segunda-feira, maio 29, 2006

Fim...

Gosto de finais porque implicam sempre o início de algo... Acredito que a vida é feita é feita de ciclos que começam, duram e depois se fecham. Não tem sentido que seja de outra maneira.
Este final está a ser doloroso. Por muitas razões que tenha para me sentir feliz, nomeadamente o deixar um bocadinho a teoria de parte e passar à prática, não queria sair...

Dei por mim neste último mês a tirar fotografias. Tenho medo de perder o que faz de cada amigo, alguém especial e único... Fotografias mentais...
Sentada na "nossa" mesa do Bar decorava quem chegava, quem se sentava... comecei a guardar o cheiro da Cuvy, os abraços do Delfim, as expressões do Diogo ("de macho"), os "Bons dias" do Fernando, os beijinhos da Tatiana, o "olá minha princesa" da Aninhas,... O sorriso do Domingos de manhã, as gargalhadas do Fred e do Alex. Guardei o tom de voz do Madonna e o "Perdão?" do Filipe Bacelar. Guardei também a ironia do Luís e os gestos da Ana... o ar falso de ofendida da Margarida quando surgia inesperdadamente nas aulas e o comentário era "houve um sismo em Benfica e caíste da cama!"... As conversas "fora" com o Maia e o Areias a chegar com a sua graça de "homem do Norte"... O Miguel a sentar-se devagarinho depois de um aceno e de um sorriso, o piscar de olhos do Mike porque sabia que eu sabia aquilo que eu sabia que ele sabia e a serenindade do João... o ar alucinado e despenteado do Bruno e a forma como o Pedro pega no cigarro...

Mais recentes e depois da viagem, há muitos mais que guardo dentro... que começo lentamente a encaixar em mim.

Vieram a Benção e as fitas... as marcas que deixámos uns nos outros passadas para tiras de tecido!

Veio a última festa da cerveja enquanto alunos em que voltámos aos primeiros anos, com a diferença de que agora é a nossa casa e conhecemos tudo e todos... Logo de seguida e ainda trocados fomos atrás da banda, interromper aulas e pedir discursos aos assistentes e regentes: "Fi-Fi-Fi-Finalistas"!

Veio o Baile esta 6ª feira em que todos pareciamos saídos de um filme de principes e princesas... em que bebidos ou sóbrios nos abraçámos todos e concordámos no êxito que foi este percurso,... apesar de tudo,... "FDL!FDL!FDL!FDL!Gloriosa FDL, GLORIOSA FDL!"

"OH DIREITO,
OH DIREITO
ORGULHO-ME DE TI
ORGULHO-ME DE TI
(...)
OH DIREITO ÉS O MELHOR QUE QUE HÁ
OH DIREITO ÉS O MELHOR QUE HÁ!"

Dúvidas no nosso êxito futuro? Zero!
Dúvidas em que grande parte de nós continuará unida? Nenhuma!

Não será por certo um "adeus" e sim um "até já"!
Adoro-vos! (é lamechas e piroso... TEMOS PENA!)

sábado, maio 27, 2006

Provérbio... sempre actual!

"A melhor maneira de nos livrarmos de um inimigo, é torná-lo amigo"


O problema, por vezes, é descobrir como torná-lo amigo...

quinta-feira, maio 25, 2006

O último dia de 5 anos de Alegria


É já amanhã, o último dia de aulas na FDL. Cinco anos deposi da 1ª aula, de Economia Política com o Professor Fernando Araújo, irei ter como última Direitos Fundamentais, com o Dr. André Folque... Que sensação estranha, ser o derradeiro momento de tanto, tanto tempo de vida, com inúmeras sensações e factos vividos naquele espaço...
Parte da minha juventude acabará amanhã, porque um dos símbolos desta é a passagem pelo ensino superior. A partir daqui, deixarei de poder chegar atrasado ao "emprego", não me será permitido ficar no bar a conersar ou a jogar ás cartas em vez de estar no local de trabalho...
Hoje será dia de Festa da cerveja, a última como aluno... vai ser a loucuraaaaaaaa, como diria o Gayfim!
Amanhã, é dia de Banda...
Aguardem a Passagem dos Finalistas, numa sala de aula perto de si!

