O 3º Ano foi o que me mais me mostrou aquilo de que realmente sou capaz... quando quero! E, é a prova mais que viva, que tudo se consegue, quando se quer de verdade!
Tinha 2 cadeiras em atraso, do 1º ano, que decidi deixar para fazer em avaliação contínua no 3º ano, para ir para o 4º com tudo limpo. Andava a ter 2 cadeiras de manhã e 5 de tarde (sem contar com a tal hora "pendurada" de Reais numa qualquer manhã de cada semana). Meti na minha cabeça que tinha que fazer tudo, e lá parti eu à aventura! Fui com avaliação contínua às 7 cadeiras, algumas com boa nota, como por exemplo Reais e Fiscal com 14, Comunitário I e Ciência Política com 13. Fiz 1000 testes, 1000 participações de aula. Raramente faltava, e nesse ano ainda tirei o curso de italiano da AAFDL. Havia tempo para tudo. Ah... e ainda tinha tempo para sentar, dormir, fazer 0, e ir às 1000 festas, bem como dedicar-me às eleições da AAFDL, e ainda ao dirigismo associativo. Estive em todas!
Chegou a altura dos exames, e reparei que os dois exames das cadeiras do 1º ano que tinha para trás, coincidiam com os dois exames de duas cadeiras do 3º ano, uma delas era "cadeirão": Obrigações! Podia ter adiado para a fase de coincidências, mas propus-me fazer os exames no mesmo dia, sem adiar: Obrigações com Ciência Política e Direito Constitucional, e Economia Política com Comunitário I. 3 dias depois destes últimos 2 exames, tinha o exame de Reais. Resultado: Em 7 exames dispensei 5, e só fui a oral às cadeiras do costume: Obrigações e Processo. Num dos dias que calharam 2 exames (Economia e Comunitário), tive 13 em cada um dos exames. Foram 2 dias, em que passei 6 horas de cada vez em exames. Saía de um todo estoirado, almoçava e sigaaaaaaa lá vinha o próximo! Fui à oral de Obrigações e safou-se bem. Processo idém (obrigado Dr.ª Elsa Dias Oliveira... muito minha amiga foi naquela oral). Nunca mais me esqueço da mais célebre bacorada "em caso de incompetência... mandamos o Processo para Itália". Fora outros preciosismos que me foram perdoados!
Resumindo: fiz 7 cadeiras de uma virada, com direito a 0,7 de acréscimo na média, um curso e a actividade associativa correu de forma positiva. Ou seja, resumindo (parte 2): quando queremos mesmo algo, e damos o nosso melhor, tudo conseguimos! Basta ter força de vontade, e lutar!

Não faço a referência a estes episódios, para exibicionismo público. Faço-o para que todos aqueles que se sentem com a corda na garganta acreditem que é possível! Basta crêrem e lutarem, e quando há força de vontade, temos a recompensa devida! Acreditem sempre nas vossas capacidades. Não se subestimem! 2003/04 marcou-me bastante, e ao longo da minha vida vou lembrar-me do que consigo fazer... quando quero!
Decidi anexar a capa do Lucy In The Sky With Diamonds, dos Beatles, porque quando o ano terminou, realmente senti-me completamente pedrado! E de cada um daqueles exames que saía, vinha mesmo mesmo mesmo "high"!
Neste momento tenho 3 missões quase impossíveis: tirar um 15 a Trabalho, um 13 a DIP, e um 15 a Ambiente! Uma coisa garanto: posso cair por cansaço, mas jamais por falta de trabalho!

Os últimos exames e as orais...

