Chegou finalmente à Índia, o Presidente da República, Cavaco Silva, ficando por lá até 17 de Janeiro. Uma visita de Estado completamente diferente daquela realizada por Mário Soares em 1992, na qual realizou os desejos turísticos das centenas que integraram a comitiva (à custa dos cofres do Estado), e em que utilizou essa viagem para fazer mais propriamente uma festa, do que uma visita de Estado a sério.
Esta viagem tem um carácter essencialmente visionário por parte do Presidente. A Índia será, no prazo máximo de dez anos, uma das maiores potências mundiais e tenta-se estreitar as ligações entre Portugal e Índia tendo em vista o desenvolvimento económico português, aproveitando as oportunidades que surgem num mercado ainda por explorar como é o indiano. É por isso que fazem parte desta comitiva 67 empresários, que foram escolhidos, não por critérios dúbios, mas por respostas a questionários a que centenas de empresários se submeteram, sem saber propriamente o fim dos mesmos. Assim, foram escolhidos os mais ambiciosos, os mais audazes, aqueles que mais hipótese têm de fazer vingar o nome de Portugal na Índia e conseguir contribuir para o crescimento económico nacional.
Seguem, ainda, nesta comitiva, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, o da Economia (não enviou nenhum assessor desta vez) e a Ministra da Cultura. Mais uma vez, não se entrou em loucuras, enviando qualquer um, mas enviando os necessários e os capazes. 13 são os convidados do Presidente da República para integrar a comitiva, todos eles escolhidos pelo seu mérito e importância, como são os casos de Leonor Beleza, Teresa Gouveia e Narana Coissoró. O caso de Leonor Beleza é aquele que suscita menos dúvidas, tendo em conta o excelente trabalho realizado por esta ao serviço da Fundação Champalimaud, tendo recentemente celebrado um protocolo com a Índia no tocante à investigação e medicina óptica, sendo este País conhecido como sendo a maior potência do mundo na exploração e investigação do sector oftalmológico.
Não é só para os empresários ou para os Presidentes das Instituições que esta viagem apresenta enormes vantagens, mas também para Portugal, que além de poder beneficiar economicamente com o resultado desta Visita de Estado, também vai atribuir a Portugal um importante papel na ligação às novas potências emergentes, como é o caso da Índia e do Brasil. Portugal será, então, uma ponte de ligação da Índia ao Brasil e a África, podendo beneficiar bastante com este crescimento económico. A estratégia do Presidente não é só lançar investimento português na Índia, mas também o inverso como é disso exemplo, entre outros, o empresário Lakshmi Mittal, dono da segunda maior produtora mundial de aço, e que poderá investir no nosso País, como resultado desta visita. Poderão ainda resultar acordos no campo da Educação.
É com muita esperança e com bons olhos que olho para esta "simples" Visita de Estado à Índia. Desde a organização em segredo realizada pelo Presidente, até aos frutos que poderá gerar, sem dúvida alguma que me encontro bastante feliz e satisfeito com tudo isto.
1 comentário:
AHAHAHAHAHAHAHAHAH que barrigada de riso !
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