Ninguém vê, ninguém quer saber, mas toda a gente sabe quem é quem e o enredo de cada uma das séries. É o que se passa com Floribella e Morangos Com Açucar. Uma retrata uma miúda que cuida de crianças (como a maioria das miúdas gosta), é inocente, nunca faz mal a ninguém, fala com uma árvore, beija uma série de tipos, chora episódio-sim-episódio-não, veste saias compridas e rodadas, calça All Star, tem sotaque do Norte, canta (por acaso até canta nas horas) e é apaixonada por um tipo com cabelo descolorado, olhos esbugalhados e barba muito mal feitinha, que por acaso até é filho do Freitas do Amaral. A outra retrata um bando de putos com a mania que é rebelde (por algum motivo se chama "Morangos: geração rebelde"), putos cheios de piercings, flashados (a maior parte deles. Sim, porque não acredito que aquele FF saiba sequer o que é um cigarro quanto mais um pouco de droga), que não ligam a nada, nem a ninguém, que só pensam é no verão, sexo e drogas e quase todos com o mesmo estilo (penteados do século XXI, estilo dred, etc). Numa os actores são de craveira (Floribella), na outra os actores são na sua maioria amadores, mas mesmo abusadamente amadores (MCA). Muitos não justificam sequer os 1000 euros por mês que ganham na série e são muito forçados (não saía daqui só de falar no número deles que são muito muito maus). No entanto, os Morangos já conheceram melhores dias. Até à Série 2, os actores eram muito bons, mesmo os estreantes (como por exemplo a ex-namorada do Valentino). Depois tudo descambou. Até à Série 2, os enredos também eram interessantes e os protagonistas tinham uma família. Na série 3, só se vêem os amigos, não há praticamente família, e a que há é levada ao desprezo. Na Floribella há família. Até é bem grande, bem composta, e são todos unidos. "Ambas as duas" têm uma excelente banda sonora.
Relativamente à influência de uma e de outra série no público, a Floribella tem uma história sã, que incita os jovens e os adultos a lutarem pelos seus sonhos (ainda que a forma como o faça seja demasiado cor-de-rosa), incita à união familiar, a dar-se valor ao que temos, bem como a uma série de outras coisas positivas. Tem de negativo, o motivar os miúdos a pregarem partidas e a fazerem maldades às pessoas de quem não gostam e a lutarem demasiado por coisas que por vezes são impossíveis. No entanto, ensina a acreditar até ao fim! Quanto aos Morangos Com Açucar, ensinam que ter uma série de piercings e tatuagens é que é estar na moda, vestir à dred é que é "sebem", fumar umas ganzas é estar ser "cool", os amigos e colegas é que são a verdadeira família e a que nos está ligada pelo sangue, são apenas um bando de emplastros que nos atrapalham na nossa vida em sociedade. Faltar às aulas é que é "fixe", faltar ao respeito aos profs e ter negativas até é "bacano", estudar pouco para ver se se safam é do "catano". Andar a "comer" hoje um e amanhã outro, em vez de se namorar com uma pessoa só é que é "curtir a vida". Trair-se a pessoa com quem se está é "fraqueza e normal para quem está neste mundo". Ensinam termos menos correctos para serem utilizados com certas pessoas e incitam à birra, aos gritos ou à falta de respeito para fazer valer o seu ponto de vista. Têm muitas cenas forçadas. Enfim, acho os Morangos uma péssima influência no público. Alguns actores têm estilo e até podem ser uma boa influência a nível de moda, mas a série abusa no número de actores com o mesmo estilo. Todos da mesma forma. Lá varia um piercing numa orelha, para um piercing no nariz, e um cabelo arrebitado mais para a esquerda e outro mais para trás.
Por tudo isto, faço a minha escolha: Floribella sempre!
Sem comentários:
Enviar um comentário