Caça Fantasmas 2001-2006

Cabe-me a mim fazer também um post sobre "os nossos" anos de Academia.
À medida que vou escrevendo vêem-me à lembraça bons e maus momentos que passamos. Falos em nós, porque hoje, ao sair desta casa, não sou só eu a sair... sou eu e as lembraças de todos vós que guardo comigo.
Lembro-me do meu primeiro ano de faculdade, na já célebre subturma 2 de 2001, dos jantares de turma (1º jantar n'Os galos em Alvalade... obrigado Bacelar, Irminio e Zé Pedro)- devemos ter feito centenas!!! Lembro-me das aulas de constitucional com o sempre nosso amigo Capucha, lembro-me sobretudo da vontade de mudar o nosso pequeno mundo que era a faculdade!
Ao sair "amanhã" por aquela porta saio com a sensação de ter tido os melhores 5 anos da minha, agora, curta vida.
Mas o mais importante é que levo daqui 2 grande amigos, amigos para a vida! Levo daqui 2 irmãos!!

São parco em palavras porque sabem que o resto guardo para mim!


P.S.: Em relação à Benção (para esclarecer alguns), na minha opinião, o mais importante é o simbolismo que têm, nomeadamente, a lembraça destes 5 anos de curso. O culminar de uma fase muito importante da nossa vida, enquanto pessoas.

quarta-feira, maio 24, 2006

2001-2006

É com grande nostalgia que recordo a minha entrada na Faculdade de Direito de Lisboa.
Com apenas 17 anos entrei nesta casa na qual fiz grandes amigos, vivi grandes alegrias, tristezas, amores e desamores e me fiz homem.
Lembro-me bem do meu dia de praxes, lembro-me de ter feito de George Bush, de ter feito strip, de um veterano exaltar o meu peito peludo e instruir uma rapariga a tocar-lhe, dado que duvidou das virtudes de um peito másculo e peludo como o meu.
Lembro-me de um atrasado mental que tinha a mania que era macho do PNR mas também me lembro de pessoas realmente simpáticas como a minha madrinha e o Pedro Alves.
Na cerimónia das velas fiquei ao lado do Bruno Maia! Lembro-me de uma miuda que estava ao nosso lado nos convidar para ir lá a casa beber um copo de água...mas nós não fomos! Sim, nesse altura éramos jovens e não percebemos que tipo de convite se tratava...santa inocência.
Lembro-me de me um dos meus primeiros amigos na FDL ser o Pedro Gomes mas como ficamos em turmas separadas perdemos um pouco o contacto...

A subturma 2 em que fiquei inserido funcionou como um microcosmos na FDL. Nessa turma durante 2 anos a palavra solidariedade representava uma realidade inegável, bem como o espírito de entreajuda. Claro que tudo isto acabou quando o Alexandre Guerreiro veio para a nossa turma!! Aí começou o festival!
Alex: "Xiuuuuuuu, agora falo eu, ah xiu xiu xiu, mauuuuu"
Até assistentes pediam autorização para beber água ao Alex! Que machooooooooooooooo!!

O melhor de tudo foram os irmãos que ganhei nesta faculdade, especialmente porque eram todos tão improváveis à partida...Os feitos que juntos alcançamos, a luta lado a lado, o apoio e a vontade de fazer algo pelos outros consubstanciam laços inquebráveis entre nós!
O pior foram as desilusões, as falsidades, as mentiras mesquinhas, o espírito individualista e egoísta de muitas pessoas...

A intensidade com que vivemos esta faculdade é o que a torna tão especial!

segunda-feira, maio 22, 2006

sexta-feira, maio 19, 2006

Uma Fita para todos os meus amigos



Já passaram 5 anos... Não foram nada longos, parece que ainda ontem fui praxado! Passou tudo tão depressa...

No entanto, viveu-se muita coisa. Muitos jantares, muito estudo, muita paródia, muita alegria, muitas lutas! Tanta, tanta coisa, que fazem com que a passagem pelo ensino superior não tenha sido apenas uma fase na vida de uma pessoa, mas sim uma etapa tremendamente especial e inesquecível!

Levo comigo, nas minhas recordações, enormes momentos. Desde a grandes notas (embora não tenham sido assim muitas), a festivais de tunas, a jantares loucos, a um fecho de faculdade histórico, imensas coisas... No entanto, o que me fará recordar com enorme emoção estes anos foram vocês, meus amigos fiéis... Sem vocês, nada teria tido o gosto que teve, a emoção que existiu. Vocês são amigos para a vida e quero através daqui, do NOSSO blog, dizer-vos que nunca, jamais vos esquecerei. E tenho a certeza que estaremos juntos por toda a vida, porque sentimentos como os que nutrimos uns pelos outros não são abaláveis nem de curta duração.

