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Este é o grande problema das privadas: distribuem diplomas a quem pagar as prestações mensais do crédito, e não dão o conhecimento respectivo porque isso não é preciso para se ter um bom trabalho (ou emprego) na vida. Do outro lado, há quem lucre com isto e chame a isso serviço público. O conceito de serviço público é cada vez mais subjectivo. Mas não é isso que me seduz no caso Independente! O que realmente "mexe" comigo, é o facto de existir uma Universidade (sim, Universidade) que elimina os registos dos alunos a cada 5 anos. Acho fantástico. A pergunta que eu faço, já todos devem ter feito: se, ao fim de 5 anos, quiser pedir um certificado de habilitações, como é que eles resolvem o problema? Possivelmente tenho que tirar o curso novamente. Sem título, não há direito. Onde é que está a prova em como me licenciei ou mestrei na Independente? No entanto, há outra hipótese: a de chegarmos lá e nos perguntarem "Lamentamos, mas não temos registos. Ainda se lembra com que média é que acabou o curso?" ao que quem está do lado de cá diz "Sim, terminei com 18". Tal facto leva-me a consultar o site da Universidade Independente e a escolher qual o curso que mais me agrada ter, depois do de Direito na Clássica. Dois cursos ficam bem melhor que um. As Relações Internacionais agradam-me. É "in" dizermos "sou licenciado em Relações Internacionais. Não faço nada com o curso, mas...". Também pensei em Arquitectura. Já alguém ouviu falar num Arquitecto Dr., ou num Dr. Arquitecto?
No final disto tudo começo a chegar à conclusão que fui injusto com a UnI a propósito do serviço público. A UnI presta serviço público, senão vejamos: qualquer português pode ir à secretaria pedir um certificado de habilitações com base em qualquer uma das licenciaturas que a Universidade tem, quer o tenha tirado quer não. Se isto não é serviço público, não sei o que será.
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