Anda por aí um fenómeno estranho de "pau para toda a obra". É preciso integrar mulheres nas listas para as eleições que aí vêm, e que ainda são algumas, mas parece que querem inserir sempre as mesmas em todas as listas possíveis. Podemos, assim, ver uma candidata a eurodeputada ser candidata à presidência de um município, ao Parlamento e, por pouco, a uma Junta de Freguesia! Deste modo, não só se preenchem as quotas obrigatórias (que continuo a entender ser uma falta de respeito para as mulheres por estarem a ser consideradas "as coitadinhas que precisam de uma lei, e não de capacidade, para serem integradas em listas"), como se dá a ideia de integração de imensas mulheres na política (ainda que seja sempre a mesma meia dúzia) e ainda se não forem despachadas para um cargo, só não acabam noutro se forem mesmo muito mazinhas.
A Bíblia relata que Jesus Cristo multiplicou cinco pães e dois peixes e distribuiu-os pelo povo. Neste caso multiplicam-se cinco ou seis mulheres as quais acabam distribuídas por todos os cargos possíveis e imaginários. Será que as mulheres portuguesas competentes e capazes são assim tão poucas para se recorrer à tentativa de milagre da multiplicação? Será que a eurodeputada quer ser ao mesmo tempo Presidente da Câmara, deputada à Assembleia da República e Presidente da Assembleia de Freguesia? Como é que alguém consegue fazer campanha para o Parlamento Europeu, para o Parlamento nacional e para um Município? Terão estas mulheres verdadeiros génios escondidos dentro delas? Como se sentirão os eleitores quando perceberem que afinal a Presidente da Câmara em que votaram foi substituída pelo número dois, o qual até nem gostavam, porque a cabeça de lista "fugiu" para o estrangeiro para ganhar mais dinheiro? Como se sentirão os eleitores quando perceberem que afinal a eurodeputada que tinha tanta motivação para representar Portugal na União Europeia foi substituída por outro qualquer quando viu que se poderia açambarcar da pasta do urbanismo da Câmara para a qual foi eleita?
Cada cidadão deveria ser candidato a apenas um cargo. Isto, sim, são boas práticas! Por maior que seja o grau de esquizofrenia de um candidato, o único a quem reconheci capacidade para se desdobrar em mais do que um foi Fernando Pessoa. Esse, sim, estaria à altura de um Parlamento europeu, de um parlamento nacional, de um Município no Porto e até da Presidência de uma Junta alentejana!
A Bíblia relata que Jesus Cristo multiplicou cinco pães e dois peixes e distribuiu-os pelo povo. Neste caso multiplicam-se cinco ou seis mulheres as quais acabam distribuídas por todos os cargos possíveis e imaginários. Será que as mulheres portuguesas competentes e capazes são assim tão poucas para se recorrer à tentativa de milagre da multiplicação? Será que a eurodeputada quer ser ao mesmo tempo Presidente da Câmara, deputada à Assembleia da República e Presidente da Assembleia de Freguesia? Como é que alguém consegue fazer campanha para o Parlamento Europeu, para o Parlamento nacional e para um Município? Terão estas mulheres verdadeiros génios escondidos dentro delas? Como se sentirão os eleitores quando perceberem que afinal a Presidente da Câmara em que votaram foi substituída pelo número dois, o qual até nem gostavam, porque a cabeça de lista "fugiu" para o estrangeiro para ganhar mais dinheiro? Como se sentirão os eleitores quando perceberem que afinal a eurodeputada que tinha tanta motivação para representar Portugal na União Europeia foi substituída por outro qualquer quando viu que se poderia açambarcar da pasta do urbanismo da Câmara para a qual foi eleita?
Cada cidadão deveria ser candidato a apenas um cargo. Isto, sim, são boas práticas! Por maior que seja o grau de esquizofrenia de um candidato, o único a quem reconheci capacidade para se desdobrar em mais do que um foi Fernando Pessoa. Esse, sim, estaria à altura de um Parlamento europeu, de um parlamento nacional, de um Município no Porto e até da Presidência de uma Junta alentejana!
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