Que esta Fita "cibernautica" vos relembre sempre que este vosso amigo gosta muito de vocês todos e que onde quer que esteja, lembrar-se-á sempre destes 5 anos de Felicidade.

Um Bem Haja a todos!!!

quarta-feira, maio 17, 2006

«quero fugir,desse lugar babe,..tô cansado de esperar que você me carregue...»

nem sei bem como...lá descobri uma forma de vir aqui parar....
como os brasucas costumam dizer «arrumei um jeitinho».....:)

tudo em mim agora é brasil: emociono-me se vejo notícias sobre o brasil, vibro quando ouço (como é frequente) falar em brasileiro na rua, amo masi q nunca música brasileira, comida brasleira.... enfim... tudo em mim está com o brasil de certa forma!
Mas ainda sou de cá, bolas!!!! sou de cá e sou vossa também... seja para que país eu for um dia da minha vida, quer fique quer não fique lá, vou ter sempre este portugal pequenino no coração... Longe de mim ter com esta missiva alguma intenção nacionalista ou patriota! não me reconheceria a mim mesma se assim fosse... apenas quero dizer que adoro isto também, e adoro-vos moradores e construtores disto tudo!!!
porque é que resolvi, hoje mesmo, pôr aqui este post?
em primeiro lugar porque o minino alex disse com o ar mais querido do mundo: «escreve lá qualquer coisita...é a despedida...»
depois porque dificilmente ficarei em portugal nos próximos tempos e queria explicar-vos, meus amigos do barvelho blog, o que me vai nesta alma tão lusitana quanto planetária...
está dentro de mim a vontade de morar noutros países, conhecer, de perto e com algum pormenor, a cultura e vida noutro país....
não consigo, neste particular momento da minha vida, viver aqui.
preciso de descobrir.
preciso, aliás, de me descobrir.
enfim...só queria dizer isto.................

terça-feira, maio 16, 2006

Remember 2001-2006 (parte IV)

