sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Caso prático



O senhor A entra no taxi do senhor B, pedindo para ir para o destino x. Quando ai chega, nota que não tem dinheiro na sua carteira, ao que pede ao sr. B para o deixar junto de uma caixa de multibanco para proceder a um levantamento bancário, de forma a fazer a quitação dos 3€ que custou o serviço, marcados no taxímetro. Após ter regressado ao táxi, dá uma nota de 20€ ao sr. B, que lhe devolve apenas 15€. Estranhando isso, fica por momentos a aguardar que o mesmo lhe desse os 2€ em falta ao que este lhe responde:
B- "Está à espera do quê?";
A- "Que me dê os 2€ em falta."
B- "Então e tempo que eu tive à espera aqui no carro enquanto foi ao multibanco? Isso também se taxa."
A- "Mas não foi isso que me disse. Além disso, você desligou o taxímetro."
B- "Mas ficou no total 5€. Agora vá á sua vida."
A- "Não vou, quero os meus 2€ de volta. O senhor sabe com quem é que está a falar?"
B- "Quem és tu?"
A- "Eu sou jurista, licenciado em Dirieto e sei do que estou a falar."
B- "És jurista é o caral**, meu grande fdp."
A- "Ai não me paga? Vou ligar então à polícia!"
B- "Podes ligar a quem quiseres meu grande fdp, a ver se eu tenho medo!"
Procedeu ao telefonema mas ninguém atendeu da esquadra da zona. Ligou para o 112 que à 5ª chamada atendeu e o mandou aguardar. Disse então ao taxista:
A- "A polícia já ai vem."
B- "Ai é? Então já vais ver meu cabr** de mer**! Já vou tratar de ti."
Ao que arranca com o carro dali para fora, a altas velocidades, sempre a praguejar a ofender o sr. A, que pensou em saltar em andamento da viatura, pois temia pela vida. Passado algum tempo teve que parar para ceder passagme a um peão numa passadeira, ao que o sr.A aproveitou para saltar fora do carro. Ainda assim, o sr.B sai do carro e diz palavras como "Agarra que é ladrão".
Posto isto, pergunta-se:
Como poderá reagir judicialmente o Senhor B?
Quid iuris?

14 comentários:

Ana disse...

Mas quem é k usa a pergunta sabe quem eu sou, ainda por cima coma agravante de a resposta ser: SOu um jurista? Independentemente de ser um jurista ou não, até podia ser ladrilhador ou lava escadas, ou melhor se fosse uma destas duas coisas teria resolvido melhor o caso, porque todos nós detestamos ouvir o enfunado " Sabe quem eu sou?", e teria resolvido o assunto na mesma moeda. As pessoas só entendem quando lhes falamos á bruta, quado dizemos FODA_SE e CARALHO. Com falinhas mansas já ninguém se assusta infelizmente, aliás só o deve ter chateado á grande alguém lhe ter dito que era jurista (coisa que ele deve ter ido ver ao dicionário quandio chegou a casa).
We learn every day

Lima disse...

Depois de fechado o taxímetro, o taxista ainda o transportou para paerto de um MB, ainda esperou pelo levantamento e nem uma gratificação - que mais seria uma conpensação pela extensão do serviço.

Por muito que a conduta do taxista descrita - com ênfase no "descrita" - seja exagerada, leva a concluir que o cliente é um bimbo.

Lima disse...

Tanto erro ortográfico...Vê-se logo que não fui eu que escrevi, mas sim eu:

"paerto"; "conpensação".

Pressupõe-se que o "Você sabem quem eu sou etc etc etc etc " tb influiu na classificação do cliente.

Momentos disse...

É dificil dar um parecer de uma situação que se encontra aqui muito resumida. Por vezes pequenos promenores fazem toda a difrença. No entanto só dá gorjeta quem pode e quem quer e por outro lado não é admissivel falta de respeito muito menos por parte de uma pessoa que anda a lidar com o público, isto a minha opinião.Já não me causa qualquer tipo de espanto que as pessoas achem normal este tipo de comportamentos a ver pelos comentarios aqui escritos. Aliás já me parece que até são aceitaveis agressões verbais e físicas. Começa a ser o normal no nosso dia a dia.O ataque é a melhor forma de defesa é quase um lema!

Lima disse...

Cara sucesso, nada desculpa a conduta do taxista, mas eu apenas comentei a atitude provinciana do cliente.

