quarta-feira, janeiro 07, 2009

Grandes portugueses: Deco, o tuga!

Deco, jogador do Chelsea e da selecção portuguesa, concedeu uma entrevista onde às tantas diz "só me sinto em casa quando estou no Brasil". Ora, isto não é mais que uma bofetada (sem luva branca) em todos aqueles que são a favor da presença deste jogador na equipa portuguesa. Onde está o Presidente da FPF, Gilberto Madaíl, para comentar estas declarações, quando defende que só devem representar Portugal todos aqueles que se identifiquem com o nosso país? Onde estão, nestes momentos, todos aqueles que dizem que o Deco se sente português? Sempre defendi que não se pode conceder cidadania portuguesa a todo aquele que passe determinado número de anos no nosso país, só "porque sim". Ser-se português e representar Portugal, seja no futebol, seja nas Forças Armadas, seja no poder político, ou noutra coisa qualquer, é algo mais do que ter em sua posse um documento de identificação que nos confere nacionalidade portuguesa. Ser-se português é sentir Portugal, é "vestir a camisola" (não a física) e é colocar os interesses nacionais acima de quaisquer outros. Nunca duvidei que este jogador é um cidadão brasileiro a quem foi atribuída nacionalidade portuguesa porque dá jeito fazer umas batotices lá fora como os outros fazem e porque se quer ganhar a todo o custo. O próximo é o Pepe, que diz que se sente muito português porque tem namorada portuguesa. Nunca vi ninguém sentir-se nacional de um determinado país apenas porque o seu cônjuge/companheiro é dessa nacionalidade. Há que rever as regras da presença nas selecções nacionais sejam elas de que modalidade forem, e há que rever, urgentemente, os requisitos para atribuição de nacionalidade portuguesa.

P.S.: Sabiam que somente 4% de toda a comunidade africana presente em Portugal (incluindo os já nascidos em Portugal) se identifica com o nosso país?

1 comentário:

Ricardo Bernardes disse...

Devo confessar que na maioria das vezes acho os seus comentários a propósito deste tipo de temas "nacionalistas" no mínimo radicais (em relação a alguns a palavra certa, vai desculpar-me, seria mesmo xenófobos). No entanto, em relação aos jogadores estrangeiros na selecção nacional tenho que dar-lhe razão: afinal não se trata de um clube de futebol com jogadores contratados. Exige-se o mínimo de comunhão de certos valores, que, em definitivo, não pode esperar-se de quem se nacionaliza português (beneficiando da generosidade da nossa Lei da Nacionalidade) exclusivamente para poder prevalecer-se dos benefícios que esse Estatuto lhe confere.