Vou aproveitar para recordar hoje os assistentes que tive na Faculdade de Direito de Lisboa.
Começando pelo 1º ano:
António Alpendre (IED): o assistente que começava as aulas às 9:20 e terminava-as às 9:40 todos os dias, e dizia sempre "hoje vamos sair mais cedo". Contavam 1000 boatos sobre ele, para não variar, não se sabe o que é verdade e o que é mentira. Não os divulgarei aqui, até porque alguns deles são demasiado aborrecidos, e nunca se sabe quando algum deles possa ser verdade. Tal, colocaria a pessoa em causa, numa situação extremamente chata. Porém, dizem que não ensina, que não ensina, mas lá deu uns 16's e uns 15's (que a malta manteve) e eu lá trouxe um 14 na bagagem.
Paulo Adragão (CPDC): o meu único Método B na FDL, foi graças a falta de estudo e a ele também. Aliás, não só eu, como mais de metade da subturma já estava a método B, ainda iamos em Fevereiro (numa época em que o 1º ano não tinha a abébia dada pelo Directivo de ter quase 15 dias de repouso em casa, como hoje tem). Com um 7, um 8 e dois 12's, fui a método B a meio do ano. Era excessivamente organizado e metódico, e o seu método de ensino passava pela apresentação oral de trabalhos, por parte dos alunos. Pessoalmente não me parece um método favorável ao ensino, mas quem sou eu para questionar isso? Um simples aluno... por enquanto! Como marcos positivos, fica o facto de não dar notas inferiores a 7, para não desmotivar os alunos, e o facto de ser dos poucos docentes daquela casa que passam pelas pessoas e cumprimentam agradavelmente.
Alessandra Amolly (EP): excelente assistente. O que ensinava, ensinava muito bem. Tinha um handy-cap: por vezes explicava tanto, tanto e tão bem, que a matéria andava meio atrasada, e isso viu-se nos exames. Ainda assim, só tenho boas palavras para uma excelente pessoa e assistente. Pena ter abandonado a FDL.
Madalena Santos (HD): Se não é a melhor assistente que tive na FDL, não foge muito disso. Muito humana, muito objectiva, excelente professora. Veste a camisola de HD e da FDL, e também a das causas dos alunos. Sem dúvida marcou-me pela excelente pessoa que mostrou ser, e pela forma como ensina. De 0 a 5, dou-lhe 6!
2º Ano:
Fátima Manso (Teoria): que saudades da Fátima Manso! Numa cadeira extremamente delicada como é Teoria, passou a mensagem com muita categoria. Pouquíssimos os que foram a Método B, e uma qualidade de ensino fantástica. Se consegui as notas que consegui às cadeiras de Direito Privado, não foi graças a Introdução, mas graças à Fátima Manso. O meu muito obrigado por tudo o que ensinou, e pela empatia que nutria comigo, sobretudo quando dava exemplos como "suponha que me casava consigo". Mas também há o reverso da medalha: os critérios de atribuição de notas de alguns colegas espantava qualquer um, e o tal célebre episódio comigo em que colocou uma questão e eu respondi "Doação", FM: "O quê? Não entendi", Eu: "Doação", FM: "Muito bem! Está certo. Quem é que respondeu?", Eu: "Fui eu Dr.ª", FM: "Oh Alexandre, sempre a perturbar as aulas"... Guardo imensas saudades dela e excelentes recordações.
João Tiago Silveira (Administrativo): a par de Madalena Santos e de mais alguns que referirei aqui, se não foi o melhor assistente que pude ter na FDL, não foge muito disso. Nem precisava levar a lei. Sabia os artigos de cor. Dominava a matéria de forma impressionante. Agradava-me o seu método de ensino. Objectivo. Directo. Sem bla bla bla. Justo a atribuir notas. Não houve uma reclamação que fosse sobre ele durante 1 ano inteiro. Numa cadeira, também delicada, como é Administrativo, João Tiago Silveira conseguiu ser um ser iluminado que passou a mensagem na sua totalidade. Muito lhe agradeço o ter-me despertado o gosto pelo Direito Administrativo. Sem dúvida que sem ele, a esta hora nem Ambiente teria. O meu eterno apreço a este excelente assistente, que hoje é Secretário de Estado da Justiça.
