Nem sempre é possível criar uma empatia entre todos num determinado meio. Não se pode agradar a gregos e troianos, e já dizia a passagem "Não podemos servir a dois senhores ao mesmo tempo". Logo, com a nossa forma de ser, acabamos por desagradar a alguém e, por consequência, por vezes as pessoas também acabam por nos desagradar.
Por vezes caímos no goto de certas pessoas, e as pessoas no nosso. Isto pode ser derivado de um conjunto de coisas: ora de um dia mau, quer de um lado, quer do outro; ora de um mal entendido qualquer, sem nexo, mas que uma das partes entende mal, e depois acaba por fazer algo que desagrada à outra pessoa; enfim. Pode ser também por vontade própria. Mas isso seria acreditar na má fé das pessoas. E não acredito que existam assim tantas pessoas que, gratuitamente, construam ódios sobre outros. Acredito que podem acontecer mal entendidos. Depende, posteriormente, da forma como as pessoas lidem com isso. Se não se conversar, as coisas podem piorar e deteriorar-se. Às vezes a outra parte que não se expressou bem, depois não se sabe expressar nos melhores termos e acaba por dar tudo numa enorme confusão.
Creio que só assim se podem explicar relações que resultam num misto de brutalidade, falta de educação, frieza, e outro tipo de coisas menos boas. E só assim também se pode explicar, por exemplo, a relação nada saudável que tenho com a Florbela, ou por exemplo a do Delfim com a Sónia Viana. Creio que tanto uma, como a outra, surgiram por mal entendidos. Qual a parte culposa, não interessa agora ao caso averiguar. Não porque não dê jeito, porque se calhar até daria passar a batata quente ao outro lado, mas porque não é descobrindo culpados, que se resolvem as coisas. É, sim, tentando dialogar, e tentando esquecer as coisas que se passaram, que tudo se ultrapassa. Posso ter errado 20 vezes, e ela 19, ou 1. Se calhar aquela 1 que ela errou foi fatal para que eu dali fizesse as minhas, ou se calhar errei primeiro, não dei conta, e depois errou ela. A mesma coisa relativamente à outra situação. À do Delfim. Por causa de algo que a Sónia Viana não ouviu, pegou logo nele, mas aos poucos têm sabido dar a volta por cima.
O problema é quando os feitios se chocam. Não facilita. Sei que o meu é um pouco chatinho, mas se há coisa que não sou é mal educado, ou arrogante. Ainda que possa parecer (ser arrogante, claro). Torno-me mal educado e violento, quando me fazem algo que me faça sentir ofendido. Não estou com isto a tentar justificar-me. Mas, já pensaram que se calhar, por causa de algo que nem dei conta, acabei por ofender alguém, e essa pessoa em vez de conversar, retaliou? E a partir daí se gera o ciclo vicioso!
É chato e triste tudo isto, sobretudo quando sabemos que, quer do nosso lado, quer do outro, ninguém embica com ninguém por apetecer. E ficamos a pensar "porquê", e ficamos sem resposta. Era bom que este tipo de coisas passasse. Seria, sem dúvida, bastante positivo. Não só a nível profissional como pessoal, acho que toda a gente se sentirá um pouco melhor. Detesto estar mal com as pessoas e sentir que alguém está mal comigo. Neste tipo de coisas, não há vítimas. Há alguém culpado, que sem dar conta pratica algo, e posteriormente surge o "ofendido" que passa a retaliar. Custa-me ir às aulas de DIP, porque nunca sei quando vou levar com alguém a fazer-me uma cara altamente séria e que por vezes responde de uma forma, como que se tivesse vontade de dizer "lá vem este gajo", e saber que esse tipo de coisas tiveram a sua origem num mal entendido. A matéria também não facilita. E se calhar acabei por formar um conceito sobre a pessoa um pouco errado. Como por vezes a mesma responde de forma brusca e pouco simpática, também não ajuda muito. São os tais feitios! Mas isto poderia ser melhor. Bastava ver, um dia que fosse, em vez de uma cara com vontade de me fazer a folha, um rosto minimamente simpático, e se não for pedir muito... um esboço de um sorriso! A simpatia ainda funciona, e é o melhor remédio para curar todos os males.
Volto a dizer... é triste! É chato... mas quanto a pazes e quanto a tudo o resto, já dizia a minha avózinha "quando um não quer, dois não fazem". Sobre este tipo de situação, só posso contar a minha versão, porque nem tenho coragem de falar com a parte contrária. Tentei uma vez e deu mau resultado. Não tento uma 2ª. Mas... bastava uma alteração de atitude. Estou a acabar o curso. Espero bem em Junho por-me a andar da FDL, e esta não é a maneira mais saudável, nem positiva, de acabar o curso. Fico na esperança de, até ao fim do ano, ficar com uma ideia mais positiva da Florbela enquanto pessoa. Como professora, há matérias que explica bem e passa a mensagem, e há outras que não a passa lá muito bem. São falhas. E que associadas à experiência "pessoal" agravam um pouco mais tudo isto. O reparo que lhe fiz, apelidando-a de ser "fraquinha, muito fraquinha", foi mais num momento de desespero por não perceber patavina do que ela dizia para lá, e por ter tido, mais um mau dia com ela. Tem coisas boas como assistente, mas também tem coisas muito más. Como pessoa, actualmente, a informação não é a melhor, mas... para terminar... quiçá ainda saio da FDL com um sorriso dali. Não custava nada... e podia melhorar tudo!
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