Eu e o Delfim, em dia de orais em 2004/05

Ao contrário de muitos, vejo os exames e orais com desportivismo. Não temos grande coisa a perder (temos, uma nota, uma passagem, até uns 0,7 a mais na média). O truque para enfrentar um exame escrito é: "o pior que me pode acontecer é ir a oral... siga", e não colocar pressão naquilo. O truque para sobreviver a uma oral é: "vou para o café falar com 2 profs sobre a matéria X... só não se cruza a perna e se estende para trás, porque é pedir muito".
Já fiz umas 13 ou 14 orais na FDL (já perdi a conta). Nas que fiz no 1º ano, chumbei algumas, mas do 2º ano em diante, foi sempre a limpá-las. O que custa, como tudo na vida, é a 1ª (por acaso a mim, a 1ª não custou nada... nem a 2ª, nem as outras todas que ainda hoje se vão dando). Enfim, resolvi referir esta frase, para diminuir a pressão de quem não gosta muito das 1ªs, nem das seguintes, a ver se se animam, que o mundo é feito de problemas mais graves e sérios, do que um exame escrito ou uma oral na Faculdade de Direito.
Das orais que chumbei, sempre soube reconhecer aquelas que mereci chumbar, e aquelas que, embora não merecendo escandalosamente passar, com um pouco de gentileza lá dava para o 10 ou para o 11. Ou ainda aqueles casos em que via que não merecia passar, mas que aconteceu haver quem merecesse menos ainda do que eu e tivesse passado. Enfim, critérios, que não quero discutir. O que quero referir de importante aqui, é que sei reconhecer, de caras, quando não mereço outro resultado que não o chumbo. Todos os anos, todos os dias, quando chega às orais, assisto sempre ao discurso do costume, desde que entrei na FDL: "cabrão, respondi a tudo, sabia tudo e chumbou-me"; "aquela rameira lixou-me de propósito... perguntou-me o mais difícil porque não me curte". E depois pergunto, mas não te curte porquê? E a resposta é: "epá... não me curte, sei lá... fez-me estas perguntas é porque não me curte, e facilitou aos outros". Estas são as duas frases da praxe. Ora, se fossemos pela 2ª, creio que 90% dos professores da FDL odiariam os alunos. Reconheço que por vezes geram-se casos de antipatia entre professor e aluno, mas em 99% destes casos que referi, a maior parte das vezes o professor perguntou não por não gostar do aluno, mas porque lhe deu na telha, ou já tinha rodado a matéria com os outros todos, e fez outro género de perguntas. Também não estou a desprezar existirem alguns que gostam de torturar os alunos em geral, com orais de bradar aos céus. O que quero reforçar é que a maior parte destas lamúrias, não tem fundamento, porque se calhar as orais são difíceis, muitas vezes, porque não se sabe a matéria. Realmente, se eu não pegar num livro que seja, o juri que me fizer a oral, vai mesmo ser "cabrão para mim", e "não me curte nada".
Os casos em que as queixas são realmente justificadas, contam-se pelos dedos de uma mão, mas existem! Esses casos são graves, mas existem, e normalmente, têm factos antecedentes que podem justificar isso. Uma relação aluno-professor que não seja saudável durante 1 ano lectivo inteiro, pode ser um factor justificante. Uma aluna que decide ir para a a oral mostrar a peitaça ao juri a ver se pega, pode ser factor justificante (para alguns funciona ao contrário). Enfim, existem diversos motivos para alguém poder fundar-se no facto de alguém lhe ter querido fazer a folha de propósito. Todos estes casos têm que ser analisados objectivamente. Agora, se não estudaram tudo, ou se vos fizeram uma oral difícil, mas nem foi por não gostar de vocês, apenas porque há perguntas que têm que ser feitas, saibam ter a humildade de admitir "mereci chumbar, porque não estudei o suficiente", é que o típico discurso de o prof não curtir, etc etc... se calhar começa a vulgarizar o assunto e quando acontecem casos desses a sério, depois esse assunto é visto como "olha, mais um frustrado".
Nestes últimos exames e orais, tenho um conselho a dar a todos. Vão para lá na descontra! Como disse no início, há problemas mais graves no mundo, como ter uma família para alimentar e não ter dinheiro para a sustentar, ser-se despedido e ter milhares para pagar de prestações de carro e casa, ser-se doente terminal, passar fome, morar na rua. Logo, pensem nestas coisas, e vão ver como vão para uma oral descontraídos e vêem que a oral não passa de uma mera conversa de cultura geral, sobre uma determinada matéria da nossa sociedade (o Direito do Trabalho, o Direito Internacional Privado, ou o Direito do Ambiente), com duas pessoas que percebem mais daquilo do que vocês, e vocês o que vão tentar mostrar é que, não sabendo mais do que eles, sabem o suficiente para um dia estarem ali no lugar deles a ter aquela discussão com outras pessoas que, tal como vocês hoje, arranham umas coisitas na matéria. Outro conselho: estudem! Se estudarem, a passagem está 50% garantida. Fizeram a vossa parte. E se estudarem TUDO, decididamente não vos chumbarão por falta de estudo, mas por falta de outra coisa qualquer. Quem sabe de carácter do juri. Mas aí o problema é outro. Façam a vossa parte, relaxem e gozem o momento. Sim, a oral também tem muito para apreciar! Depende como vejamos as coisas.
Boa sorte a todos e curtam os vossos últimos momentos. Para os leitores mais novos, curtam os vossos primeiros momentos como iniciantes!