Renato Gonçalves (REI e IED): Nem tudo são rosas. Renato Gonçalves primava pela simpatia e simplicidade, mas isso não é tudo. Com ele, não havia uma resposta certa, mas também não existiam respostas erradas. Nunca surgia uma nota abaixo de 9, mas também não surgiam notas acima de 13. Enfim, com Renato Gonçalves nada era certo... nem definidio. O seu "sim, sim, concretize..." ou "sim, isso, mais ou menos, quer dizer... não é bem isso... concretize", entre outros desabafos brilhantes, deixavam-nos eternamente na dúvida. Isso reflectiu-se nos exames... mas nada que não se salvasse. Divertiu mais do que ensinou, mas valeu o esforço.
Jaime Valle (Constitucional II e DIPúblico): por incrível que pareça, fiz Constitucional II à 1ª, e antes de fazer Constitucional I. Aliás, foi com ele que aprendi Constitucional I. Com ele aprendia muito. Tinha um handy-cap: o seu tom de voz monocórdico. Ao final do dia, era doloros. Porém, ensinava muito bem, e isso viu-se em exames, orais, e por aí além. Achei um assistente muito positivo.
3º Ano:
Lacerda Barata (Obrigações): a par de Madalena Santos, João Tiago Silveira e mais 2, foi dos melhores assistentes que tive na Faculdade. O seu excelente sentido de humor, a sua forma de ensinar, e até de ironizar com certas coisas da vida, marcam a sua forma de estar e de ensinar. Com ele davamos umas boas gargalhadas, mas aprendíamos imenso também. Raramente levava o Código Civil para as aulas, até porque sabia os artigos de cor. Foi o único assistente da FDL, que eu presenciei, cujas aulas estavam sempre lotadas, mesmo por pessoas a Método B. Um docente fantástico. Uma pessoa muito "sui generis" com um humor fora do normal. Grandes saudades terei do excelente assistente. Guardo também como imagem de marca, os seus lenços que usava, em vez de gravatas.
Carlos Soares (Processo Civil): era uma das cadeiras mais difíceis do curso, mas Carlos Soares salvou as honras da casa. Apesar de só 8 pessoas irem a Método A, ensinava com muita calma, paciência e passava a sua mensagem aos poucos. Não há uma pessoa que seja, que possa dizer que era mau docente ou má pessoa. Pelo contrário. Carlos Soares é outra das pessoas mais humanas e simpáticas que conheci na FDL. Sempre pronto a cumprimentar os alunos e a trocar umas palavras com os mesmos, mesmo quando deixaram de ser seus alunos, e sempre disponível para tirar dúvidas e esclarecer sobre vários assuntos. Excelente professor. De referir o célebre 2- (sim, dois menos) que deu ao colega Diogo Saramago. Momento único na FDL.
Sérgio Vasques (Fiscal): Com um ar muito jovial, tinha como handy-cap o facto de não dar 15's a alunos que não iam para a Biblioteca e trocavam as suas aulas pelo bar. Não tenho um dedo a apontar-lhe. Ficámos a saber Finanças e Fiscal. O suficiente para manter ou subir as notas que nos tinha dado. Injusto o facto de ter premiado um Trabalho de Fiscal só por ter conceitos açoreanos. Privilegiou mais a graça e a piada, do que o jurídico em si. Afinal, era sobre isso, o trabalho.
Cláudia Monge (Reais): Uma assistente com um ar muito delicado e frágil. Muito doce e sensível. Ensinava muito bem, e tivemos sorte de a termos tido num ano em que faltou 2 vezes apenas. Por razões familiares, nos outros anos faltou mais. Só não acontece a quem não está cá. Gostei de a ter tido como assistente, até porque foi graças ao seu ar doce e delicado que sempre explicava tudo com muito cuidadinho, e vezes sem conta, até que percebessemos. Gostei!
Sérgio do Cabo (Comunitário): Lá está... nem tudo pode ser bom! Alguém aprendeu Direito Comunitário I? Talvez, com um exame fácil como foi o desse ano. Comunitário era uma cadeira quase de cultura geral, mas Sérgio do Cabo tinha como Método apresentação de acórdãos aula atrás de aula. Pelo meio, ainda disse que o Acórdão que eu apresentei, devia tê-lo preparado enquanto via um jogo do Benfica, e com os rapazes era sempre mais duro. No entanto, adorava o Éder! Chegou a ir com uma chávena de chá para a aula, e tentou fazer a vida negra aos elementos masculinos. Isso provou-se em exames e orais também. Guardamos ainda de memória a sua voz, estilo Baptista Bastos, e a sua célebre frase "chamam a isto avaliação contínua".

