Nota-se a inexperiência do tipo da direita nestas andanças.
A minha FDL continua em queda vertiginosa. Isso também não é novidade nenhuma. Caminha a passos largos para o abismo. Aquela que antes era idolatrada por todos os aspirantes a juristas, hoje caminha para algo equivalente a um bordel, onde por alguns trocados (mais propriamente 900€), qualquer um tem acesso à meretriz e usa e abusa dela como bem quer e lhe apetece. Nesse uso e abuso vale de tudo. Uns recorrem aos golpes do costume (acesso à AAFDL ou a cargos da Faculdade, para que se lhes abram os caminhos numa futura vida política), outros com um pouco de criatividade ainda conseguem criar um cargo que, sem pés nem cabeça, tente ficar disfarçado num currículo para poderem também obter a sua ascenção na vida (como é o caso do NES, do Núcleo Tauromáquico, entre outros). Chegamos a assistir a núcleos com mais órgãos do que membros (como é o infeliz NES-FDL, que só tem o FDL no fim para tentar dar um mínimo de credibilidade a algo que toda a gente sabe que não passa de uma tentativa de jogatana política e de uso abusivo do nome da Faculdade de Direito de Lisboa).
No meio de tanta jogatana e estratégia, a queda do bom nome da FDL continua. Mas, não são as quatro paredes que fazem uma Faculdade. Também é, mas... quem se oculta nessas quatro paredes é que faz a verdadeira Faculdade. Eu sei que isto soa a cliché, mas só tendo lá estado para saber como aquilo funciona, sobretudo após convivência nos meandros e nos lugares mais incríveis e obscuros que a FDL nos pode proporcionar. No meio daquilo tudo a Tuna masculina acabou. Alguns tipos julgaram que ser líder da Tuna poderia dar curriculum (!!!), tomaram a Tuna de assalto (existiam duas listas concorrentes à Tuna, imagine-se!) e decidiram expulsar todos aqueles que não pertenciam à facção que a tomou de assalto após um golpe de Estado. Resultado: acabou-se a Tuna e lá ficou um mandato de duas semanas para os vencedores. Um dos símbolos da Faculdade morreu como quem estala os dedos. A Tuna feminina é como aquela do "antes de o ser, já o era". Ainda mal tinha começado e já tinha acabado. Gosto de karaoke, tal como muita gente, mas ter uns instrumentos a tocar, umas meninas a dançar e a fazerem playback, não sei que nome terá. Tuna não é. Porque é suposto cantarem. A AAFDL já foi comentada vezes sem conta. Faz lembrar o "Santo Graal": todos sonham com ela, só alguns a têm, e facilmente qualquer um a destrói. Parece que ninguém se preocupa muito com a sua destruição, desde que se possa chegar a ela e sentir a sua aura por alguns segundos de um qualquer mandato que seja. Todos concorrem a ela, e já se sabe qual é o fim que muitos dão a um mandato que obtenham: uma possível ascensão política ou profissional. Lembrem-se, no entanto, que muita gente não gosta de dirigentes associativos!
Os Núcleos são outro possível recurso ao poder. É incrível como as pessoas gostam de sentir o poder, nem que seja num curto espaço demográfico. Exemplo disso é que não se importam de serem "Secretários-Gerais" de um Núcleo com 5 pessoas, desde que possam ostentar esse título. Depois temos outros núcleos como o de Estudantes Africanos, o dos Madeirenses, etc. São núcleos que em vez de possibilitarem o fácil acesso dos mesmos ao mundo do nosso Continente e a uma realidade diferente daquela a que estavam habituados, serve para o contrário: para que os estudantes se fechem mais ainda, reservando-se aos seus nativos (como os madeirenses que se dão, na sua maioria, com madeires. Ou os africanos que convivem, na sua maioria, entre si) e que em vez de ajudar à integração, ajuda mais ainda à exclusão dos mesmos do restante mundo onde vivem (supostamente deveriam viver).
Temos, por final, a célebre Tertúlia. Já referida neste blogue vezes sem conta. Para a temporada de 2006/07 temos novas contratações. Um novo Dux, um novo praxis, e mais uns quantos que decidiram integrar este projecto alvo de renovação forçada (os anteriores terminaram o curso e não podem dar seguimento). Então temos como Dux um Conselheiro Pedagógico cujas intervenções nas Reuniões do mesmo órgão eram algo como "Como disse o Prof. X, como acabou de referir o Dr. Y, e como o meu colega acabou de dizer, tenho a dizer que concordo com tudo o que foi dito e espero que... sim". Sempre que se esperava algo de novo, 80% do seu conteúdo era a resumir o que os oradores anteriores tinham acabado de falar. Mostrou-se empenhado na questão do Plano de Bolonha e não lhe tiro esse mérito. No entanto, esperava-se uma atitude mais produtiva do que a do eterno aluno de Direito que cita tudo o que é doutrina e jurisprudência e quando se lhe pede a sua opinião diz "ah... sim, acho que sim". Nunca acrescentou nada ao Conselho Pedagógico, a não ser ajudar o Secretário a fazer um apanhado das ideias dos restantes Conselheiros, e quanto à questão do Plano de Bolonha, além de algumas pesquisas, ninguém lhe conheceu qualquer ideia nova que fosse. Vontade tem, mas até agora ainda não passou disso. Os futuros colegas que possam ver alguma novidade no futuro. Quanto à sua capacidade de ser Dux, não sou a pessoa mais competente para poder avaliar isso. Encontro-me demasiado fora do interior da Tertúlia para me poder pronunciar sobre isso. Não sou a favor, nem me oponho (também não seria pela minha opinião que as coisas seriam diferentes). Será que é com o cargo de Dux da Tertúlia que quererá chegar longe na JS? Veremos. Depois temos um praxis, cujo sonho é ser alguém no seu partido. O seu início na Faculdade prometeu. Tinha acabado de entrar com 16 anos, prestes a fazer 17, com 20 valores no exame de História, mas as bejecas estragaram-lhe os planos. É um tipo inteligente e esperto, e é pena ter-se descarrilado. Espero que volte a atinar e a endireitar o seu rumo, e com um pouco mais de inteligência conseguirá encontrar o caminho certo. Depois da sua perdição com as jolas, o que é que se tornou o seu balão de oxigénio? A JSD-Seixal. Meteu-se lá como quem não quer a coisa, e até já é Secretário-Geral da Amora. Nota-se que quer subir o mais rapidamente possível no seu partido e já iniciou diligências nesse sentido. Nota-se pelos cartazes que invadem o Concelho do Seixal, onde ele aparece com uma tentativa de pose de estadista, que procura protagonismo. Talvez com o protagonismo que tanto procura, consiga algum cargo político de importância, um destes dias. Mas ao mesmo tempo que dá um passo em frente, dá dois para trás. Será que alguém consegue confiar num tipo que anda com uma colher de pau com 1,50m na mão? Não acreditam no que vos conto? Assistam à praxe de 2006/07 e vejam o Secretário-Geral da Amora da JSD-Seixal com um xaile à volta dos ombros e com a bendita colher de pau. Será assim que vai conseguir os seus intentos? A ver vamos.
E é assim... com estes personagens, que muitos fazem questão de usar e abusar da FDL para conseguirem atingir os seus objectivos. A FDL? Continua em queda... aquilo que já foi o supra-sumo da vida política e social em Portugal, não é mais que um centro de desemprego que muitos usam para tentar enriquecer um qualquer curriculo.