terça-feira, novembro 21, 2006

Afonso de Albuquerque




Militar e político português. É, sem dúvida, a figura mais emblemática da expansão portuguesa no Oriente. Oriundo de uma família nobre, é criado na corte de D. Afonso V, serve em praças-fortes portuguesas de Marrocos e integra a guarda pessoal de D. João II. Entre 1503 e 1505 D. Manuel confia-lhe a sua primeira missão na Índia. Funda a fortaleza de Cochim e trava combate com os Turcos e com tropas muçulmanas do reino de Calecut. Em 1506 volta à Índia, portador de uma carta secreta do rei na qual o nomeia governador, em substituição de D. Francisco de Almeida quando este, em 1508, conclui os três anos do seu mandato. Ainda antes de iniciar as suas funções, assalta e toma os portos de Omã e de Ormuz; acaba repelido desta última praça.
O seu plano estratégico é o de instalar uma linha de fortalezas que pode controlar a navegação no mar Vermelho, o domínio de uma vasta área territorial e a expulsão das forças do Império Otomano. Nesse sentido, submete Goa em 1510, conquista Malaca em 1511 e domina Ormuz, desta vez de forma consistente, em 1515. No entanto, a sua acção vitoriosa e a visão larga e ambiciosa que tem do papel de Portugal no Oriente granjeia-lhe muitos inimigos na corte. Para o substituir é nomeado Lopo Soares de Albergaria, um dos seus principais inimigos.
Precocemente envelhecido, doente, Afonso de Albuquerque, quando regressa de Ormuz, morre à vista de Goa, consciente de que é o rei que ordena a sua substituição. É nessa altura que profere a famosa frase: «Mal com el-rei por amor dos homens, mal com os homens por amor de el-rei.»

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