Amanhã continuo com os assistentes do 4º ano, e do 5º (cadeiras já completadas).

domingo, maio 07, 2006

Remember 2001-2006 (parte II)

Uma vez que estou temporariamente regressado ao Bar Velho Online, cabe-me indicar que o motivo deste regresso temporário se deve ao facto de vir aqui ajudar a recordar alguns momentos 2001/06 vividos por mim e pelos demais colegas.
Vou começar por destacar os primeiros tempos, nomeadamente as inscrições e a praxe. No ano em que entrei na FDL (depois de 2 anos sem conseguir entrar na FDL, por ter azar nas específicas e por ter deixado Matemática do 12º do Liceu por fazer), lembro-me que o Sapo tinha um serviço que enviava sms grátis no domingo anterior à saída dos resultados das entradas nas Faculdades. Nesse domingo à noite, fui ao Restelo ver o Belenenses-Benfica, que ficou 1-1 (golos do Mantorras e do Marcão), e quase no final do jogo recebo uma sms que a dar-me os parabéns por ter entrado na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Apesar de já calcular que iria entrar, antes de receber a sms, fica sempre aquele frisson e quando recebi a mensagem, saltei radiante, até parecia que o Benfica tinha marcado golo. Aliás, tive que festejar mais a entrada na Faculdade, do que o golo do Benfica, dado que estava a ver o jogo no meio dos sócios do Belém. Adiante...
No dia seguinte desloco-me cedo à FDL, porque na altura trabalhava no Banco Santander, e da parte da tarde tinha que ir trabalhar. Eu pedi o dia para tratar da inscrição, e fui cedo inscrever-me e curti o resto do dia. Ah pois! Andei por lá a comprar os impressos e existiam umas mesinhas onde o pessoal da AAFDL supostamente nos devia ajudar. Fui recebido da seguinte forma, pelo pessoal da AAFDL que era da Lista É: "Olha, isto tens que preencher, isto também, este não interessa, este é para ti, e este também tens que preencher. Olha toma um pin que oferecemos, e se quiseres ser sócio da AAFDL compensa. Agora podes ir andando que temos aqui mais gente para receber". Isto parecia a função pública. A única coisa de positivo no meio disto tudo, foi o facto de ter sido uma miúda toda jeitosa a atender-me. Mas o resto... não compesava! Lá fui para a Secretaria inscrever-me, e onde lá me explicaram o que era o Método A, o Método B, e ainda o Método C (sim, na altura a FDL tinha os 3... entretanto tiraram-lhe os 3, salvo seja). Fui registado com o número 13059, que ainda hoje persiste. Preferia o 13069, e pensei sobre quem seria o sortudo com o número 6969. Não se pode ter tudo... Na altura não conheci rigorosamente ninguém. Não tive oportunidade para o fazer.
Só na praxe, quando as aulas ainda começavam a 16 de Outubro, é que conheci gente. Fui ter com a minha madrasta... ops, madrinha e ela lá me juntou ao outro afilhado dela: o Diogo Saramago. Andámos por lá os dois juntos, logo desde o 1º dia de FDL, e a nossa madrasta em vez de nos proteger da praxe, ainda fez questão de ser ela e as amigas a praxarem-nos a triplicar. Fomos massacrados, cheios de carradas de tinta, verniz, e outros afins, que no meu caso só saíram ao fim de 2 horas de banho. No decorrer da praxe, quando precisavam de maçaricos para qualquer coisa, lá ia a nossa madrinha "os meus afilhados pode ir". Isto é que são amigos! Mas até gostei bastante da praxe. Se estava ali era para viver o momento. Logo nesse dia, apanhámos também algumas pessoas que ainda hoje fazem parte do nosso grupo de amigos, ou outras que apesar de não o serem, ainda hoje nos falamos muito bem, etc: lembro-me do Miguel, do Camarinha, do Daniel, do Eduardo, do Ricardo e de um tipo que ficou na memória de todos, mesmo tendo desistido do curso no 1º ano: o Rui Feliz! Andavamos todos juntos. Vi lá uma situação de um tipo que não me lembro se era veterano/tertuliano, ou se era só veterano (não me lembro se tinha o xaile nos ombros, ou se tinha a capa, mas uma destas tinha) a esticar-se com um caloiro, que não gostei e já me estava a preparar para lhe fazer alguma, se decidisse falar comigo como falou com aquele. Não gostei mesmo, porque foi um pequeno abuso! Lá tomei um golo daquela sopa manhosa que é servida e que na altura contavam já 1000 coisas sobre ela (desde que os tertulianos cuspiam e inseriam outras coisas menos higiénicas na mistela, até dizerem que se comesse o pão me ia dar uma bruta cag*****). Não tive nenhum sintoma secundário. A tertuliana que me serviu a mistela, apesar de não primar pela beleza, primava pela simpatia. Deu-me as boas-vindas à FDL e a partir daí, sempre que me via, cumprimentava-me. Fiquei com muito boa impressão dela. Afinal, só a tinha visto uma vez, e já me falava na maior, etc. Soube que não era muito "querida" por um sem número de caloiros. Não entendi porquê. Penso que acabou o curso nesse ano, ou no outro ano a seguir. Há 1 ano e tal atrás, vi ser-lhe feita uma homenagem a ela e a outros ex-tertulianos. Nunca mais soube nada dela. Valeu a simpatia demonstrada no pouco tempo que andou por lá ao mesmo tempo que eu. Cortaram-me pouco cabelo (vá lá!) e lá me deram o diploma. Na altura o Dux era um tipo de óculos, Bruno qualquer coisa, cujo apelido não me lembro. No interior do anfiteatro continuou a nossa saga de sofrimento, graças à nossa madrinha!
Fui inserido na Turma B, mas um conhecimento na Secretaria tratou de me por na Turma A, na subturma 1. Se não fosse isso, se calhar mais de 90% das coisas que lá vivi, não teriam acontecido. E tudo teria sido diferente...
Foi assim o 1º dia...

sábado, maio 06, 2006

Remember 2001-2006




Já está quase...
Daqui a 20 dias os membros deste blog irão ter a sua última aula de licenciatura, farão a sua procissão atrás da banda pelos corredores da FDL, viverão um dai especial e inesquecível, como será também o dia da Benção dos Finalistasm no dai 20 de Maio.
O Bar Velho Online irá abrir por isso um período de posts que irão relembrar os tempos de estudantes vividos ao longo destes 5 anos. Esperemos que todos colaborem, para que estes escritos fiquem registados para a eternidade.
Um bem haja a todos!