segunda-feira, setembro 08, 2008

PS e a Lei do divórcio: teimosia ou actuação no cumprimento da lei?

"O PS vai manter a Lei do Divórcio que foi vetada pelo Presidente da República, fazendo apenas uma clarificação no artigo relativo à compensação de créditos. A decisão foi anunciada hoje aos jornalistas pelo líder do grupo parlamentar, Alberto Martins."

Fonte: Público

Há quem critique a actuação do PS, mas a verdade é que o partido não conquistou a maioria absoluta para estar dependente da vontade de terceiros. É certo que o PR tem a competência de dirigir mensagens à AR e de vetar diplomas, mas o sistema de Governo português não é o presidencialismo e mesmo o semi-presidencialismo é falso, estando mais próximo de ser uma espécie de "semi-parlamentarismo". O PS age no aproveitamento dos poderes que tem e o eleitorado deve ter mais atenção da próxima vez que quiser dar maiorias absolutas.

4 comentários:

Pedro Sá disse...

Os fundamentos do veto foram ridículos. E a questão é mesmo ideológica, é evidente que isto iria ser assim. Ainda que isto enfim seja uma medida pífia.
Abolição do estado civil JÁ !

E já agora. Cada vez mais estou convencido que este veto aconteceu porque o PR treme de medo que apareça uma candidatura presidencial do CDS.

Bernardo Rosmaninho disse...

O Pedro Sá tem toda a razão mas estas situações só mostram a confusão que é o nosso sistema de governo. O PS agiu como seria de esperar, mas aqui entra (e com muita razão de ser) a frase do post "o eleitorado deve ter mais atenção da próxima vez que quiser dar maiorias absolutas", coisa que tenho a certeza que não terá. Uma maioria de eleitores informados e conscientes não é algo que este país tenha. Mesmo assim...

Bernardo Rosmaninho disse...

"Cada vez mais estou convencido que este veto aconteceu porque o PR treme de medo que apareça uma candidatura presidencial do CDS."

Correndo o risco de não resistir a colocar aqui um enorme "lolol" porque me ri muito quando li esta hipótese, pergunto:

Candidatura de QUEM no CDS?

Um abraço a todos.

Pedro Sá disse...

Seja lá de quem for. Uma Zezinha consegue facilmente ir aos 7-8% com uma campanha inteligente, dizendo sempre preto no branco que o Cavaco é de esquerda.

E se o Portas tivesse ficado quietinho chegava a 2011 e facilmente tinha 15%.