A 2ª Dinastia é a chamada Dinastia de Avis ou Joanina, porque se iniciou com D. João, Mestre de Avis. Governou de 1385 a 1433 e foi cognominado de "O de Boa Memória" por ter deixado uma boa recordação entre os portugueses. Filho bastardo de D. Pedro I e de uma dama galega. O mestrado da Ordem de Avis foi-lhe destinado desde a sua infância e é nesse sentido que decorre a sua educação, a cargo do comendador-mor da Ordem.
Em 1383, já na situação de um dos mais ricos senhores de Portugal, jura, com muitas outras figuras importantes do reino, cumprir cláusulas do contrato de matrimónio da infanta D. Beatriz com D. João I de Castela. Nesse mesmo ano, é um dos escolhidos para acompanhar a infanta a Badajoz, onde foi entregue ao marido. O facto de ter sangue real e de ser olhado como chefe provável do partido adverso à parceria Leonor Teles-conde de Andeiro, deve ter contribuído para a sua prisão ordenada por D. Fernando. Mais tarde é libertado por ordem do rei e a esse facto não deve ter sido estranha a intervenção pessoal do conde de Cambridge, chefe do contingente inglês em Portugal.
Depois da morte do Rei, entra-se no período da guerra civil e da guerra com Castela e D. João, aclamado regedor e defensor do reino, procura consolidar a sua posição no meio de hesitações e compromissos. E aclamado Rei em 1385, vence a guerra com Castela e obtém tréguas em 1389. Volta-se então para os problemas internos do reino e impõe a sua autoridade à nova nobreza, que chefiada por D. Nuno Álvares Pereira, lhe desfalca os bens da coroa. D. Nuno Álvares Pereira ficou conhecido como o Santo Condestável (Condestável de Portugal ou Condestável do Reino é um título criado pelo Rei D. Fernando em 1382, para substituir a designação de Alferes do Reino. O Condestável era o número 2 da hierarquia, vinha depois do Rei de Portugal e tinha como responsabilidades comandar uma campanha militar na ausência do rei e manter a disciplina do exército. Era, portanto, perante o Condestável que passavam todos os inquéritos militares). Adquiriu o título de Condestável de Portugal, depois da Batalha dos Atoleiros em 1384, tendo sido também nomeado Conde de Ourém. Ficou conhecido ainda como Beato Nuno de Santa Maria e foi um general português do século XIV que desempenhou um papel fundamental na crise de 1383-1385, onde Portugal jogou a sua independência contra Castela. Foi graças ao seu génio que Portugal venceu a Batalha de Aljubarrota com um exército de apenas 6.000 portugueses, contra 30.000 espanhóis. É recordado como um dos melhores generais portugueses, e abraça, nos seus últimos anos, a vida religiosa carmelita.
Segue-se um longo período de paz interna e externa, só cortado pela aventura de Ceuta. Fora dos actos da administração pública, quase nada se sabe da vida do monarca. Pessoalmente, foi-nos legado o retrato de um homem prudente, astuto, cioso do poder e da autoridade, ao mesmo tempo, terno, humano e benevolente. Foi sem dúvida o mais culto dos nossos monarcas medievais, reflexo da educação que o preparara para dirigir superiormente uma importante ordem religioso-militar.
Foi casado com D. Filipa de Lencastre, e tiveram 8 filhos. De uma união anterior ao seu casamento, teve 2 filhos bastardos. Há ainda a curiosidade de D. João I ter falecido, no mesmo dia em que nasceu, tendo completado 76 anos, os mesmos que D. Afonso Henriques.
Em 1383, já na situação de um dos mais ricos senhores de Portugal, jura, com muitas outras figuras importantes do reino, cumprir cláusulas do contrato de matrimónio da infanta D. Beatriz com D. João I de Castela. Nesse mesmo ano, é um dos escolhidos para acompanhar a infanta a Badajoz, onde foi entregue ao marido. O facto de ter sangue real e de ser olhado como chefe provável do partido adverso à parceria Leonor Teles-conde de Andeiro, deve ter contribuído para a sua prisão ordenada por D. Fernando. Mais tarde é libertado por ordem do rei e a esse facto não deve ter sido estranha a intervenção pessoal do conde de Cambridge, chefe do contingente inglês em Portugal.
Depois da morte do Rei, entra-se no período da guerra civil e da guerra com Castela e D. João, aclamado regedor e defensor do reino, procura consolidar a sua posição no meio de hesitações e compromissos. E aclamado Rei em 1385, vence a guerra com Castela e obtém tréguas em 1389. Volta-se então para os problemas internos do reino e impõe a sua autoridade à nova nobreza, que chefiada por D. Nuno Álvares Pereira, lhe desfalca os bens da coroa. D. Nuno Álvares Pereira ficou conhecido como o Santo Condestável (Condestável de Portugal ou Condestável do Reino é um título criado pelo Rei D. Fernando em 1382, para substituir a designação de Alferes do Reino. O Condestável era o número 2 da hierarquia, vinha depois do Rei de Portugal e tinha como responsabilidades comandar uma campanha militar na ausência do rei e manter a disciplina do exército. Era, portanto, perante o Condestável que passavam todos os inquéritos militares). Adquiriu o título de Condestável de Portugal, depois da Batalha dos Atoleiros em 1384, tendo sido também nomeado Conde de Ourém. Ficou conhecido ainda como Beato Nuno de Santa Maria e foi um general português do século XIV que desempenhou um papel fundamental na crise de 1383-1385, onde Portugal jogou a sua independência contra Castela. Foi graças ao seu génio que Portugal venceu a Batalha de Aljubarrota com um exército de apenas 6.000 portugueses, contra 30.000 espanhóis. É recordado como um dos melhores generais portugueses, e abraça, nos seus últimos anos, a vida religiosa carmelita.
Segue-se um longo período de paz interna e externa, só cortado pela aventura de Ceuta. Fora dos actos da administração pública, quase nada se sabe da vida do monarca. Pessoalmente, foi-nos legado o retrato de um homem prudente, astuto, cioso do poder e da autoridade, ao mesmo tempo, terno, humano e benevolente. Foi sem dúvida o mais culto dos nossos monarcas medievais, reflexo da educação que o preparara para dirigir superiormente uma importante ordem religioso-militar.
Foi casado com D. Filipa de Lencastre, e tiveram 8 filhos. De uma união anterior ao seu casamento, teve 2 filhos bastardos. Há ainda a curiosidade de D. João I ter falecido, no mesmo dia em que nasceu, tendo completado 76 anos, os mesmos que D. Afonso Henriques.
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