De resto, aproveito e respondo ao "quid juris".

O cliente não pode reagir de maneira nenhuma, porque se o fizer o taxista apresenta queixa de volta por burla.

É que a negociata ninguém viu, mas não faltam testemunhas que viram o "Jurista licenciado pela etc etc etc..." a saír a correr do taxi e o taxista a gritar "agarra que é ladrão".

Bimbo provinciano licenciado - 0
Taxista aldrabão - 2 (1 pelos 5 euros com que ficou, 1 pela agilidade de raciocínio que o salvaguarda).

Infelizmente, o mundo ainda vai sendo dos espertos.

Aceita os m/ cumprimentos que são sinceros

Momentos disse...

Interpelador, mas existe um talao multibanco, existe o dinheiro na carteira do cliente e existe a marcaçao no taximetro do valor a pagar... acho eu. Ainda sou das que acredito que a mentira tem pernas curtas. Os meus sinceros cumprimentos tb!

Lima disse...

Ou seja:

fica provado que foi feito um levantamento;
fica provado que há dinheiro na carteira.

Seja como for, levantaste uma bela ponta anteriormente: Faltam pormenores.

O que aconteceu depois?
- O jurista licenciado etc etc etc continuou a correr?
- Parou e enfrentou o taxista aldrabão?
- Pediu ajuda a transeuntes?
- Chamou a Policia?

É que se continuou a correr...

Momentos disse...

Interpelador... a falta de promenores pode mudar muita coisa. Para quê julgar algo sem conhecer os promenores? Para quê chamar já bimbo ao cliente sem saber como as coisas realmente correram? Até mesmo o cliente dar-se a conhecer como jurista pode nem ter sido neste contexto, mas por exemplo para justificar as suas razões, com bases em conhecimentos do que realmente se passou... ainda bem que não segui Direito!!! É muito dificil para mim julgar alguém! principalmente porque todos os promenores são sempre importantes e para não dizer tudo o que eventualmente possa estar por trás de uma situação.

Lima disse...

Que tu não seguiste Direito já percebi eu.

Agora o que não percebo é essa defesa acérrima ao jurista licenciado etc etc etc...

Deves saber algo que eu não sei...

Lima disse...

E acrescento esta rábula:

Sabes daquela velhota que chamou o 112 para salvarem o menino dela, que não respirava...e o menino era um gato?

Estava acompanhada do tipo que chamou o 112 por causa de 2 euros num taxi.

Momentos disse...

interpelador, o que te posso dizer é que a ser verdade este caso, o cliente até teve muita coragem. Às vezes a questão nem é o dinheiro são as atitudes. Possivelmente este individuo do taxi até está habituado a explorar pessoas desta forma. Talvez aprenda a lição. Possivelmente se fosse comigo eu dava-lhe o dinheiro, secalhar até todo o dinheiro que tinha comigo... são precisas atitudes como estas para as pessoas verem que não se devem armar em espertos. Haja quem tenha atitude. Talvez este individuo aprenda alguma coisa, outras pessoas foram poupadas e assim valeu apena. Não se endireitou o Mundo mas ajudou em alguma coisa!
Há dias comentavas tu que o Amor não enche barriga, e que existem pessoas cuja vida é difícil. Pois... realmente as vezes 2 euros fazem muita diferença na vida de certas pessoas, e gastos assim numa situação destas, não me parece justo.

Lima disse...

Cara sucesso:

Onde está a coragem de quem sai a fugir?

Aqueles que a quem os €2,00 fazem muita diferença, fazem corridas de taxi de €1,00??? (bandeirada de €2,00+€1,00).

Vamos parar para pensar.

Á conta do teu discurso eu já o fiz...

Momentos disse...

interpelador... saiu a fugir concerteza porque o taxista arrancou com o carro e sabe se la para onde o ia levar mas tambem nao sabes se a historia acabou por aí certo? Tambem nao sabes porque é que esta pessoa teve de utilizar o taxi... certo?Sabes concerteza que para analisar qualquer caso estas permissas aqui dadas nao chegam!

ATG disse...

A ser verdade este caso prático e a ser verdade tudo o que aqui é dito sobre ele, a razão quase que vai a favor do taxista.
Resta saber se as coisas que aqui estão ditas foram a forma como aconteceram. É que lendo este caso prático, da forma como aqui está escrito, eu sinto-me tentado a dar razão ao taxista e a classificar o jurista licenciado em Direito de arrogante.